sábado, março 31, 2007

674 - caminhos

Os caminhos nem sempre são aguarelas pintadas por Modigliani, nem sempre são pontes que se atravessam, que atravessarei daqui a pouco, de Norte para Sul, pela margem esquerda através das charnecas e das lezírias ribatejanas.
Os caminhos, por vezes, estão dentro de nós, percorrem-nos, interrogam-nos, confrontam-nos, confortam-nos ... inquietam-nos.
Nós somos os nossos caminhos, os que nos levam, os que nos trazem.
Caminhando, sempre...

673 - pão e vinho

pão e vinho sobre a mesa.
Quando à porta humildemente bate alguém,senta-se à mesa co'a gente.
Fica bem essa fraqueza, fica bem,que o povo nunca a desmente.
A alegria da pobreza está nesta grande riqueza de dar, e ficar contente.

672 - chaparros

Os chaparros que protagonizam este «post», também, são vermelhos e verdes (com um toque de amarelo) mas não têm um restaurante, possuem um míssil antiaéreo chamado Chaparral.
Ora o sacana do Chaparral esteve a ser testado mas não acertou uma única vez no alvo.
Porquê?
Porque os alvos «tinham um tamanho muito reduzido, apenas um metro de altura, e também já estavam no fim do prazo, o que degrada a capacidade de emissão de calor [que orienta os mísseis]».
Pode-se considerar um fracasso?
Fracasso, claro que não ... "O Exército defende que os objectivos foram cumpridos* e dispara culpas para os próprios alvos. «Os mísseis não atingiram o alvo, mas isto é um pormenorzinho de um exercício"
Adoro a parte do pormenorzinho
* afinal qual era o objectivo? falhar os alvos?
fonte: TSF

sexta-feira, março 30, 2007

671 - a lêndea de dom sebastião

Poderia chamar a este «post», o «post» dos três «links»:

quinta-feira, março 29, 2007

670 - pois, pois


Afinal parece que esta actuação de Olegário na taça não foi por interesse, foi amor, mesmo!

quarta-feira, março 28, 2007

669 - penso eu de que

Estes senhores já alteraram o texto (cf. com os comentários aqui) já o Dr. Sousa Tavares obstina:
«A mim só me surpreende que alguém ainda se surpreenda, e, para a surpresa ser total (...)»*
A mim surpreende-me, na minha opinião, que ninguém corrija esta coisa (diz que é uma espécie de escritor) o -e- entre vírgulas acho o máximo, pecebem?

*no jornal do costume de 2007.03.27, p. 12

terça-feira, março 27, 2007

668 - bailarina [lado B]

Esta é a história de Aline, uma menina que nasceu no dia 15 de Outubro de 1981 em São Bernardo do Campo (São Paulo / Brasil).
O livro (já o «linkarei») que conta a sua história, chamou-me a atenção pelo título, depois estava autografado duma maneira bastante carinhosa: «(...) e família / é um prazer tê-los como leitores dêste livro / Cordialmente / O Autor [assinatura] / 18/8/06» ... comprei-o em Lisboa (0.75 €) em segunda mão e achei-o tão interessante que comecei a ler no metro e não descansei enquanto não li a "histórinha" toda.
O autor é o pai da menina e embora escrito em português do Brasil lê-se muito bem, conta-nos uma história de sacrifícios:
«Quem conhece São Paulo/Capital, sabe que entre o bairro Moema e o município de São Bernardo do Campo, onde moramos, existe uma distância razoável. É longe. Pois bem Aline era levada diariamente pela mãe, cujas aulas começavam às oito horas e terminavam ao meio dia. Ambas levantavam bem cedo por volta das seis horas ou pouco antes (...) a mãe esperava por ela até o final das aulas» mas, também de sucessos: «Por ocasião da primeira apresentação de Aline, é lógico que alimentávamos uma expectativa muito grande, em todos os sentidos. Muito maior que a dos outros pais, pois ela não poderia errar, ainda mais fazendo parte de um grupo de meninas no qual só ela era diferente.»
Não errou.
Mais pormenores no livro e no «site».
(boa leitura)

667 - bailarina [lado A]

Mais logo contarei a história desta menina, provavelmente única.

segunda-feira, março 26, 2007

666 - grande portuguesa

Por vezes as pessoas de quem gostamos, desiludem-nos ... eu não diria melhor.

