segunda-feira, novembro 17, 2008

1785 - os espargos e o povoado de abrantes

Uma cronista do Diário de Notícias disserta sobre tascas e ovos mexidos com espargos.
Posso não perceber nada de jornalismo mas percebo de espargos que crescem erectos nos campos.
Um espargo não se mutila, não se corta em pedaços, o espargo passa-se por água corrente e enrola-se húmido no calor branco e amarelo do interior do ovo.
Os espargos não se cortam com facas, partem-se, delicadamente, com a ponta dos dedos, tocam-se com os lábios e saboreiam-se com a língua envoltos em ovo.
Há pessoas que nunca afastaram uma formiga que sobe um espargo, nunca sentiram o orvalho numa manhã de Primavera.
Bibliografia:

4 Comments:

Blogger Unknown said...

Agora as tecnologias são outras.Vai-se a uma grande superficie? compra-se os espargos,metem-se numa màquina e saiem do outro lado jà com ovos.

terça-feira, novembro 18, 2008 6:49:00 da tarde  
Blogger r said...

Caro Manuel, desculpe que lhe diga, desculpe bué, mesmo bué, mas estragou um não sei quê de erotismo campestre deste «post».
Espargos enfrascados? Espargos enlatados?

Apreciou?

«Os espargos não se cortam com facas, partem-se, delicadamente, com a ponta dos dedos, tocam-se com os lábios e saboreiam-se com a língua envoltos em ovo.»

Mais:

« (...)nunca sentiram o orvalho numa manhã de Primavera.»

... isto coexiste aqui uma espécie de lírica camoniana com uma estética d' aldeão colhedor de espargos em manhãs...orvalhadas.

Bolas!, fiquei com vontade de comer espargos com ovos.

terça-feira, novembro 18, 2008 11:56:00 da tarde  
Blogger O Cidadão abt said...

Pessoas há, que partem em busca dos espargos perdidos...e os devoram ávidamente como complemento alimentar! Outras há, que deles não necessitam...

sexta-feira, novembro 21, 2008 1:08:00 da manhã  
Blogger O Cidadão abt said...

Este comentário foi removido pelo autor.

sexta-feira, novembro 21, 2008 1:10:00 da manhã  

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