segunda-feira, setembro 21, 2009

2241 - as minhas escolas

Olhem esta imagem, vejam-na.
Naquele edifício funcionou a minha primeira escola no estrangeiro.
Aquela rua foi palmilhada muitas vezes, para cima e para baixo, com colegas, com amigos, com mestres.
O que será feito do João Xisto, por exemplo?
A escola não é só o edifício mas é também o edifício.
A escola não são só as pessoas mas são também as pessoas.
Quem se der ao trabalho de ler, com atenção, as caixas de comentários deste blog encontrará uma questão que me colocaram há muito tempo:
- O que achas de deixar de existir a escola primária na Portela e passar para a Aldeia?
Respondo agora:
Acho bem.
Não tenho, nunca tive, sentimentos bairristas, recusei, por exemplo assinar uma petição que queria criar uma freguesia autónoma em Portela de Santa Margarida da Coutada.
Conheço o processo da «usurpação» da junta de freguesia, tenho idade suficiente para recordar o senhor Fernando Antunes...
Sei o que aconteceu na altura.
Sei que temos de construir o presente, projectar o futuro, conhecendo o passado mas sem algemas.
O passado não é uma raiz... foi um processo.
Retomando o tema escola, faz sentido, um centro escolar.
Faria mais sentido, na minha opinião, que fosse afastado no centro.
Apontei o local onde estão os ciganos, dum ou do outro lado da estrada, desconheço a propriedade dos terrenos. A localização é, meramente, indicativa, julgo que seria mais central, mais funcional (Malpique, Campo Militar, Pereira, Vale do Mestre, Portela, Santo António).
Sei que na Portela no passado ano lectivo existiam cerca de cinquenta alunos, sei que na Aldeia existiam cerca de cinco alunos.
- Faria mais sentido construir-se o centro escolar na Portela?
Não. Acho que não.
Faria sentido construir-se um centro escolar novo, moderno, arejado, perto do parque ambiental e dum futuro centro para velhos, a construir, mantendo a escola existente na Aldeia.
Faria sentido criar uma nova centralidade e não encafuar uma infra-estrutura tão estruturante num barranco, destruindo uma escola (igual à da Pereira, sede d' Os Quatro Cantos do Cisne, igual à de Santo António, sede do agrupamento 707 do Corpo Nacional de Escutas) que poderia ter perdurado, que poderia, perfeitamente, ser usufruída e utilizada pelo povo.
Voltando à imagem repararam neste pormenor?
Mostrou-o, apenas, para dizer o seguinte... vi-o através da objectiva.
A seguir peguei-lhe pelo rabo e deitei-o no lixo.
Muitos bloggers optariam pelas queixinhas, ninguém faz, ninguém cuida, ninguém resolve... aquilo que nós, cidadãos conseguirmos resolver não carece nem de choraminguices nem de acusações... resolvemos e pronto.

13 Comments:

Blogger Unknown said...

Pensa-se hoje na revolução, não como maneira de se solucionarem problemas postos pela actualidade, mas como um milagre que nos dispensa de resolver problemas .

terça-feira, setembro 22, 2009 8:21:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

as tuas escolas não te ensinaram nada!

terça-feira, setembro 22, 2009 9:48:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Peço desculpa mas cá tou eu novamente para o corrigir (o que já começa a ser normal)no ano lectivo anterior naõ havia 5 alunos na escola da Aldeia mas sim a volta de 20.
É BOM QUE SE DIGA A VERDADE PARA NÃO ENGANAR QUEM O VISITA.

JCB

terça-feira, setembro 22, 2009 11:22:00 da tarde  
Blogger pedro oliveira said...

Cinco por classe (no meu tempo chamava-se classe)
1.ª classe - 05
2.ª classe - 05
3.ª classe - 05
4.ª classe - 05
TOTAL ------ 20

Estamos de acordo (acho muita classe e muitos alunos mas tirarei essa contabilidade a limpo)

terça-feira, setembro 22, 2009 11:30:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

"Sei que na Portela no passado ano lectivo existiam cerca de cinquenta alunos, sei que na Aldeia existiam cerca de cinco alunos"
o texto é seu, e o que entendo e o que tá escrito e que eram 5 alunos nao fala em classe, pois nao?
eu percebi qual era a intençao e tal.

terça-feira, setembro 22, 2009 11:38:00 da tarde  
Blogger pedro oliveira said...

Ora... de boas intenções está o Inverno cheio (acabei de inventar)

terça-feira, setembro 22, 2009 11:44:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Ora ai está o sr Pedro Oliveira no seu melhor á falta de argumentos colocou a sua brilhante inteligencia a funcionar.
essa é mesmo á ALFACINHA

terça-feira, setembro 22, 2009 11:52:00 da tarde  
Blogger pedro oliveira said...

Gosto de alfacinhas (são verdes) gosto muito mais de almeirões, as alfaces selvagens, misto de alfaces e de agriões, verdes, escuros, o sabor agreste da terra.

quarta-feira, setembro 23, 2009 12:53:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

tu gostas é de lamber colhoes heheheh o ze pedro fax-me um bobo ya ya ohohohoh

quarta-feira, setembro 23, 2009 1:36:00 da manhã  
Blogger pedro oliveira said...

Quanta anónima coragem...
Aproveito para corrigir a deficiente utilização da língua portuguesa:
«tu gostas é de lamber colhoes (o que serão «colhóis»?) heheheh o ze pedro fax-me (fax-me? e-mail-me, é mais moderno) um bobo (o bobo és tu, palerma) ya ya ohohohoh (ya ya ohohohoh, para ti, também, criatura...)

quarta-feira, setembro 23, 2009 1:57:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Churchil disse…
“Como poderemos nós, criados como fomos num clima de liberdade, tolerar ser amordaçados e silenciados; ter espiões, bisbilhoteiros e delatores a cada esquina; deixar que até as nossas conversas privadas sejam escutadas e usadas contra nós pela polícia secreta e todos os seus agentes e sequazes…”

Pedro Oliveira disse…
“Este «blog» é um bom exemplo, de repente, tornei-me um alvo a abater... sem perceber a razão.”

Eu digo…
Um dos pontos comuns das ditaduras de esquerda e de direita é a existência de um estado de equilíbrio necessário à própria sobrevivência desses regimes.

Este equilíbrio, tanto no fascismo de Salazar como no comunismo de Estaline, é assegurado pelo controle das instituições (públicas, associativas e até privadas) e pelo controle dos indivíduos (da sua vida social e particular, daquilo que fazem, que dizem e até do que pensam).

Ora, quando surge uma voz dissonante dos balidos do rebanho, uma opinião diferente ou uma crítica mais afoita que poderá, na mente deles, desequilibrar a estrutura e a ameaçar o regime, entram em acção mecanismos de compensação que tentam restaurar o estado de equilíbrio.

Utilizando tácticas de terrorismo social (por demais conhecidas) como o insulto e o boato, estes contra-pesos geram a confusão e criam tricas pessoais com o objectivo de minimizar o ponto desequilibrante, desacreditá-lo ou até eliminá-lo.

Pedro, o teu blog é, infelizmente ou felizmente, um peso que está a desequilibrar qualquer coisa.

quarta-feira, setembro 23, 2009 7:21:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Olha: o cisne voltou para defender o amigo voçes sao amantes ou que?

quarta-feira, setembro 23, 2009 7:45:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

faxem amor os dois virtualmente heheheh o ze e rsp faxem bobos um ou outro heheheheehh yayayaya ohhhhh

quarta-feira, setembro 23, 2009 8:16:00 da tarde  

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