665 - poetas, lado b

«que levou D. Maria II a trocar-lhe (...) o nome Punhete (do romano pugna tagi ou luta do Tejo) por Constância»
«Não admira que Camões tenha escolhido, durante dois anos, Constância como refúgio por causa da paixão por D. Catarina de Ataíde(...). A presença do poeta foi eternizada numa casa-memória, num jardim repleto de motivos asiáticos, baptizado com o seu nome, mas também numa estátua, obra de Lagoa Henriques.
Na margem do rio, o autor de «Os Lusíadas» olha o Zêzere (...)»
«No cume da vila, no largo da Igreja Matriz, com um tecto pintado por José Malhoa no interior»
Antes de começar devo dizer que gostei do texto de Fátima Lopes Cardoso e das fotografias de Daniel Rocha (pág. centrais do Fugas de 2007.03.24).
As citações mostram-nos, apenas, como as mentiras repetidas muitas vezes passam a ser verdades*.
A alteração do nome Punhete para Constância ocorreu por razões políticas e administrativas, o actual concelho de Constância ocupa uma área distinta da ocupada pelo extinto concelho de Punhete.
Julgo que já o disse neste blog mas repito: Camões nunca esteve em Constância!**
«Na margem do rio (...) olha o Zêzere» obviamente, não vou dizer que o vate era zarolho***, contudo na posição que a estátua está colocada (mesmo um gajo com dois olhos) não consegue ver o rio.
Quanto à citação do tecto pintado no interior, interrogo-me, o interior dum tecto, será a parte de cima, escondida, portanto?
* recordo sempre a suposta data da fundação do Sport Lisboa e Benfica
** quanto muito esteve em Punhete (não foi [ainda] encontrada nenhuma prova irrefutável)
*** a ter estado em Constância [que não esteve] teria sido quando ainda possuía os olhos todos, pormenor que passa despercebido mas que o Mestre Lagoa Henriques teve o cuidado de reproduzir correctamente.

domingo, março 25, 2007

664 - encontro de «bloggers»

Mais que um encontro de coisas presumo que voltará a ser um encontro de pessoas.
Gostei muito do primeiro, farei os possíveis (e os impossíveis) para estar no segundo.

663 - ama(do)r (a)

Para se conseguir é necessário querer, por vezes mais que querer é necessário amar ... estes rapazes quiseram e amaram, são a primeira selecção amadora a estar num Mundial, provavelmente, não terão ninguém à espera deles no aeroporto.
«post» acrescentado em 2007.03.26 (pelas 18H43)
valeu a pena o alerta:

sábado, março 24, 2007

662 - poetas... [lado A]

«Por cá, conheça a localidade de Constância e a poesia dos rios com Fátima Lopes Cardoso»

Ler na versão papel (depois explico)

661 - bolachadas

Mais logo veremos se belgas são comestíveis ou anormais.

quarta-feira, março 21, 2007

660 - apanhar uma raposa...

Lembro-me que naquele tempo «apanhar uma raposa» era uma coisa má.
Agora não se apanham raposas, fica-se retido ou detido (ou lá o que é).
Lembro-me que dantes escreviam-se romances, os escritores eram escritores a sério.
Naquele tempo (há muito tempo?) existiam fantoches, marionetas* ... felicidade!

659 - é grave (a mim, também me parece)*

«Uma pessoa vai calmamente a caminho do trabalho, é atacada por quatro cães e morre. É grave.»
Eu que sou um gajo que adoro animais (cozidos, estufados, assados, fritos, crús, digamos que não sou esquisito) senti-me chocado com a notícia ... primeiro pela xenofobia dos animais (atacarem uma imigrante) depois por uma desresponsabilização que paira no ar ... ah, os cãezinhos e tal, o culpado é o dono, ah, o dono e tal os culpados foram os cãezinhos, ah a lei e tal ... ou muito me engano ou estão reunidas as condições para continuar tudo na mesma, continuarem cães dentro de apartamentos, continuarem cães pulguentos (atenção, eu adoro as pulgas dos cães) a passearem os donos nas ruas** e tal...
* poderia remeter para aqui, mas não. Prefiro algo mais recente:
«o Sporting foi indiscutivelmente melhor como equipa e em termos de estratégia de jogo. Mas, para uma equipa a quem só a vitória interessava, a mim ficou-me a ideia de que (...)» Miguel Sousa Tavares in A Bola, n.º 12.153 de 2007.03.20 (p. 10)
** exceptuando os cães-guia, claro! (o humor tem limites)

658 - jornalismo?

