terça-feira, outubro 14, 2008

1714 - importa questionar, saber questionar

Vamos efectuar um exercício teórico, socorrer-me-ei de questões questionadas (é assim que os jornalistas falam) por Anabela Mota Ribeiro a Glicínia Quartin [DNA, 2005.01.21, pp. 10-17] e respondo eu, eu, pessoalmente, melhor, comento a partir das perguntas/respostas.
1. Quem era o seu interlocutor em casa?
Ó pá, ó Anabela, a senhora dona Glicínia respondeu que o interlocutor era a mãe, 'tás a ver, desconcorda em género, deverias ter perguntado: Com quem conversava, com quem partilhava segredos?
2. Casou aos 21 anos, quando ainda estudava. [sic]
- Devo ter sido uma das primeiras alunas da Faculdade casada.
3. Como é que foi? Apaixonou-se?
Típica pergunta de gaja, das duas uma ou ela se apaixonou (a resposta foi: sim) ou não se apaixonou, foi, apenas, físico, o gajo era rico com' o caraças, era ministro da cultura, obviamente, a resposta seria sempre a mesma: sim.
4. Posso perguntar se casou para conquistar uma liberdade sexual?
Por pudor não publico a resposta... que raio de jornalismo é este?
5. Tinha o complexo de não ser bonita. [sic]
Espera aí, ó Anabela, tu tens a oportunidade de entrevistar uma senhora como a senhora dona Glicínia e perguntas-lhe se ela era complexada por não ser bonita?... bem sei na altura eras nova, tinhas trabalho, mas bolas... ministros da cultura há poucos e mulheres, muitas.
Glicínia respondeu: Sei que não era bonita, mas não tinha complexos de ser tão feia que não pudesse fazer coisas.
6. Pode-se ensinar a ser feliz? [finalmente, uma excelente questão]
- Eu não ensino a ser feliz. Eu gostava de educar as pessoas de modo a que elas pudessem abrir os olhos à sua volta e crescer. Acho mais importante do que saber muita coisa. Pelo saber também chega o crescimento, acho que isso é que é importante, e muitas vezes não se faz.

9 Comments:

Blogger r said...

Não fosse estar a comer torradinhas com manteiga, ainda lhe dizia algo do tipo:

-Agarrem-me, c'anão... bato-lhe.


Guardou um jornal de 2005?
Muito conservador...

quarta-feira, outubro 15, 2008 5:21:00 da tarde  
Blogger pedro oliveira said...

O DNA não era um jornal era, apenas, um suplemento do Diário de Notícias.

quarta-feira, outubro 15, 2008 8:19:00 da tarde  
Blogger r said...

Conservador vitamínico, portanto.

Sempre pensei que era ácido desoxirribonucleico, mas creio em si.

quarta-feira, outubro 15, 2008 8:56:00 da tarde  
Blogger pedro oliveira said...

vitamínico

adj.,
relativo ou pertencente a vitamina.

ácido

do Lat. acidu
s. m.,
Quím.,
substância capaz de formar iões de hidrogénio quando dissolvida em água;
composto hidrogenado em que o hidrogénio pode ser substituído por metais, para formar sais;
substância que reage com uma base, formando um sal ou, por vezes, água;
substância que tem um Ph inferior a sete;
substância que torna vermelho o azul de tornesol;
adj.,
acre;
azedo;
agro;
s. m.,
(no pl. ) corpos derivados por oxidação dos álcoois e dos aldeídos.

desoxirribonucleico

adj.,
designativo de um ácido composto por uma substância macromolecular formada por uma série de nucleótidos, que se encontra na cromatina do núcleo das células vivas, apresentando-se sob a forma de duas cadeias agrupadas em hélice, e que é responsável pela transmissão de características hereditárias, tendo a capacidade de reconstruir novas células e de se reproduzir a si mesmo, constituindo assim o material hereditário existente na maior parte dos seres vivos (símbolo ADN, em inglês DNA).

Há pessoas que sabem muito, sabem tanto... ou então, glu, glu, gloogam

quarta-feira, outubro 15, 2008 10:01:00 da tarde  
Blogger pedro oliveira said...

Googlam... internetam

(em Braga continua tudo na mesma, dez albaneses vão brincando com uma selecção portuguesa de rapazes nascidos da república portuguesa, na Venezuela, no Brasil, na Madeira, no antigo Zaire... um treinador nascido em Moçambique vai mascando pastilha)

Eu rio-me.

quarta-feira, outubro 15, 2008 10:11:00 da tarde  
Blogger r said...

E atrasam as (minhas) telenovelas todas, para este deprimente espectáculo!?...

Haja paciência.

Também, caríssimo, também internetam, mas sabem pouco e não fazem jus à excelência do ensino privado, alguma coisinha de Psicofisiologia básica, nada mais. Tenho aprendido com as minhas alunas e os meus alunos da área de ciências, ao leccionar(-lhes) Psicologia. Coisa mui apoucada.
De resto, acertei na sílaba tónica, 'tou a ficar esperta.

quarta-feira, outubro 15, 2008 10:58:00 da tarde  
Blogger pedro oliveira said...

«'tou a ficar esperta.»

Obviamente, este «blog» é só cultura e esperteza, também.
Há muito tempo que alertei o povo em geral e a «blogosfera» em particular para os malefícios da contratação dum perdedor...
Obviamente...

quarta-feira, outubro 15, 2008 11:05:00 da tarde  
Blogger r said...

«alertei o povo em geral e a «blogosfera» em particular»

Muito esperto, mesmo. Esperteza sem quimeras nem fragilizadas utopias, alicercadas em supostas evidências quantificáveis.
Obviamente, há, nessa afirmação, a denúncia d'um invisível fosso.

quarta-feira, outubro 15, 2008 11:23:00 da tarde  
Blogger pedro oliveira said...

«invisível fosso»

O fosso é bem visível.

quinta-feira, janeiro 01, 2009 1:24:00 da tarde  

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