quinta-feira, abril 06, 2006

268 - somos livres



«Para as pessoas que inventaram
as suas próprias leis

quando sabem ter razão;
para os que têm um prazer especial
em fazer coisas bem feitas,
nem que seja só para elas;
para os que sabem que a vida
é algo mais do que aquilo
que os nossos olhos vêem
... Fernão Capelo Gaivota
é uma história com sentido.
Para todas as outras,
ela será na mesma uma aventura
sobre a liberdade e o voo
para além de limites provisórios.»

texto da contracampa.

Um «post» semelhante ao 264, com uma dissemelhança.
Adquiri este livro, apesar, de já o ter lido há muito tempo.
Quando eu era menino e moço a biblioteca que utilizava tinha rodas era do mesmo género daquela que descobriram no «link» [repararam no pormenor da palavra "itenerante", pois é, a palavra não existe, se conhecerem alguém em Cantanhede, sugiram uma alteraçãozita].
A que eu utilizava era da Fundação Gulbenkian, os livros eram lidos e devolvidos.

Ou seja adquiri o livro pelo conteúdo, só reparei na dedicatória posteriormente.

«desde que você o deseje, pode ir a qualquer lugar e a qualquer momento - disse-lhe o Mais Velho. - Que me lembre, já fui a todos os lugares e a todos os momentos. - Olhou o mar, pensativo. - É estranho... As gaivotas que desprezam a perfeição por amor ao movimento não chegam a parte alguma, devagar. As que ignoram o movimento por amor à perfeição chegam a toda a parte, instantaneamente. Lembre-se, Fernão, o paraíso não é um lugar nem um tempo, porque lugar e tempo não significam nada.»

p. 93
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Somos livres (uma gaivota voava voava)

«Uma gaivota voava, voava,
asas de vento,
coração de mar.
Como ela, somos livres,
somos livres de voar.


Somos um povo que cerra fileiras,
parte à conquista
do pão e da paz.
Somos livres, somos livres,
não voltaremos atrás.»


Ermelinda Duarte

5 Comments:

Anonymous Anónimo said...

"...A velha história ainda mal começa
Agora esta voltando ao que era dantes
Mas se há um camarada à tua espera
Não faltes ao encontro sê constante."

"Tinha uma sala mal iluminada"
José Afonso

quinta-feira, abril 06, 2006 10:26:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Em Sintra, onde morava, tambem existia uma biblioteca itenerante da fundação Calouste Gulbenkian onde aprendi a gostar do cheiro a papel "folheado" por gente desconhecida que deixava na margem dos livros de poesia notas sobre os poemas. Foi nessa carrinha velha e vermelha,com uma buzina gasta de tocra ao dar a curva ao fundo da rua, que aprendi o significado de algumas palavras e que passei a gostar delas, não apenas pelo que significam, mas também pelo seu grafismo e sonoridade!

quinta-feira, abril 06, 2006 3:07:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Desculpem, o post anterior é meu, só o Computador aceitou-o antes de eu assinar e corrigir a ortografia!

quinta-feira, abril 06, 2006 3:08:00 da tarde  
Blogger pedro oliveira said...

maçã,

A maneira como escrevemos, denuncia-nos.
Acabei de ler o teu comentário anónimo e pensei parece mesmo o estilo da maçã e era mesmo (recebo os comentários todos por «e-mail» antes dos ler no «blog»).

Um beijinho, obrigado pelos comentários e mais uma vez desculpa o apagão do outro dia, era um poema do Zeca, mas qual?

quinta-feira, abril 06, 2006 4:30:00 da tarde  
Blogger Alien David Sousa said...

"Mudar o que pensam não estar certo". É bem verdade.

sexta-feira, abril 07, 2006 12:41:00 da manhã  

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