sexta-feira, novembro 14, 2008

1781 - as ditaduras não são de esquerda nem de direita, brancas, negras ou assim assim

O processo de selecção para se chegar à futura administração de Barack Obama invade a esfera privada dos candidatos aos novos empregos em Washington. Para desencorajar quem tiver telhados de vidro ou quem goste demasiado de revelar segredos.
O New York Times teve acesso ao questionário de sete páginas que a equipa do presidente-eleito está a enviar a todos os que querem fazer parte do Executivo que entra em funções a 20 de Janeiro, e deu o seu veredicto: para trabalhar com Obama é "preciso vasculhar o baú de recordações e não encontrar nada comprometedor".
O questionário de selecção inclui 63 perguntas de carácter pessoal e profissional - algumas dizem respeito à vida dos cônjuges e filhos maiores - a que a maioria dos candidatos não saberá responder sem fazer uma viagem ao passado para desenterrar documentos que provam os seus feitos e erros da última década. Em contrapartida, pede-se aos candidatos que revelem os seus pseudónimos na Internet e indiquem se são proprietários de armas de fogo.
Os que ultrapassarem este obstáculo do extenso questionário terão ainda terão de passar sem mácula nas detalhadas investigações do FBI e do Departamento de Ética a seu respeito. Só então poderão ser considerados para trabalhar com o futuro Presidente, num dos milhares de cargos da nova administração.
O cargo mais modesto é um part-time para investigador do Árctico que receberá só 571 dólares.
Os negritos (reforço afro-americano de algumas palavras) são da minha responsabilidade.
Curiosamente a blogosfera portuguesa não se manifesta... alguns acharão normal fazer um relatório detalhado da própria vida, da vida dos pais, dos irmãos, dos filhos e tal para se candidatarem a um emprego onde irão ganhar 571 dólares, Obama acha que sim eu acho que não.
Não sei como classificar esta atitude do filho de mãe branca, talvez os meus ilustres comentadores me possam ajudar...
Bibliografia:

3 Comments:

Blogger r said...

«Não sei como classificar esta atitude do filho de mãe branca, talvez os meus ilustres comentadores me possam ajudar...»

Ele é filho do pai, também.
Quer uma ajuda, segundo um critério psicológico, sociológico, antropológico, ético-filosófico, jornalístico.... político...?
Olhe, graças a Deus Nosso Senhor que a Hillary disse ao mundo que havia perdoado ao marido o jogo de snooker na sala oval... como é que passava num teste destes!?

pronto, não se apoquente com as minhas divagações, os seus comentadores ilustres, virão dar-lhe uma ajudinha a ver se percebe as coisas.

sexta-feira, novembro 14, 2008 7:46:00 da tarde  
Blogger Unknown said...

Por norma ocupamo-nos em descobrir os defeitos alheios , esquecemo-nos de investigar os nossos.

sexta-feira, novembro 14, 2008 8:15:00 da tarde  
Blogger r said...

é que muitas das [como se diz por aí] vezes, possuimos uma apetência extraordinária, para observar e apontar nos outros, os nossos próprios defeitos, descartando-nos. o mesmo para as qualidades, sendo que, em relação a essas, identificamo-nos.

sexta-feira, novembro 14, 2008 11:13:00 da tarde  

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