santamargarida: 351 - um amigo, um grande amigo...

sexta-feira, maio 19, 2006

351 - um amigo, um grande amigo...

Um amigo, um grande amigo é «gay», eu, sinceramente, "cagay"...
Não me incomoda nada e não deixarei que a opção sexual dele interfira na nossa amizade.
Rimo-nos e bebemos juntos como os amigos fazem, comemos feijoada de polvo e espicacei-o: «pensava que os "gays" não comiam feijoada...»
Apertámos as mãos, falámos de futebol, dos "pseudo-machos" que povoam a televisão (ainda bem que não vejo televisão) falamos de nós e dos outros...
Celebrámos a nossa amizade (não se estiquem na interpretação da palavra "celebrar", ok).
Fui livre, fui para o Bairro Alto até às tantas...
Sou livre para dedilhar estas palavras e pensar: "porque não planifiquei a aula mais cedo?"
Talvez lhes conte, talvez, conte aos «meus meninos» que tenho um amigo "gay" e que ele se libertou ao confessar-mo e eu fiquei feliz, por mim, por ele...

28 Comments:

Anónimo said...: Embora um pouco ausente ultimamente ( o tempo... ou melhor, a falta dele... e sobretudo, o cansaço... físico e psicológico), tenho acompanhado os teus posts e apreciei bastante este, pela tua desenvoltura e naturalidade ao lidar com o assunto, quer com o teu amigo, quer aqui, na abordagem que fizeste neste texto.
É assim mesmo que se deve fazer, com tolerância e respeito...; sexta-feira, maio 19, 2006 1:21:00 da tarde
Oxigénio said...: Sei bem aquilo que sentiste. Costumo dizer k 90% dos meus amigos homens são gays. E que alivio foi para um deles dizer-me a sua orientação sexual. Eu já desconfiava mas dei-lhe espaço(dois anos), até conseguir arranjar forças para me dizer. Em relação aos outros são todos mais que assumidissimos. Amigas lesbicas que eu saiba n tenho. MAs amigos são amigos e há que saber respeitar o espaço de cada um.

Eu adoro os meus amigos!

BAcci; sexta-feira, maio 19, 2006 2:55:00 da tarde
Oxigénio said...: Ah é verdade! Um desses meus amigos é professor e o ex namorado dele tb. As alunas babam por ele, mas sabem da sua orientação e que eles os dois viviam juntos. Kdo um faltava os alunos perguntam ao outro o porque.É assim se vive nos tempos modernos.

BAcci; sexta-feira, maio 19, 2006 2:56:00 da tarde
Nefertiti said...: vim por linhas travessas e ainda bem que cá cheguei! Gostei muito do teu blog!! (foi uma deusa que me guiou!)obrigada pelos "dedos" de prosa!; sexta-feira, maio 19, 2006 4:11:00 da tarde
Nefertiti said...: a orientação sexual é um direito! pelo menos deveria ser!; sexta-feira, maio 19, 2006 4:20:00 da tarde
Miudaaa said...: Apenas e só, respeitando quem está ao nosso lado, podemos ser respeitados...
... mas deixa-me dizer-te,,, ri a bom rir com a tua expressao... tenho um amigo que é gay, cagay !!!
lindooo!; sexta-feira, maio 19, 2006 10:27:00 da tarde
pedro oliveira said...: VC said...
O GALO VELHO E O GALO NOVO

Um fazendeiro resolve trocar o seu velho galo por outro que desse conta das inúmeras galinhas.

Ao chegar o novo galo, e percebendo que perderia as funções de cobridor do galinheiro, o velho galo foi conversar com o seu substituto:

- Olha, sei que já estou velho e é por isso que meu dono te trouxe para cá, mas tu poderias deixar pelo menos duas galinhas para mim.

- Que é isso, velhote?! Vou ficar com todas!!
- Mas só duas... Ainda insistiu o galo velho.
- Não. Já disse! São todas minhas!
- Então vamos fazer o seguinte, propõe o velho galo, apostamos uma corrida em volta do galinheiro. Se eu ganhar, fico com pelo menos duas galinhas; se eu perder, são todas tuas.

O galo jovem mede o velho de cima a baixo e pensa que, certamente, este não será capaz de vencê-lo.

- Tudo bem, velhote, eu aceito.
- Já que, realmente minhas chances são poucas, deixe-me ficar vinte passos à frente, pediu o galo velho.

O mais jovem pensou por uns instantes e aceitou as condições do galo velho.

Iniciada a corrida, o galo jovem dispara para alcançar o outro galo. O galo velho faz um esforço danado para manter a vantagem, mas rapidamente está a ser alcançado pelo mais novo.

