terça-feira, abril 25, 2006

305 - verdes anos

O menino que fui...

Anos em que era pelo sonho que íamos, no meu caso não foi bem assim, com dezoito anos tinha, provavelmente, mais juízo que hoje.
Terminara a 12º ano, fizera a minha parte, acabara os anos de "passeador de livros" e "carregador de sonhos" sem apanhar nenhuma raposa.

Agora, trabalhar, ganhar a vida com o suor do rosto... o meu primeiro «patrão» foi uma pessoa muito especial, as suas pernas eram duas rodas, ensinou-me muito... era por ele que ia à Festa, sabia que o encontraria...

Porque não foste para a Universidade, Pedro?

Porque já na altura acreditava que a maturidade se adquire a trabalhar, não a «chular» os pais, quando mais tarde fui para a Universidade, sabia muito bem o esforço que me custara cada escudo que gastava (durante um período levanta-me às 06H30 da manhã e trabalhava como ajudante de electricista das 08H00 às 17H00, depois aulinhas das 18H00 às 22H00, não me arrependo nada).

Quando sofremos, damos mais valor ao que temos.

Enfim, chega de lamechice.

Repararam na foto?

Pois é, como é que a rapaziada de verde e branco poderá ganhar?

Não, não andam tensos... estão é, precisamente, com falta de tensão!

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Adriano

Era a tristeza dentro da alegria
Era um fundo de festa na amargura
E a quase insuportável nostalgia
Que trazia por dentro da ternura.

O corpo grande e a alma de menino
Trazia do olhar aquele assombro
De quem queria caber e não cabia.

Os pés fora do berço e do destino
Pediu uma cerveja e poesia.
E foi-se embora de viola ao ombro.

Manuel Alegre / João Braga

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Lembro-me de ter lido aquele post e de me ter colocado a seguinte pergunta: qunado (data) morreu o Carlos?
Porquê? porque o texto dizia-me que a perda era recente. Era?

terça-feira, abril 25, 2006 9:39:00 da tarde  
Blogger pedro oliveira said...

morreu para aí uma semana antes do «post» a placa do «post» 289 indica o local onde descansa (que a terra lhe seja leve).

O psac, apanhou muito bem o sentido da coisa... não seremos todos nós semeadores?

Não seremos todos semeados?

... é preciso morrer, para nascer de novo. Gosto muito da imagem da semente que morre para nascer a planta.

terça-feira, abril 25, 2006 10:38:00 da tarde  

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