580 - interrupção voluntária da v., sim
Pensei que isto fosse claro, afinal não foi.
Ora bem, mas afinal sou pelo sim ou pelo não?
«Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada por opção da mulher, nas primeiras dez semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?»
A pergunta não faz sentido. A interrupção sendo voluntária é sempre uma opção da mulher (ou isto ou eu não sei o que significam as palavras: voluntária e opção).
«Nas primeiras dez semanas» porquê dez? Se forem dez semanas e um dia a mulher deverá ser presa? [Neste ponto o sim e o não parecem estar de acordo, dez semanas e um dia... dá e dará «cana» com pena até três anos].
«Em estabelecimento de saúde legalmente autorizado» [isto significa o quê, na prática? Será o Serviço Nacional de Saúde a realizá-los nos Centros de Saúde e nos Hospitais, serão realizados em clínicas privadas (poder-se-á aproveitar o «know-how» existente)? Será estabelecido um «plafond» por mulher, digamos dez "desmanchos"?]
Como o tema é complexo, como se irá discutir tudo, excepto o que, realmente, interessa tenho a minha decisão tomada:
- Sim (à abstenção)
- Não (a colaborar nesta votação hipócrita)
Nota final: Que bom seria que o dinheiro que o Estado vai gastar com esta «brincadeira» fosse canalizado para um planeamento familiar eficaz, para o apoio a mães jovens e tal. Por exemplo os cerca de € 75 (quinze contos) que irão receber cada um dos elementos das mesas de voto, poderiam ir para instituições como a Ajuda de Berço.
3 Comments:
Votando em branco ou anulando o voto, mostraremos a nossa insastisfação.Esta è uma matèria que terà que ser aprovada na Assemblèia da República.
Quem não quer ser lobo não lhe veste a pele.
Estou de acordo com a "vergonha" que é a questão apresentada nos boletins e com o facto de que a decisão de reformar a actual lei, deveria ter sido tomada por aqueles que elegemos mas que na altura de tomar responsabilidades em ombros, "arreiam a jiga" e atiram com elas para os cidadãos.
Quanto a quase tudo o resto, estou em processo de reflexão respeitosa para com todos os argumentos... ou quase todos.
Um abraço.
A matéria devia, de facto, ser alvo de debate e votação na assembleia da república. Não faz sentido andarmos entretidos a falar da excomunhão ou da entidade jurídica do ovo e da galinha ou em quem manda na barriga de quem.
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