O Presidente da República afirmou ontem na cerimónia de recepção, na base de Santa Margarida (Abrantes), às forças militares que estiveram estacionadas* na Bósnia-Herzegovina(...)
“Serviram Portugal e os portugueses, aliando uma competência internacionalmente reconhecida a uma singular forma de relacionamento com as populações locais”, acrescentou. Portugal tem actualmente militares envolvidos em várias missões internacionais, nomeadamente no Líbano, Kosovo, Afeganistão, Congo, Iraque, Bósnia, Timor Leste e Sudão.

Para além de não perceber o critério na utilização de maiúsculas** (Presidente da República? eh, eh, eh) isto: Santa Margarida (Abrantes) é do mais palerma que se tem visto.
Santa Margarida (Santa Margarida da Coutada) faria algum sentido, poderiam ainda acrescentar que é uma terra com um «blog fantástico»***, agora Santa Margarida (Abrantes) ... ainda se dissessem que Abrantes é uma cidadezita que fica perto de Santa Margarida.
Chamo, ainda, a atenção para algo que é recorrente neste «blog» porque se envergonhará o presidente desta coisa de chamar à coisa a coisa que é... porque não disse: Serviram a república portuguesa (...) e disse: Serviram [o reino de] Portugal?
* era mesmo isto que queria dizer sr. Cavaco? estacionadas? paradas, portanto ... inactivas a chularem o dinheiro dos nossos impostos.
*** a isto chamaria o saudoso Jorge Perestrelo: uma revienga

657 - composição

Hoje começa a Primavera. Acho mal. Hoje é quarta-feira, os grandes começam a trabalhar na segunda-feira, os pequenitos começam a escola na segunda-feira, porque começa a Primavera só na quarta, hã?
Hoje, também, é dia da árvore, da poesia e do sono. Acho mal. Não percebo qual é a ligação entre as três coisas, talvez esta:
Era uma vez dois lenhadores, um chamava-se Camões e o outro Fernando. Os lenhadores foram cortar uma árvore, corta daqui, corta dali, atiraram com a árvore ao chão. Depois da árvore fizeram papel porque tinham prosa e poesia para escrever, como estiveram muito tempo a escrever cansaram os três olhos, ficaram com sono e dormiram.
A história que contei já aconteceu há muito tempo se fosse hoje tinha aparecido um preservativo (ecologista) não os deixava cortar a árvore e eles não podiam escrever.

segunda-feira, março 19, 2007

656 - o partido do rato mickey

Vou começar com uma declaração de interesses, interesso-me pouco pelas tricas internas do CDS-PP.
Como dizia Eduardo Barroso: «quero lá saber se joga o Moretto ou o Moreira, quero é que jogue o pior... »
Ainda assim, não gosto (politicamente) da senhora que foi provedora da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e que disse mais ou menos isto: «concordo que ela [Fátima Felgueiras] tenha fugido, da maneira como está a justiça em Portugal eu faria o mesmo» ... ouvi e pensei: vai ser demitida, qual quê! uma senhora com aquela opinião sobre a justiça e sobre a corrupção activa e passiva (se fosse comigo?) continuou no cargo como se nada fosse, gerindo um orçamento de milhões (muitos milhões).
Vou-me divertindo com notícias como esta... amanhã começam as libertações dos beirões, injustamente, condenados por violência conjugal (se um deputado da república, diz, quem pensam os juízes que são para decidirem o contrário?)

domingo, março 18, 2007

655 - livra!

Uns têm azar com gatos pretos, outros com livres directos.

sábado, março 17, 2007

654 - birras

Há pessoas que fazem birras porque têm sede, outras porque bebem demais.
Ontem eu e os meus meninos ficámos a saber um bocadinho melhor como se fazem: «birras», como transformar lúpulo e cereais numa bebida diria: refrescante.
Ontem as conversas foram como as cervejas.
É bom quando constatamos que em tudo existe uma ancestralidade, ensinamentos que perduram através dos tempos, aquilo que, displicentemente, bebemos encostados ao balcão da vida resulta do conhecimento e do modo como os saberes e os sabores são transmitidos.

quarta-feira, março 14, 2007

653 - ser... veja

Um golinho de história da cerveja

A cerveja é, talvez, uma das mais antigas criações do Homem. Acredita-se que há mais de 10 mil anos, foi descoberto o fenómeno da fermentação e as primeiras bebidas alcoólicas...
Nas antigas civilizações da Babilónia e no Egipto, a cerveja era oferecida aos deuses e era sobretudo bebida por reis e em festas importantes. Os Egípcios também lhe atribuíam efeitos terapêuticos e as mulheres das classes mais altas utilizavam a cerveja para fins cosméticos, para tornar a pele mais fresca e suave e tratar certos problemas de pele.
Cerveja

