405/2010 - cinzas e fogo
(...) não vi o Sporting ganhar (...) ao pôr-do-sol de domingo, estava a caçar patos no meio do mato. Escondido atrás duns arbustos, vi a noite cair e tudo ficar escuro no silêncio à minha volta, até nascer uma fantástica lua cheia cor de laranja, vinda dos lados de Espanha
Miguel Sousa Tavares in A Bola de 2010.10.26 p. 46
Fazia-se ali, todos os anos, uma concorrida caçada ao pato-real. Antes do dia nascido, já os barcos a remos, em cada um, além do remador, um caçador e um cão se dispunham à batalha. Criança ainda, eu ia com meu pai como ajudante de cão de caça. Mal a ave era atingida, ainda vinha no ar como pedra que cai, deitava-me à água, ao desafio com o cão.
Manuel da Fonseca in O Fogo e as Cinzas, 1981 p. 15
Não sou caçador.
Não fui ajudante de cão de caça, contudo, parece-me a descrição de Manuel mais, digamos, verdadeira, que a de Miguel.
Alguém caçará patos à noite?
(...) vi a noite cair e tudo ficar escuro no silêncio; se estava tudo escuro e em silêncio como era possível caçar? Possuirá Miguel uma fisga com mira telescópica e visão nocturna?
Espero, sinceramente, que algum especialista em caça (ou não) me elucide sobre estas pertinentes questões.
2 Comments:
Este comentário foi removido pelo autor.
Patos e patadas,abraço.
Bom fds.
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