terça-feira, janeiro 15, 2008

1166 - a crédito, tá?





A blogosfera portuguesa está desatenta ou então interiorizámos de tal maneira a cunha, o jeitinho e tal que achamos normal que um prestigiado jornal onde colaboram grandes nomes da cultura portuguesa, dos quais destaco: Ricardo Araújo Pereira, Sr. Dr. Miguel Sousa Tavares e Zé Diogo Quintela, achamos normal, dizia, que um jornal tenha publicado 12.451 números imaculados e depois tenha cedido ao capital, ao capitalismo desenfreado e tenha abdicado da sua identidade, do seu rosto, da sua primeira página, para a substituir por uma mancha cor de sexta-feira de paixão, um simbolozeco do zodíaco e uma frase: a força de acreditar... imaginei uma frase que se adequaria mais: a forca do crédito.
Caminhar à medida das nossas pernas, quem não tem dinheiro não tem vícios se cada um de nós interiorizasse estas frases (quando lida com dinheiro privado, pessoal e principalmente quando lida com dinheiro público) se cada um de nós as interiorizasse, dizia, provavelmente, os malandros dos capitalistas não teriam dinheiro para comprar identidades, por outro lado, também, não existiriam jornalistas, jornaleiros, donos de jornais dispostos a venderem-se.
Comecei por dizer: a blogosfera portuguesa está desatenta, nem todos, há quem esteja atento...

6 Comments:

Blogger pedro oliveira said...

horóscopo (chama-se assim, não é?) manhoso, aqui:
http://www.e-mensagens.com/horoscopo-maldito/

crédito da primeira imagem

terça-feira, janeiro 15, 2008 9:22:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Toda a ambição é legitima,salvo as que se erguem sobre as misérias e as crendices da humanidade.

terça-feira, janeiro 15, 2008 9:25:00 da tarde  
Blogger pedro oliveira said...

Não considero a ambição legítima no sentido de autêntica, necessária. Uma pessoa ambiciosa não olha a meios para atingir fins e muitas vezes acaba com dinheiro mas esquecido e escorraçado por todos, a dar tácticas e técnicas e «mind games» a jogos de matraquilhos («play station» «psp» para os leitores deste milénio) acaba a mourinhar.
A nossa autenticidade está em sermos, em assumirmos, os nossos defeitos, as nossas qualidades, em procurarmos construir uma terra, um mundo, melhores, agindo, pensando, sendo.
Há quem acredite em signos, gajos como eu, acham: atem-te à virgem, na corras, verás o trambolhão qu'a 'panhas

(utilizei quinze vírgulas neste comentário, mais, que Saramago utiliza num livro inteiro e ele é que é o Nobel e ruim sou eu, o burro sou eu...)

(sem contar com as utilizadas no comentário ao comentário que está fraquito, benza-o Zeus)

terça-feira, janeiro 15, 2008 9:48:00 da tarde  
Blogger r said...

Este comentário foi removido pelo autor.

quarta-feira, janeiro 16, 2008 12:21:00 da manhã  
Blogger r said...

Este comentário foi removido pelo autor.

quarta-feira, janeiro 16, 2008 12:26:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

"Quem não traz na cabeça um grãozito de ambição ?"

quarta-feira, janeiro 16, 2008 4:50:00 da tarde  

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