A palavra é proveniente do latim: cerevísia, bebida fermentada feita de lúpulo e cevada, ou outros cereais.
Em 2005 a produção total de cerveja em Portugal foi de 744,3 milhões de litros, desses exportamos 131 milhões, o que nos coloca como o 7.º maior exportador europeu de cerveja.
Existem oito unidades de produção cervejeira em diferentes regiões do território português.
Estremadura – 311 milhões de litros
Entre Douro e Minho – 230,6 milhões de litros
Ribatejo – 140,6 milhões de litros
Algarve – 33,9 milhões de litros
Madeira – 17,7 milhões de litros
Beira Alta – 8,3 milhões de litros
Açores – 2,3 milhões de litros

terça-feira, março 13, 2007

652 - tu lá sabes, josé

Lembram-se disto?
Recordam-se dum gajo chamado Marco que pontapeou uma miúda?
... lembram-se que ela pediu desculpa, pois, utilizara uma expressão demasiado ofensiva* e merecia (na opinião dela) ter sido pontapeada?
Diz Mourinho:
- ‘son of a whore’.
mais:
«But Chelsea’s boss claimed the Portuguese phrase ‘filho da puto’ was common and not an insult. »
É a coisa mais normal... eu de manhã enquanto estendo a toalha de banho atiro sempre com um amigável: bom dia meu 'filho da puto' para o vizinho do lado, no café sorrio e digo para o empregado: meu 'filho da puto' é um café... normal, portanto.
diz ainda:
What I said to him I say to myself (o que lhe chamo, chamo-me)**
Como os leitores mais assíduos sabem eu sou um admirador incondicional das qualidades do José, aliás um gajo que se orgulha de se auto-denominar: filho-da-p*** como calculam merece ser seleccionador da república... como não quero ser parcial, tirem as vossas conclusões.
* a expressão foi: filho-da-p***
** se fosse o Miguel Sousa Tavares a traduzir seria: o que lhe digo a ele, digo-o a mim próprio
[cf. com Abola n.º 12.146 (2007.03.13) p.10 «a olho nu, a mim parece-me que (...)»]

segunda-feira, março 12, 2007

651 - eu não digo nada, mas...


Tudo começou a 17 de Junho de 2006, continuou a 15 de Novembro ... depois disso:
Ainda bem que há pessoas com memória, a nós (historiadores) compete-nos recordar, aos capitalistas compete rentabilizar as nossas ideias ... a exploração do homem pelo homem.


650 - este «post» que vos deixo V


És pequeno, não estranho
O volume não diz tudo;
P’ra quem quer ver, o tamanho
Não define o conteúdo

domingo, março 11, 2007

649 - o rapaz da coca-cola

sábado, março 10, 2007

648 - inconstança

Foi há um ano que terminou aquele que chegou a ser o «blog» português com o maior número de visitas [dizem].
Tinha a grande vantagem de permitir comentários (sem censura, nem validações como fazem os «bloggers» importantes) respondiam ( a Constança e o Vasco) à maior parte dos comentários pertinentes (não a todos, obviamente).

quinta-feira, março 08, 2007

647 - «slogans» tipo o'neill [2.]

paulo costa @ e mente

[Talvez O' Neill, também, gostasse de brincar com a actualidade. Talvez concordasse com isto ... talvez se indignasse com estas palavras:

«uefa.com: Concorda com o afastamento momentâneo dos árbitros depois de cometerem erros de julgamento considerados graves e que sejam, posteriormente, apontados a dedo?
Paulo Costa: Discordo que os árbitros tenham sido apontados a dedo, mas devem aceitar-se as decisões dos dirigentes que visam, com o afastamento do plateau dos estádios, preservar a imagem e carreira do árbitro.
uefa.com: Que lições os visados e a classe retiram destas situações?
Paulo Costa: Tendo nós a consciência que estamos numa actividade bastante mediatizada, qualquer repetição de erros teria uma exposição na opinião pública que em nada favorece o árbitro, a arbitragem ou o futebol. O afastamento momentâneo do árbitro serve para preservar o juiz e defender o futebol.»]

Talvez ... se existisse vergonha!


646 - paris (c'est toujours paris)

Começou mal, mas...

