sexta-feira, janeiro 25, 2008

1178 - orgulho (sem g)

Nós somos aquilo que escrevemos contudo o local onde publicamos os nossos pensamentos, as nossas experiências, também, nos define.
I had a farm in Africa, pois, Clara, também, já escreveu noutros locais, acabou mal.
Vamos então à análise do primeiro parágrafo do texto do post anterior.
Tomar fôlego, o primeiro parágrafo dispara logo várias informações:
1. Há enseadas entre as serras portuguesas.
2. As enseadas nas serranias albergam pessoas que procuram vidas mais gratificantes que as massas que seguem em silêncio as rotinas impostas.
3. Essas pessoas podem ser um casal de biólogos.
4. Esses biólogos poderão orientar uma operação requintada de produção de mel.
5. Essa operação requintada inclui várias actividades para adultos e crianças em paralelo.
6. Ficamos orgulhosos se tivermos o mesmo curso que o casal.
Esmiucemos:
1. Por muitos dicionários que me apresentem: enseada, pressupõe: mar. Sea, see darling... Não existem mares interiores na república portuguesa, excepto as salinas de Rio Maior mas não ficam entre serras.
2. Não há trabalho mais rotineiro que cuidar de cortiços e abelhas, obviamente, uma citadina deslumbrada não o poderá saber.
3. É muito mais provável que sejam um casal de agricultores com mais de setenta anos, ele com a quarta-classe (antiga) ela analfabeta, é muito provável que pensem (ao contrário de certas cronistas).
4. Orientar requintadamente uma produção de mel, provavelmente, as abelhas andam em pontas ao som do «Lago dos Cisnes» («Enseada dos Cisnes»?) e em vez de esvoçarem à volta de flores para recolher a doçura, recolhem-na de flutes de cristal.
5. Adultos e crianças sem encontros imediatos, portanto, ou seja uma mentalidade que grassa numa certa intelectualidade urbana pós Casa Pia.
6. O orgulho. O orgulho é uma empáfia diz o dicionário: exagerado conceito que alguém faz de si próprio; sentimento elevado da sua dignidade pessoal; soberba; pundonor; brio; vaidade; empáfia...
Quanto ao segundo parágrafo, prima pelo preconceito: vírgula e não vírgula não era uma antiga aluna... quanto ao vírgula e, já falei neste blog, o uso sistemático do e, remete para um discurso infantil: e eu fui à escola, e a professora estava lá, e ela mandou-me (não enviou-me) fazer uma redacção, e eu fiz
Os cinco parágrafos que se seguem são a exposição pública de uma carta privada, obviamente, não comento.
No último parágrafo, que reproduzo:
Tinha descoberto um homem que ainda vive no tempo dos heróis. E sim, é verdade, é como ela disse - no pântano em que vivemos, isso não tem preço.
O homem pode ser um herói, Clara, mas a menina não é a minha heroína.
A heroína vicia (dizem) a escrita da menina afasta-me da leitura, leio para aprender algo, a sua escrita (a escrita dela) estupidifica-me (ainda mais).
O que será um gajo que vive no tempo dos heróis?
E sim, é verdade... que raio de mer** é esta? e continua é como ela disse (estavam à espera de dois pontos, não era? levamos com um travessão e com esta afirmação: no pântano em que vivemos, isso não tem preço , olhe menina, se vive no pântano, é problema seu, foi aliás por essa generalização do pântano (inventada pelo Eng. Guterres) que tivemos de gramar um Durão Barroso, um Santana Lopes e agora levamos com este ex-aluno da universidade independente.

10 Comments:

Blogger Unknown said...

O orgulho é a preocupação exagerada do "eu",que gera muitos defeitos de carácter.

sexta-feira, janeiro 25, 2008 6:24:00 da tarde  
Blogger r said...

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sexta-feira, janeiro 25, 2008 6:40:00 da tarde  
Blogger r said...

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sexta-feira, janeiro 25, 2008 6:59:00 da tarde  
Blogger r said...

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sexta-feira, janeiro 25, 2008 7:00:00 da tarde  
Blogger r said...

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sexta-feira, janeiro 25, 2008 11:06:00 da tarde  
Blogger r said...

Este comentário foi removido pelo autor.

domingo, janeiro 27, 2008 7:29:00 da tarde  
Blogger pedro oliveira said...

«o que significa a palavra orulho?»

Cara comentadora, contextualize, por favor, onde leu essa palavra?

domingo, janeiro 27, 2008 10:27:00 da tarde  
Blogger r said...

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domingo, janeiro 27, 2008 10:30:00 da tarde  
Blogger pedro oliveira said...

orgulho (sem g)
remetia para os comentários do «post» anterior, obviamente, por vezes espero demais da perspicácia dos comentadores/comentadoras, penitencio-me por isso.
Era assim tipo: orgulho, ok... desta vez não existe nenhum (g) par discorrerem sobre.

domingo, janeiro 27, 2008 11:48:00 da tarde  
Blogger r said...

Este comentário foi removido pelo autor.

domingo, janeiro 27, 2008 11:55:00 da tarde  

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