segunda-feira, outubro 04, 2010

382/2010 - a ponte num inocente olhar de menino

A ponte é uma ponte.
Dum lado passam passavam automóveis popós do outro passam comboios pouca-terras .
A ponte dos popós e dos pouca-terras é a mesma, os pilares são os mesmos.
Porque é perigoso atravessá-la de popó e não é perigoso atravessá-la de pouca-terra?
Nota: a primeira imagem foi obtida através do programa paint a partir duma fotografia de Paulo Sousa

7 Comments:

Anonymous Anónimo said...

É perigoso passar de pópós porque os pouca-terras não teem volante, portanto circulam-sobre carrilges os pópós são maus e estragam as balijzas.

segunda-feira, outubro 04, 2010 11:58:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Oh meu!!! DASSS!!!
DUAS PONTES!!!
DUAS ESTRUTURAS!!!
DUAS VIAS!!!
SEPARADAS E INDEPENDENTES!!!
OK!!!

terça-feira, outubro 05, 2010 9:36:00 da tarde  
Blogger pedro oliveira said...

Duas pontes?
Duas estruturas?
Duas vias, concordamos; separadas sim, independentes não... estão dependentes duma estrutura comum.
Acha mesmo que existem ali duas pontes?

terça-feira, outubro 05, 2010 9:44:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Não é preciso ser licenciado, nem sequer conhecer bem a ponte.
Basta ter um computador e internet.
Eu “espilico”:

1º Passo – Wikipedia (porque serve perfeitamente para conhecer datas):
Ponte da Praia do Ribatejo
A Ponte da Praia do Ribatejo é uma ponte sobre o rio Tejo que liga as estradas nacionais EN3 e EN118, unindo Praia do Ribatejo ao município de Constância.
Inaugurada em 1889, inicialmente era uma ponte ferroviária.
Em 1959, devido ao mau estado da estrutura, a CP construiu outra ao lado, assente sobre os mesmos pilares. A linha abandonada foi cedida às câmaras de Vila Nova da Barquinha e Constância que a adaptaram a ponte rodoviária, inaugurada em 1988.
Em Novembro de 2007 esteve encerrada devido a um deslizamento do tabuleiro.
Obtida de "http://pt.wikipedia.org/wiki/Ponte_da_Praia_do_Ribatejo"

2º Passo – Se não podes ir à ponte, traz a ponte (em fotografia) para casa:
http://lagamart.blogspot.com/2010/07/ponte-rodoviaria-de-constancia-que.html
http://ostrilhosdoalmourol.blogspot.com/2009/12/praia-do-ribatejo.html

3º Passo – Pôr o cérebro em funcionamento:
Peço desculpa, não há link, desenrasque-se…

4º Passo – Conclusão:
A primeira foi construída em 1889, portanto os seus pilares têm 121 anos.
A outra foi construída em 1959, há 51 anos, portanto os pilares da primeira já tinham, nessa altura…
…espera lá…, calculadora,… 121 menos 51,… dá 70.

Então acha que se constrói uma ponte NOVA sobre pilares com 70 anos em pedra (porque em 1889 ainda não se usava betão armado).

Se reparar na sua fotografia (e nas outras que junto), cada pilar que vê não é um, são dois.
Estão encostados (separados por uma junta) mas não ligados – ora são INDEPENDENTES.
Porque eles não trabalham para os lados, mas para baixo – Lei da gravidade, Newton, Wikipedia, etc…
Aquele risco ao meio não é decorativo.
Não, não me refiro ao Paulo Bento.

quarta-feira, outubro 06, 2010 11:20:00 da tarde  
Blogger pedro oliveira said...

«Em 1959, devido ao mau estado da estrutura, a CP construiu outra ao lado, assente sobre os mesmos pilares. A linha abandonada foi cedida às câmaras de Vila Nova da Barquinha e Constância que a adaptaram a ponte rodoviária, inaugurada em 1988»

«Assente sobre os mesmos pilares» é o que diz nessa sábia enciclopédia on-line que recomenda, não é?

Parece-me que o problema da parte rodoviária da ponte é a falta de manutenção do tabuleiro e dos resguardos laterais/rede.

