segunda-feira, outubro 30, 2006

508 - confio em «blogs»

Viagem.
Uma viagem por aí, essencialmente, por aqui.
Quem me «linka», que interesse poderão ter as minhas palavras?
As palavras dos outros ... os «blogs» que leio, onde comento, que me comentam...
Anónimo?
Não sinto grande simpatia por pessoas que no espelho só olham qualidades e não vislumbram defeitos...
Dum modo geral, generalizando, portanto, confio em «blogs» confio em pessoas como Lumife, confio em organizações como esta (fui o único «blogger» português presente [não convidado pela organização]) acredito na «blogosfera» enquanto espaço de partilha.
Para os interessados em processos:

6 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Não sou nem tenho pretensão a ser bloguista.(Serà assim que se diz Bloguista.)No entanto tenho uma certeza,vivendo longe de onde brinquei e cresci, a blogosfera è uma lufada de ar fresco todos os dias na minha vida.Bem haja quem esreve,pois sempre me disseram que a ler tambèm se aprende.

Manuel Marques.

terça-feira, outubro 31, 2006 11:35:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Bem hajam, Pedro Oliveira pelos posts, Manuel Marques pelos comentários. Ambos, lufada de ar fresco. Reflecte-se melhor em conjunto. Um abraço.

quarta-feira, novembro 01, 2006 8:30:00 da tarde  
Blogger crt said...

As coisas que eu aprendo contigo!!

quarta-feira, novembro 01, 2006 9:31:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

As leituras das palavras dos outros são sempre interpretativas.Até a releitura das nossas próprias palavras. Podes tentar mostrar-me que estou errada, se não concordares.
Entendes a blogesfera como espaço de partilha de quê? De ideias, suponho. Se, assim é, não interessa absolutamente para nada a identidade de quem escreve. A discussão e reflexão de ideias exige o anonimato dessa ideia. Apenas e tão só para não corrermos o risco de discutirmos o autor da ideia, em vez da ideia, enquanto tal. Correriamos o risco de «fulanizar» a discussão. Mais ou menos, como acontece no nosso país, onde se discutem os autores das ideias (quando há alguém com ideias) em vez das ideias...
Atribuir responsabilidade a alguém é outra conversa. Aí não pode existir anonimato. falo da discussão/partilha de ideias que li no teu post.
Gostei de saber que o teu «Eu» se inscreve no Profile. Eu a pensar que era algo que trespassava os 508 posts e, afinal, está ali encerrado. Bem, como é para partilhar ideias, também não interessa nada.
A questão do processo, era ironia? Só pode, porque, efectivamente, este blog não é estático; está em processo. Não "é". Está "sendo" a cada post...comentários...

quarta-feira, novembro 01, 2006 11:58:00 da tarde  
Blogger pedro oliveira said...

Manuel, jaws e crt
é a ler que aprendemos.
A lermos outros «blogs», a lermos comentários e livros. É a questionarmos o que lemos que vamos formando a nossa opinião e construindo o nosso caminho.

gaia,

«As leituras das palavras dos outros são sempre interpretativas.Até a releitura das nossas próprias palavras. Podes tentar mostrar-me que estou errada, se não concordares.»

Concordo inteiramente, tudo é interpretação, até os silêncios o são.

«Entendes a blogosfera como espaço de partilha de quê? De ideias, suponho. Se, assim é, não interessa absolutamente para nada a identidade de quem escreve. A discussão e reflexão de ideias exige o anonimato dessa ideia. Apenas e tão só para não corrermos o risco de discutirmos o autor da ideia, em vez da ideia, enquanto tal.»

Não existem ideias anónimas. As ideias não vivem por si. São produzidas por alguém num determinado contexto espácio-temporal. Percebo, perfeitamente, a tua questão (faz sentido). Lembro-me, por exemplo, quando visitei Atenas e olhei aquela imensa vastidão que se avista do planalto onde se situa o Parténon, ter pensado: estes gajos tinham mesmo de ser filósofos, tinham de pensar no sentido da vida e da morte...
O facto de ter pensado isso é em si próprio uma construção, só entendível, contextualizando-a, isto é, eu era um puto que tinha adorado a malta do séc. V a.C e aquilo fazia sentido naquela altura (quase há 20 anos).
Discutir ideias em abstracto pode parecer intectualmente muito estimulante mas é um exercício imprudutivo, pois é no real e no concreto que essas ideias, em última instância, terão de ser aplicadas.

«A questão do processo, era ironia? Só pode, porque, efectivamente, este blog não é estático; está em processo. Não "é". Está "sendo" a cada post...comentários...»

Era e não era ironia. Pessoas como Sousa Tavares ou Prado Coelho julgam-se donos da verdade. Pensam ter uma superioridade intelectual que herdaram nos genes. Bibliotecas herdam-se e a instrução compra-se; cultura e educação vai-se cultivando, aprende-se todos os dias com pessoas que moldam a vida como outros moldam a farinha para fazer pão ou o barro para construírem tijolos.

quinta-feira, novembro 02, 2006 1:29:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Sim, concordo. As ideias são sempre contextualizadas. Evidentemente. Brotam de um contexto histórico, social, cultural, político, filosófico... são filhas do tempo em que se inscrevem. Não li essa identidade histórica, social... no texto do teu post. Aí, pareceu-me, o conceito de anónimo era tomado exclusivamente no sentido de ausência de identidade pessoal. Ora, a discussão de ideias tem de abstrair-se da pessoa/pessoalidade. Se, o que está em causa é a discussão/reflexão de ideias, não nos devia interessar se foi o Evaristo, o Joaquim ou o fulano tal e tal que emitiu a ideia. «Fulanizar» as ideias é "pensar pequeno". Foi neste sentido que disse, serem anónimas.
Se, por outro lado, alargas o conceito de identidade,, inserindo nele a identidade social, cultural, histórica.... concordo inteiramente contigo. Desse modo, as ideias, sejam elas quais forem, não podem discutir-se em abstracto.
Em jeito de conclusão (puramente subjectiva): as generalizações/abstracções podem ser exercicios improdutivos, mas os relativismos (de natureza variada) também.
Quanto ao último parágrafo, estamos de acordo.

P.S.: Não é preciso mostrares-me que a identidade psicológica não existe isolada das outras ( social, histórica....). Percebi perfeitamente os teus argumentos.

quinta-feira, novembro 02, 2006 5:59:00 da tarde  

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