Nesse momento, o fazendeiro pega na espingarda e atira sem piedade no galo mais jovem.
Guardando a arma, comenta com a mulher:

- Não estou a entender .. ! Já é o quinto galo gay que a gente compra esta semana! O filho da mãe largou as galinhas e estava correndo atrás do galo velho!!!??

- Moral da história:

NADA NEM NINGUÉM SUBSTITUI A EXPERIÊNCIA!

May 19, 2006 10:54 AM

[gamado aqui:
http://sorumbatico.blogspot.com/2006/05/fim-de-semana_19.html]; sexta-feira, maio 19, 2006 10:45:00 da tarde
Alex said...: Olá!...
Aconselho-te a comprar umas cuequinhas de aço.
:-)
Era só uma brincadeira...

O que interessa é que os amigos sejam verdadeiros. Esses são raros...
Por vezes também saio com lésbicas, gays e dos que dão para os dois lados. São pessoas amigas, divertidas, interessantes e estou a marimbar-me para o que outros pensem sobre o assunto.
No entanto há coisas que não admito. Não me venham cá com merd...s de conversas meladas, galanços, etc… Se querem ser respeitados também têm que saber respeitar.

Gostei do Blog; sexta-feira, maio 19, 2006 10:56:00 da tarde
Anónimo said...: Desculpa amigo,

Para mim, a moral desta história é simplesmente esta: julgamentos precipitados e juizos de valor preconceituosos levam, sempre, à condenação de inocentes.; sexta-feira, maio 19, 2006 11:03:00 da tarde
pedro oliveira said...: Nem sempre, vê as coisas do ponto de vista do galo velho.
Tal como um jogador de xadrez ele antecipa a jogada do adversário, o galo novo embriagado por uma vitória fácil não pára para pensar.
Porquê lutar por algo que já tinha?

Assim somos nós, colocando-nos à prova, lutando connosco e com os outros, galos, simultaneamente, novos e velhos, por vezes fazendeiros sem piedade,precipitados e preconceituosos como referiste, asninha.; sexta-feira, maio 19, 2006 11:16:00 da tarde
Anónimo said...: Não havia porque pensar!!!
Simplesmente acreditou nas capacidades pessoais, no caso a força da juventude. A auto-estima diziam-lhe que era capaz de vencer. Eu gosto de pessoas confiantes.

O que o galo jovem não sabia era que seria traído pela intervenção de terceiros, estranhos ao jogo, que de forma errada, inesperada e radical resolveram interferir nas regras do jogo. Também na vida, somos muitas vezes barricados por terceiros inconvenientes, dispostos a impedir o nosso êxito.

A moral que retirei da história dizia, obviamente, respeito ao dono da quinta.; sexta-feira, maio 19, 2006 11:28:00 da tarde
Anónimo said...: Esqueci-me de referir que:
O que o galo velho fez não foi antecipar a jogada do adversário!!

O que fez, foi usar de manifesta má-fé alicerçada num comportamento preconceituoso do dono que, de antemão, saberia que ocorreria perante determinadas circunstâncias.

Nessa medida foi um jogo sujo, muito sujo por sinal!!!

Não gosto de ser rasteirada. Gosto de jogos limpos, sejam eles nas histórias ou na vida.; sexta-feira, maio 19, 2006 11:33:00 da tarde
Anónimo said...: Caro amigo,

Esta tua história encerra imensas reflexões sobre a vida e as pessoas...

Continuo a abominar o galo velho:

-Está demasiado agarrado ao poleiro.
-De tal modo, que não olhou aos meios para atingir os fins.
-Foi incapaz de aceitar a respectiva substituição e reconhecer a pessoal incapacidade para o exercício das funções.
-Usou de desprezivel estratagema para vencer o galo jovem.
-Etc
Como eu destesto este tipo de galos!!!; sexta-feira, maio 19, 2006 11:57:00 da tarde
pedro oliveira said...: asninha, quando o galo velho desafiou o primeiro galo desconhecia o desfecho...

Leitura recomendada:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Animal_Farm; sábado, maio 20, 2006 12:12:00 da manhã
Anónimo said...: já estou com um bocadinho de sono, mas será que o galo velho desconhecia mesmo o desfecho, antes do primeiro galo novo? Ele era o galo da casa. Quem o fez cobridor? O fazendeiro.

A experiência entranhada, tb se pode reconstruir, ou não?

