domingo, fevereiro 07, 2010

55/2010 - entre a constância e o possível



Entre a constância e a mudança, entre o necessário e o possível, regresso ao convívio avieiro. Regresso a um tema que me apaixonou, percorrendo, de novo caminhos que ainda são os meus e não enjeito.
(...) Se confessar que este romance me aterrorizou, depois de me deslumbrar, digo a verdade inteira.
(...) tenho de acrescentar Jerónimo Tarrinca, a quem ainda e também dedico o livro. A sua morte pertence à história deste romance e de todos nós
Às vezes olho as teclas e penso se serei capaz de transmitir por palavras o que estou a pensar.
As palavras em itálico ali em cima foram escritas por um senhor chamado Alves Redol, são um extracto do melhor autoprefácio escrito em língua portuguesa.
Não é comum um autor revisitar um romance, Redol, fê-lo, muitos anos depois.
A primeira edição d' Avieiros é de 1942 a quinta de 1967.
Esta quinta edição da qual faz parte o extracto que referimos é um outro livro tendo como ponto de partida o primeiro.
Alves Redol um homem que soube ser comunista, que percebeu que para olharmos os astros não necessitamos de telescópios... às vezes temos de saber baixar os olhos e deliciarmo-nos com o Sol reflectido na água que passa na nossa aldeia.
Às vezes, tantas vezes, temos de escolher entre a mudança e a constância, discernir entre o necessário e o possível, sermos, suficientemente, lúcidos para descobrirmos que as estrelas, também, brilham na doce água.

1 Comments:

Blogger Unknown said...

O mundo muda constantemente, e na Natureza, ser constante seria uma inconstância.

Abraço.

segunda-feira, fevereiro 08, 2010 8:13:00 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home

não é o fim, nem o princípio do fim, é o fim do princípio