645 - maria alice

Num dia como hoje deixar Maria Alice* de fora é mau ... mais que mau é Maurício!
(provavelmente é o meu «post» mais abichanado, enfim estamos no denominado dia da mulher, o benfica está aos pontapés na bola e maria alice não foi titular, qu'o 'orror...).
* «A convocatória do Nuno Gomes (Maria Alice, como eu lhe chamo), seria justa» [ver comentários]

quarta-feira, março 07, 2007

644 - «slogans» tipo o'neill [1.]


filhos cariados, trabalhos dobrados

643 - a derrota

Hans Hellmut Kirst

«O presente volume chama-se a derrota mas não há nele, exceptuando um breve capítulo, grandes descrições de batalhas. É mais a derrocada no plano moral do que no plano militar, embora esta se pressinta na desorientação, no «salve-se quem puder» de um exército em debandada»
Este excerto pertence a um livro que em português se chamou: 08/15 a derrota, foi publicado pelas Publicações Europa-América (na altura chamavam-se assim) em Janeiro de 1957, a tradução (a partir do francês) foi feita por um gajo chamado José Saramago (diz que vive em Espanha e que ganhou um prémio instituído pelo nórdico inventor da dinamite ).
Ex-tradutores...
[perder mesmo quando, aparentemente, se ganha, o Dr. Pacheco Pereira escreve artigos de opinião sob o título genérico: «Quem nasceu para lagartixa nunca chega a jacaré», eu digo: «Quem nasceu para mourinho nunca chegará a Mourão»]

terça-feira, março 06, 2007

642 - resistentes ou desertores

«e que esses individuos nao estiveram a fazer boa coisa no ultramar. Que talvez devessem ter desertado. Que nao foram herois, foram apenas paus-mandados.» [sic]
(ler os comentários)

Sr. Luís Lavoura, talvez Otelo e Salgueiro Maia «devessem ter desertado» nesse caso quem faria o 25 de Abril?

[a imagem foi retirada deste «site», vale a pena espreitar]

segunda-feira, março 05, 2007

641 - morte

A morte tem um preço que todos temos de pagar... o preço de estarmos vivos.
Em boa verdade não é a nossa morte que nos faz sofrer*, um gajo como eu habitua-se a viver com a morte (tema já abordado em anteriores «posts»).
A morte que nos causa impotência (salvo seja) é a morte das pessoas que amamos, a morte de pessoas amadas por pessoas que nos são queridas...
Nessas alturas nada nos resta se não estarmos, sermos ombro para lágrimas, sermos mão para afagarmos cabelos, sermos braços para abraçar, sermos voz para estar em silêncio (há alturas que é melhor não dizer nada, estar... apenas).
Quando se nasce, cresce e vive numa aldeia, para além de sermos nós (o zé, o zé pedro, o pedro, o professor [não sou professor desses que fazem greve e ficam aborrecidos por não chegarem todos ao topo da carreira] «o gajo que trabalha num banco em lisboa») somos, também, (principalmente) o neto da Mari' Lopes ou o filho da Mari' Odete, pertencemos a algo a uma continuidade que mais que ágil, «ageia»...
Somos nós e a nossa circunstância... elos de uma cadeia, fortes, unidos, solidários procurando (já que não conseguimos mudar o mundo) construir uma freguesia e um concelho melhores... que não sirva, apenas, para se visitar e exclamar: «Que giro!» ... onde se viva com qualidade, onde as pessoas mais que opiniões (opiniões são bocas no café) tenham convicções.
* salvo seja, há mortes muito sofridas para os próprios e existe o direito à morte qualquer humano se pode matar e quando não pode?
[há quem lhe chame eutanásia, provavelmente, qualquer dia abordarei o assunto]

domingo, março 04, 2007

640 - quem morre...

sábado, março 03, 2007

639 - formiga

Lembrei-me, provavelmente, por ter estado a fotografar carreiros de formigas em Constância, provavelmente, porque está a decorrer aqui um congresso de cidadania, provavelmente, porque aqui as formigas andam, quase, todas encarreiradas ou encarneiradas como comentou o camarada Marques no «post» anterior... provavelmente

sexta-feira, março 02, 2007

638 - na minha barriga mando eu

«Na lei eleitoral de 1913, de Afonso Costa, pela primeira vez se proibiu expressamente o voto das mulheres. A médica Adelaide Cabete votava no tempo da “ominosa” Monarquia. O que é fantástico é que já cheguei a ler na net, e já me foi relatado que se ensina nas escolas, que, com a implantação da República, as mulheres adquiriram direito de voto.»

não é o fim, nem o princípio do fim, é o fim do princípio