Adorei o gay com o cagay.; sábado, maio 20, 2006 1:37:00 da manhã
António Almeida said...: já não tenho tempo de comentar (principalmente a história do galo e a asna), Portalegre espera...
volto mais tarde!
(isto não é uma promessa... é uma ameaça!); sábado, maio 20, 2006 7:10:00 da manhã
Anónimo said...: Amigo Pedro, anda a brincar com os leitores??
Eu não me importo, desde que saiba que é isso que estou a fazer e que é isso que esperam de mim.

A história foi narrada no 7º comentário.
A determinada altura pode ler-se:
«Nesse momento, o fazendeiro pega na espingarda e atira sem piedade no galo mais jovem.
Guardando a arma, comenta com a mulher:

- Não estou a entender .. ! Já é o quinto galo gay que a gente compra esta semana! O filho da mãe largou as galinhas e estava correndo atrás do galo velho!!!??»

Repito, "já é o quinto galo gay". O quinto Pedro. O quinto. O que aconteceu aos outros quatro?

Vens dizer-me que "desconhecia o desfecho..."???; sábado, maio 20, 2006 10:30:00 da manhã
Anónimo said...: ok, António!!!

ameaça?? Huummm!!! Estou cheia de medo.

Mas se Portalegre é mais importante...., não tenho outro remédio... vou aguardar.

bjinho e boa sorte para Portalegre!!; sábado, maio 20, 2006 12:05:00 da tarde
pedro oliveira said...: «rain»,

não gosto muito da palavra tolerante (percebo o sentido em que a usaste) já com a palavra respeito concordo, inteiramente, substitui tolerante por solidário e concordo, plenamente, com o teu comentário. Descansa, volta quando quiseres...

oxigénio,

volta sempre, eu tenho uma amiga que gosta de meninas (bolas, acontece tudo a um menino do campo, eh, eh, eh)

nefertiti,

a orientação sexual é um direito e a desorientação, também, orientemo-nos, pois, para a felicidade...

miudaaa,

adorei o teu «nick», miúda... parece-me bem!

alex,

concordo, não me incomoda nada a homossexualidade, mas, detesto a bichanice, porque esta ou contário daquela é intrusiva. Respeitar para serem respeitados, nem mais.

asna,

os teus comentários são como raios de sol que iluminam este humilde «blog».
Inocência, inocentes?
Será que ainda há disso?

gaia,

apesar do sono, tocaste num ponto fundamental a construção e a (des)construção. O «eu», o «outro» e as suas interpenetrações [esta palavra poderá ser mal interpretada tendo em conta o tema do «post»]

antónio,

o teu comentário faz-me lembrar o gajo que foi ao consultório e disse ao dentista:
- Sr. Dr. venho só avisar que hoje não posso vir à consulta...; sábado, maio 20, 2006 2:24:00 da tarde
Anónimo said...: Pois, Pedro, usei tolerância no sentido de se ser solidário e não com um sentido de superioridade( do género:"-Ah, até és gay, mas pronto..., eu desculpo-te...")

Ainda bem que percebeste a minha intenção. Já começas a conhecer-me? =); sábado, maio 20, 2006 5:43:00 da tarde
António Almeida said...: Pedro
7:10, aulas às 9, barba para fazer, banho para tomar (sim, porque com esta idade :-)) eu preciso disfarçar o mau aspecto) e com a certeza que a asna não se ia ficar :-)), achas que eu ia fazer um comentário?; sábado, maio 20, 2006 10:41:00 da tarde
António Almeida said...: Pedro
realmente as voltas que um post dá!
o galo só aparece ao 7º comentário (imagina se fosse uma tartaruga ou um cágado) o que veio alterar a orientação dos comentários, pois o centro das atenções virou-se para os galos.
o galo jovem foi:
infeliz na decisão, pois mais duas, menos duas... para ele havia sempre por onde escolher e o galo velho teria uma "retirada digna";
imprudente... sem conhecer o campo onde se movimentava, aceitou uma batalha, convencido que iria ganhar a guerra.
o galo velho foi:
humilde, tentou lidar com a nova situação a contento de ambos;
corajoso, nada nos diz que a primeira vez que desafiou o jovem galo, o não tivesse feito pensando que sairia vencedor (já das outras vezes...)...
quanto ao fazendeiro, a história é outra.
primeiro:
só escolhia galarós burros (a idade pode levar muita coisa, mas traz sabedoria);
segundo:
ao usar a espingarda, punha de lado a hipótese de aproveitar a "chicha" do galaró para uma canjinha ou franguinho no forno, o que é um desperdício!;
terceiro:
arriscava-se a arranjar problemas com a SPA;
quarto:
revelou cretinice, pois a "Judite" agora anda atrás dele, pois a análise balística provou que aquela arma tinha sido utilizada em 4 galícidios recentes.
afinal o post era sobre o quê?

asna
a ameaça não era para ti... era para o Pedro.; sábado, maio 20, 2006 11:10:00 da tarde
Anónimo said...: António,

O blog não é meu, mas atrevo-me a dizer: bem vindo.

gosto imenso dos teus comentários, só lamento que não sejam tão assíduos como eu gostaria e tão extensos como, por exemplo, o de hoje.
É como tu dizes: a idade pode levar muita coisa, mas traz sabedoria. No teu caso( não, não estou a chamar-te de velho) a sabedoria abunda e o bom senso tb.

