terça-feira, junho 28, 2011

0107/2011 - do real para o barcelona

do real massamá de telmo costa para o barcelona de pep guardiola?
quem levanta a lebre é o mundo deportivo.
seria interessante na próxima época vermos o extremo direito do sporting, nani, a fazer gato-sapato do defesa esquerdo do benfica, fábio coentrão. 

sexta-feira, junho 24, 2011

0106/2011 - parabéns cachopo, felicitats

24 no dia 24.

quarta-feira, junho 22, 2011

0105/2011 - o trabalho, as finanças, angústias e pormenores


segunda-feira, junho 20, 2011

0104/2011 - para além da ternura dum olhar

tal como o presente é um rolo de barbante, acrescentado com fiozinhos de passado, que vamos colhendo diariamente, a nossa memória é a soma de tudo aquilo que, algum dia, pensámos ou pensámos em pensar. 
pensei nisso ao reler o artigo de silvino (a barca n.º 189, p.18)
a terra, o sentido de pertença a uma terra, duma certa forma, a forma como molina inicia sefarad: temos feito a vida longe da nossa pequena cidade, mas não nos acostumamos a estar longe dela e gostamos de cultivar a sua saudade quando já passou algum tempo sem lá voltarmos e de exagerar, por vezes, o nosso sotaque quando falamos entre nós, e de usar as palavras e as expressões vernáculas, que, com os anos, fomos preservando

sexta-feira, junho 17, 2011

0103/2011 - antónio luís marinho, tinto, uma tentativa de tingir uma realidade acontecida em 1961

poderá um trabalho académico ser colocado em causa pela pessoa que nos vai apresentar o livro?
pode.
poderá um trabalho académico ser colocado em causa pela nossa editora, pela pessoa que nos aconselha, nos corrige, nos edita?
pode.
o livro que temos ali em cima é um trabalho académico?
não.
como o próprio autor nos confessou, resulta d' umas sobras, d' uma tese que teve de escrever, já agora vou publicar.
e publicou (teve quem publicasse).
sei bem a trabalheira que uma investigação deste tipo envolve.
algures nos anos noventa, do milénio passado, fiz uma (investigação deste tipo), a cadeira chamava-se: história da imprensa periódica portuguesa, o professor: josé tengarrinha, o título que dei à coisa foi: maria da fonte vista pela imprensa da época.
atentaram na subtileza da coisa?
não chamei ao trabalho: a revolta de maria da fonte, nem a revolução de maria da fonte, nem sequer, o levantamento popular de maria da fonte; um título implica uma opinião. 
voltando ao livro do marinho e ao título: o ano horrível; duas considerações, a primeira para dizer que nada tenho contra luís marinho, antes pelo contrário, durante alguns anos, o luís, o magno, a ana e o delgado foram, contraditoriamente, a minha companhia radiofónica entre as 19h e as 20h de sexta-feira; a segunda para frisar que o título do livro não é mau, é péssimo, um bom título seria: 1961 [graficamente, o 9 e o 6 tombados para o centro, horizontalmente, caídos] a primeira queda de salazar, ano horrível, remete para a colecção dos horríveis e para a expressão de cascais: ai qu´ horrível qu´rida
quanto ao livro vejamos aqui (sigam o link: televisão).
quanto ao resto vou frisar só dois momentos que ilustram a elevação intelectual da coisa, para iniciar as hostilidades a editora - guilhermina gomes - começa no blá, blá, blá sobre o autor e depois voltando-se para o apresentador do livro diz: e você, baptista bastos, é um prazer você estar aqui...
baptista bastos, fez por não desmerecer o momento entre outras coisas disse isto (estava, devidamente, contextualizado): não é só conflitos de ordem gramatical, são conflitos de ordem mental (...) mais à frente acrescentaria: desenraimento... fiquei a pensar naquilo, olha, uma palavra que eu não conhecia, nem eu nem todos os dicionaristas que consultei...
na esplanada do antónio, em frente ao lançamento do coiso, perguntava-me um tipo de bigode à dali, com ar de se manter em pé, à custa do molho das sardinhas de santo antónio: ó amigo, afinal o gajo não era tão mau, 'tá aí a ler o livro de salazar... calma aí, disse eu, fala aqui em horrível (e fiz uma cara feia) sorrimos, com a cumplicidade de simples homens do povo sentados numa esplanada.

