terça-feira, janeiro 15, 2008

1167 - tipo confessionário

Nem às paredes confesso, esganiçava-se a senhora, com um xaile aterrado nas costas.
Ao meu blog, confesso, digo, calmamente, enquanto, calco, letras brancas em fundo negro.
Olho para trás, M. voltou, A. questionou, R. comentou, outros passaram, sentiram, sorriram, indignaram-se e tal...
Confesso, dizia (isto é giro, não é?) (agora, repito) ao meu blog, mas, na realidade, confesso, no meu blog...
Letras, encarreiradas, palavras, frases, períodos, ideias, ideais.
Não existem palavras, nem frases ideais, existem pessoas que podem ser portuguesas, norueguesas, brasileiras, belgas ou francesas ou então não...
Gosto de pensar nos meus visitantes como pessoas que compreendem as minhas palavras, pode ser um emigrante português na Noruega, aquela bandeira esperança ensanguentada pode não ser dum português, pode ser, apenas, alguém que viva em Portugal (república portuguesa se preferirem) podem ser tudo ou nada, liberdade, igualdade, fraternidade, bleu, blanc, rouge...
A liberdade é azul como o céu, a igualdade é branca como a paz, a fraternidade é vermelha como a camisola do Sport Lisboa e Benfica e o partido de Bush, se excluíssemos o vermelho, a bandeira ficaria azul e branca, democrata, portanto





10 Comments:

Blogger r said...

Dr. Oliveira, deixe-me dizer-lhe, a despropósito democrático, que,por vezes, há coisas que se não devem confessar. As consequências podem ser de «caír ao chão» a não ser que se esteja, realmente, preparado para sofrer (no sentido do «pathos», mas sem «logos»)o que advém da confissão.
Também há aquela coisa da redenção e tal.

quarta-feira, janeiro 16, 2008 11:49:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

E, por falar em Prémio Nobel... Pedrão, por este andar você tá deixando a Vila Poema e «comprando» Lanzarote, não tarda muito, n'é ?
Basta uma frase declarativa, escrita, por si, para percebermos o sentido da pontuação em Saramago.

quinta-feira, janeiro 17, 2008 12:30:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

fui eu.
maria papoil@

quinta-feira, janeiro 17, 2008 12:30:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

...
Eu sinto-me vários seres.
Sinto-me viver vidas alheias,em mim
incompletamente,
como se o meu ser participasse de todos os homens,
incompletamente de cada,
por uma suma de não-eus sitetizados num eu postiço.

Fernando Pessoa.

quinta-feira, janeiro 17, 2008 9:05:00 da tarde  
Blogger r said...

Não conhecia esse Pessoa.

Aposto que o pessoa estava com uma tamanha bebedeira quando escreveu acerca da incompletude. O Godel também pensou nisso, mas esse não o percebo. Sempre achei que muito absinto fazia mal às pessoas, tipo as drogas e o tabaco e tal.
O Pessoa não teve foi sorte, coitado. Acontece amiúde. E até era giro.

quinta-feira, janeiro 17, 2008 11:27:00 da tarde  
Blogger r said...

ok, já me penitenciei por ter entupido a caixa de comentários e, principalmente por ter chamado coitado a Pessoa. Mas que estava com a bebedeira não tenho dúvidas.

Pedro, não ligues, como diz o outro: hoje, o dia correu mal.

quinta-feira, janeiro 17, 2008 11:31:00 da tarde  
Blogger r said...

sorry.

foi da incompletude.

quinta-feira, janeiro 17, 2008 11:32:00 da tarde  
Blogger pedro oliveira said...

Pessoa na Ginginha (antes da ASAE a fechar):
- Quatro, para mim, para o Álvaro Campos, para o Ricardo Pais e para o Alberto Caeiro.
Cada um depois pagava (ou então não) uma rodada.

sexta-feira, janeiro 18, 2008 7:32:00 da manhã  
Blogger r said...

Claro que não.
Duas ginginhas + dois cigarros (à porta, claro)(nem todas gostam): cavalheirismo muito fraquinho.

Bonjour...!

sexta-feira, janeiro 18, 2008 9:13:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

treta , não diz piaçaba , onde está o piaçaba ?

Diz piaçaba é fixe .
O que interessa é boa disposição e mai nada .


Diz piaçaba é fixe .

sábado, janeiro 19, 2008 10:00:00 da manhã  

Enviar um comentário

<< Home

não é o fim, nem o princípio do fim, é o fim do princípio