69 - soares [o que hoje é verdade amanhã pode ser mentira]

Não que tenha especial simpatia pelos "colonos brancos".
Os "colonos brancos" como M.S. lhes chama eram portugueses que se deslocaram dentro do seu país, da mesma maneira que hoje um professor que resida em Lisboa vai leccionar para Mértola, naqueles tempos um agricultor sem terras ia cultivá-las para Angola ou Moçambique.
Pessoas como M.S. nunca saberão ao que sabe uma côdea de pão com bolor.
Os "colonos brancos" como M.S. lhes chama eram, também, aqueles que diziam: " O quê? Os nossos filhos têm de combater...porquê? Já não há soldados que cheguem na Metrópole [ou no Puto como, também, lhe chamavam].
Percebi M.S. quando visitei a sua casa-museu para os lados de Leiria, o culto da personalidade, o querer ser como o pai, melhor que o pai.
A cadeira dos leões, na minha opinião, retrata na perfeição a ânsia obsessiva pelo poder que o acompanhará.
Uma foto retrata o pai de Mário [João] em Vigo sentado numa cadeira em tudo semelhante aquela que M.S. restaurará e lhe servirá de "pousa rabo" durante a estada [segundo o dicionário - estadia - tem a ver com barcos] em Belém como presidente da república [sim, república].