António,
agora explica-me só uma coisinha, o que é que isto quer dizer:
«...e com a certeza que a asna não se ia ficar...»

E isto: «...principalmente a história do galo e a asna».
A final qual é a minha historia com o galo???

Vá lá, explica-te António!!!

ai, ai, ai a minha vida!!!!; domingo, maio 21, 2006 1:15:00 da manhã
Alien David Sousa said...: OLha Pedro, muito a sério, não sei porquê mas dois dos meus melhores amigos são gays e são demais. Posso mesmo dizer que são melhor amigos do que as amigas.
Falamos de tudo, sem qualquer tipo de problema e tanto oiço conselhos como os dou quando me os pedem. Estou-me borrifando para a opção sexual deles, adoro-os aos dois e sei que posso contar com eles e isso é o que conta.; domingo, maio 21, 2006 3:22:00 da tarde
António Almeida said...: Pedro
desculpa lá mas isto é para a asna.
assiduidade e a extensão dos comentários estão relacionadas com alguma falta de tempo...
no meu caso (e por muito que me custe dizer isto), sabedoria e bom senso não rimam com António...
"a asna não se ia ficar", depois de ter lido o comentário das 11:28 e (principalmente) o das 11:33 vi logo que da tua parte o post não estava encerrado...
"principalmente a história do galo e a asna", lembra-te que o post não fala do galo, por isso eu digo que voltarei para comentar o comentário (passe o pleonasmo) do galo (aliás, com isto tudo... nem comentei o post) e para ver a (continuação da) tua reacção às respostas do Pedro... :-)
cocluindo, a tua história com o galo... não existe!
tal como disse o João Ratão... são tudo histórias da Carochinha!
*; domingo, maio 21, 2006 11:10:00 da tarde
Anónimo said...: António, António, António...!!

Não sei o que dizer-te. Ou melhor, podia dizer-te muita coisa, mas não vou fazê-lo agora, nem hoje.
Excepto pedir-te para seres mais assíduo nos comentários. Vais surprender-te, mas consigo apreender mais de ti quando comentas do que quando postas!!! É verdade,(manias minhas).

Quanto ao "...vi logo que da tua parte o post não estava encerrado..."
Pois é, começo a ser previsivel, e isso deixa-me terrivelmente aborrecida. Emendar-me-ei. Ou seja, de futuro procurarei encerrar mais cedo os meus comentários aos posts.(eheheheh)

Pedro: desculpa usar a caixinha desta maneira (mas como sabes, preciso duns favores em abrantes e quem sabe o António não dá uma ajudinha!!! eheheheeh).

António, não ligues, esta última parte é brincadeira.; domingo, maio 21, 2006 11:49:00 da tarde
António Almeida said...: Pedro
agora é que é mesmo para encerrar...
asna
há alturas em que os meus posts são "demasiado transparentes" e ultimamente tenho tentado evitar isso, os posts são mais "assépticos" por uma questão mental, por vezes... penso (?!)demais e isso não é bom, deita-me abaixo, e quando isso acontece (http://preca.blogspot.com/2006/01/encerrado-por-tempo-indeterminado.html)... as coisas complicam-se.
percebes porque é que às vezes é mais fácil comentar que escrever?
(está encerrado o assunto, ok?); segunda-feira, maio 22, 2006 8:38:00 da tarde
Anónimo said...: António,

Se me pedes para encerrar o assunto, embora contrariada, faço-te a vontade. Mas deixa-me dizer que já tinha reparado, não tanto na falta de transparência dado que os posts continuam muito bons e claros, mas numa progressiva, digamos, falta de cunho pessoal...
Gostava de poder ajudar!

Sabes qual é o melhor remédio?? COMENTAR em vez de postar (eheheh)
Vou criar um blog para tu comentares à vontade. Muito provavelmente amnhã receberei a primeira lição no encontro com o mestre.

António, beijinhos.; segunda-feira, maio 22, 2006 9:21:00 da tarde

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