segunda-feira, junho 20, 2011

0104/2011 - para além da ternura dum olhar

tal como o presente é um rolo de barbante, acrescentado com fiozinhos de passado, que vamos colhendo diariamente, a nossa memória é a soma de tudo aquilo que, algum dia, pensámos ou pensámos em pensar. 
pensei nisso ao reler o artigo de silvino (a barca n.º 189, p.18)
a terra, o sentido de pertença a uma terra, duma certa forma, a forma como molina inicia sefarad: temos feito a vida longe da nossa pequena cidade, mas não nos acostumamos a estar longe dela e gostamos de cultivar a sua saudade quando já passou algum tempo sem lá voltarmos e de exagerar, por vezes, o nosso sotaque quando falamos entre nós, e de usar as palavras e as expressões vernáculas, que, com os anos, fomos preservando
não é o fim, nem o princípio do fim, é o fim do princípio