Acha mesma que o problema é estrutural e que a ponte ruiria (tipo ponte de Entre-os-Rios) só dum lado?

quinta-feira, outubro 07, 2010 12:49:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Vamos lá a ver, eu vou escrever devagar e repetir-me muito…
Um dos seus erros está no seu conceito de estrutura.
A estrutura de uma ponte compreende a infra-estrutura da ponte e a superestrutura da ponte.
A infra-estrutura da ponte é, correntemente falando, o que suporta por baixo, ou seja, as fundações e as obras de apoio (pilares e os encontros nas margens).
A superestrutura apoia-se na infra-estrutura e corresponde ao conjunto formado pelas vigas (longitudinais, transversais e treliças - em forma de X, se existirem) que sustentam um tabuleiro rodoviário ou uma linha férrea.
TUDO É ESTRUTURA exceptuando a via de passagem que é o objecto do suporte.
Ou seja, como em todas as outras, no caso das “suas pontes da Praia”, as vias actuais (o tabuleiro rodoviário e a ferrovia) não se apoiam directamente nos pilares. Como é visível em qualquer fotografia, cada uma delas está construída sobre uma superestrutura independente. Estas DUAS ESTRUTURAS, executadas em épocas muito distintas, com materiais e processos construtivos absolutamente diferentes, com um historial de obras de manutenção oposto, e que, obviamente, não podem oferecer igual resistência às cargas, são DUAS ESTRUTURAS SEPARADAS E INDEPENDENTES e não uma só “comum”, como referiu várias vezes.
Assim, um eventual PROBLEMA ESTRUTURAL, na velha ponte rodoviária, não acontece apenas nas fundações ou nos pilares (infra-estrutura), como parece perguntar, mas também é um PROBLEMA ESTRUTURAL se acontecer na superestrutura, por exemplo: provocado por acidente rodoviário contra as velhinhas e degradadas vigas principais (os painéis laterais em X que são “protegidos” por redes de capoeira) ou pela contínua degradação e perca de resistência do conjunto por falta de manutenção das mesmas vigas e das vigas transversais (carlingas e longarinas) que sustentam o tabuleiro de betão (localizadas por baixo deste e não são visíveis por quem passa de carro).
Respondendo, então, à sua pergunta: sim, o problema é ESTRUTURAL (não é novidade nenhuma) e será nessa superestrutura (em ferro) idosa, cansada e maltratada e, sendo optimista “ma non troppo”, o problema não será tanto nos pilares (em pedra)…
O.K…, e os pilares?… São todos velhos ou são metade novos?… E cada “pilar” é um ou são dois? E as fundações?
Proponho-lhe que, como contribuinte e (ex)utilizador da ponte, escreva a pedir esclarecimentos às autoridades competentes, para que possa dormir descansado.
Eu mantenho o que concluí anteriormente.
E, para finalizar, tenho para mim que a utilização, digamos, doméstica da Wikipedia tem sempre mais vantagens que desvantagens. Não tenho pejo em recomendá-la para assuntos do tipo “conversa de café” como este das pontes. Mas, assumo, tive azar com aquele artigo porque, além de estar truncado, é citada uma data errada e diferente do texto original (acabei por descobrir a fonte e o texto original completo num livro, em papel, numa biblioteca pública), e, como referi, foi pelas datas que utilizei essa enciclopédia livre, expedita e, agora, aldrabona
A data da construção da actual ponte ferroviária, afinal, é 1979, e não 1959, tem, portanto, 31 anos de vida o que implica que a ponte velha já contasse, não 70, mas com uns ilustríssimos 90 anos quando foi “abatida ao efectivo” ferroviário. E vocelência? Continua a “achar mesmo” que se construía uma SUPERESTRUTURA nova (para comboios) sobre uma INFRA-ESTRUTURA com 90 ilustríssimos anos?

PS. Se estiver interessado dou-lhe mais informações sobre o tal livro que me desvendou ainda outra surpresa: a ponte de 1979 não foi a segunda ponte a ser construída entre a Praia do Ribatejo e Constância-Sul…

sábado, outubro 09, 2010 10:09:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

tao e quando e que nos deixamos todos de especular e lutarmos todos do mesmo lado para obter o mesmo fim, uma soluçao para o problema.....

segunda-feira, outubro 11, 2010 2:40:00 da tarde  

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