sábado, outubro 16, 2010

396/2010 - a nova idade, a novidade, da curiosidade

Michel Foucault é, provavelmente, o não-intelectual (na perspectiva do não-chocolate de Drummond de Andrade) mais importante da/na História do Pensamento.
Vejamos o que pensava Michel sobre os intelectuais:
Intelectuais, nunca os encontrei. Encontrei pessoas que escrevem romances e pessoas que curam os doentes. Pessoas que estudam economia e pessoas que compõem música eletrônica. Encontrei pessoas que ensinam, pessoas que pintam e pessoas de quem não entendi se faziam alguma coisa. Mas nunca encontrei intelectuais.
Pelo contrário, encontrei muitas pessoas que falam do intelectual. E, por escutá-los tanto, construí para mim uma idéia de que tipo de animal se trata. Não é difícil, é o culpado. Culpado um pouco de tudo: de falar, de silenciar, de não fazer nada, de meter-se em tudo... Em suma, o intelectual é a matéria-prima a julgar, a condenar, a excluir...
Não penso que os intelectuais falem demais, porque para mim não existem.
não é o fim, nem o princípio do fim, é o fim do princípio