segunda-feira, fevereiro 26, 2007

631 - crónica masculina

Sémen, Sémen, Sémen
Semente dum corpo que cai
Do corpo da gente
Velha disputa do sexo
Nunca é quem se espera
Terá isso nexo;
Será menino ou menina
Ao pai pouco importa
É mais um anexo
Bem ninguém vê
O que tem
Só vê o que não tem.
Zé Leonel - Xutos & Pontapés

«Nã faz preciso alembrarem-me que sou velho.
Sou dum tempo em qu'um home era um home, uma mulher era uma mulher.
Prantavam-se filhos, como quem pranta a semente na terra, a semente era nossa , a terra fértil eram elas.
Elas deitavam-se, agente amandava-se a elas (no tempo das ceifas havia outras maneras, na vou contar).
Quando agente na as q'ria emprenhar, tirávamos o magano... mais tarde apareceu uma espécie de saco plástico que fica apertado no magano.
Emprenhar e parir n'o me tempo era uma decisão dos dois.»
Ressuscitei neste «post» uma personagem que criei há quase vinte anos - João Samarra - alentejano do Gavião, telefonava para a Rádio Antena Livre (de Abrantes) e massacrava os locutores com sotaque e com histórias (bons tempos).
Lembrei-me do João ao ler a pág. 18 da Única (revista do Expresso) desta semana escreve Inês Pedrosa numa crónica intitulada: «Quem quer aconselhar a Carochinha» [assim mesmo Carochinha (com letra grande)]:
«A decisão quanto ao destino de uma gravidez específica (o que será uma gravidez não específica?) é para a mulher em causa, tão visceral quanto rápida. E é, (oh, u, oh, yé, yé quanto à utilização do -e- a seguir a um ponto final baralha-me, afinal a frase acabou ou continua?) acima de tudo uma decisão muito pessoal »
O que será uma decisão tomada por uma pessoa [uma mulher para mim é uma pessoa, para a Inês será uma deusa ou assim] pouco pessoal ou assim assim pessoal?
As decisões ou são tomadas por nós -decisões pessoais- ou são tomadas por outros e não são nossas.
Digo eu que de vez em quando bebo uma cerveja e mando na minha barriga.

3 Comments:

Blogger pedro oliveira said...

Se tiverem dúvidas de alguma palavra utilizada por João Samarra poderão colocá-la aqui (na caixa de comentários).

segunda-feira, fevereiro 26, 2007 8:13:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

caro pedro, o magano do post está Excelente.se fosse uma linda menina, chegava aqui e dava-lhe um beijinho.
«acima de tudo uma decisão muito pessoal »
a gaja que escreveu isto é burra, devia ser proibida pela natureza divina e/ou pagâ de parir o que quer que fosse....
(qual jura qual quê...)

segunda-feira, fevereiro 26, 2007 8:59:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Era uma vez uma linda corochinha,que encontrou cinco rèis enquanto varria a cozinha.
Com o dinheiro ,foi comprar uns brincos,um colar e um anel,pôs-se à janela e perguntou ?
-Quem quer casar com a corochinha?
Passou um burro e respondeu:
Quero eu
Como te chamas ?
-Chamo-me im om,im om,im om.
-Eu não gosto de ti porque tens uma voz muito feia.
A corochinha voltou a perguntar
-Quem quer casar comigo?
Passou um cão:
-Quero eu.
Como te chamas?
-Ão,ão,ão.
Eu não gosto de ti porque tens uma voz muito grossa.
A corochinha voltou a perguntar.
Quem quer casar comigo?
Passou um gato e respondeu:
-Miau,miau,miau.
Eu não gosto de ti porque tens uma voz muito fina.
A corochinha voltou a perguntar:
-Quem quer casar comigo?
Quero eu!
Como te chamas?
-Chamo-me João Ratão.
-Tu sim tens uma voz bonita,quero casar contigo.
Casaram e foram muito felizes.
Porèm um dia ,a corochinha foi à missa e o João Ratão que era muito guloso, disse que não podia ir porque estava muito doente.A corochinha fazia a refeição,e disse-lhe então que não mexesse no caldeirão.Depois da corochinha sair, João Ratão foi logo espreitar o caldeirão.Espreitou,espreitou trum atè que deu um trambolhão e caíu no caldeirão.
Quando a Corochinha chegou,procurou,procurou, mas não encontrou o João Ratão.
Muito aflita, a corochinha entrou na cozinha,viu o João Ratão caído no caldeirão e disse:
Ai meu João Ratão que caíu no caldeirão!Ai o meu João Ratão que caíu no caldeirão.

terça-feira, fevereiro 27, 2007 6:34:00 da tarde  

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