domingo, junho 12, 2011

0102/2011 - um campeão, o pai dela

nunca admirei tanto um atleta como admirei José Águas (...) Era a elegância, a inteligência, a integridade, e ao pensar em escrever o meu desejo era ser o Águas da literatura. Vi Pelé (...) Puskas, Di Stéfano, Santamaría, tantos outros génios, no tempo em que o futebol não era ainda uma indústria nem os jogadores funcionários competentes, comandados por esse horror a que chamam técnicos; isto escreve-nos antónio lobo antunes, p.11, no prefácio a este livro.
não sei como classificá-lo, é um tipo de livro nunca antes escrito, uma dupla biografia, a autora, mesmo sem se dar conta, escreve uma auto-biografia e tenta biografar o pai, tudo no mesmo livro, em períodos seguintes, sem pausas, intercalando memórias, recortes de jornais e o seu (dela) livro do bebé.
No fim do campeonato de 1957/58, o endiabrado Arsénio disputava com o meu pai o ceptro do rei dos marcadores.
N' A Bola, o redactor Couto dos Santos explicava tudo num artigo dedicado ao «reinado» dos marcadores, a que chamou «Águas  e Arsénio - o "Rei" e o pretendente ao "trono".
Águas e Arsénio foram companheiros de equipa no Benfica (...) pondo-lhe nos pés golos e golos, que José  Águas aproveitava a sorrir (...) Arsénio mudou do Benfica para a CUF (...) o homem que trabalhava para o "rei" dos marcadores (...) tornou-se «príncipe» - o «príncipe» da CUF.
Arsénio (...) acabaria por ser o grande vencedor da Bola de Prata 1957/58.
Por esta altua leio no Livro do Bebé:
Dia 3 de Março de 1958 - foi ao Jardim Zoológico  com o Paizinho. Ficou encantada com tanta bicharada
(pp. 153-155)

sábado, junho 11, 2011

0101/2011 - ciconia ciconia, branca

sabemos que a cegonha branca pode viver (foi controlada uma cegonha que viveu, em cativeiro, até aos 48 anos) até, quase, aos cinquenta anos, sabemos, também, que a maior parte das cegonhas, que nos céus esvoaçam, têm entre quatro e nove anos.
vermos cegonhas a planar sobre o tejo é frequente mas serão estas ou outras?

sexta-feira, junho 10, 2011

0100/2011 - a vinte e cinco centímetros da incorreção

o filme é americano (tem dois dos meus actores preferidos; morgan e robert) mas as contas são portuguesas.
um centímetro (cm) no mapa são 50 km, a quantos km corresponderão 25 cm?
1 está para 50 assim como 25 está para x.
x é igual a 25 vezes 50 a dividir por 1 (aqui pegamos na calculadora do telemóvel e fazemos as contas)
1250, mil duzentos e cinquenta.
será um problema de tradução ou de matemática?  
uma vida inacabada é um filme sobre o perdão, perdoarmo-nos, perdoarmos os outros...

0099/2011 - dia da república portuguesa, um feriado salazarista

homens como o, ainda, presidente desta república acham que este é o dia da raça.
penso-o como um dia triste.
este será, na minha opinião, um dos feriados a eliminar, pela carga de ódio que lhe está associada, pelo muito que esquecemos quem deveríamos lembrar.
Portugal, estou há que séculos para te escrever. A primeira vez que dei por ti foi quando dei pela tua falta. Tinha 19 anos e estava na Inglaterra. 
assim começa a carta, de amor, de miguel esteves cardoso a portugal [público, p2, pp. 4/5, 2011.06.10].
estava na inglaterra, diz-nos miguel.
o meu pensamento hoje e o meu abraço solidário vai para todos os portugueses, que na bélgica, na catalunha, em frança, em jersey, em new jersey, portugueses que emigrados pelos quatro cantos desta imensa bola a que chamamos terra, sabem que terra é o nome do planeta e que a terra deles é portugal.
para eles (e só para eles) faria sentido um feriado, um feriado onde os portugueses da república portuguesa não efectuassem discursos palermas, nem apescoçassem penduricalhos imerecidos, um feriado onde quem trabalha (os nossos emigrantes estão a trabalhar, hoje) fosse recordado e valorizado
(entretanto [enquanto escrevo] o presidente desta coisa vai verborreando contra  a desertificação do interior, se calhar, se o presidente do conselho de ministros - cavaco silva - não nos tivesse endividado tanto a construir auto-estradas e outras desnecessidades viver-se-ia melhor, no interior).

quarta-feira, junho 08, 2011

0098/2011 - ponte sobre água ensarilhada

ontem, hoje e amanhã.
cada um de nós é passado, presente, futuro.
olho.
cinquenta anos atrás, vejo meu pai num barco (o vera cruz) a caminho duma guerra.
casado há menos de duas semanas, meu pai.
casada há mais de cinquenta anos, minha mãe.
meu pai, minha mãe.
um sapador (padejador) duma guerra perdida, outra lutadora dum conquistável futuro.
há cinquenta anos (completaram-se cinquenta anos na última sexta-feira, dia 3) embarcava no «cruz» a companhia de sapadores 123, sulcando passados, pensando presentes... ansiando futuros.
quem voltem (voltaram, os que voltaram) cedo e bem...
homens e mulheres que choram, choram os camaradas mortos, choram os companheiros e as companheiras que lhes morreram.
bem hajam os que choram.
bem hajam as que choram.
bem hajam os que choraram e sorriram (ainda sorriem) juntos, lágrimas e sorrisos lambidos numa doce cumplicidade.

sexta-feira, junho 03, 2011

0097/2011 - eduardo, marius, winston e george

eduardo, duarte ferreira é o mais velho, nasceu em 1856, george, marshall, o mais novo, nasceu em 1880.
marius, berliet e winston, churchill são os «irmãos» do meio, nasceram, respetivamente, em 1866 e 1874.
um português, um francês, um inglês e um americano.
cerca de 24 anos separam o mais novo do mais velho.
um plano do mais novo influenciará a empresa do mais velho.
quatro homens, quatro destinos que se tocam, um ano chave, 1953.
em casa de ferreiro, aspeto de paz.
(foi utilizada a ortografia em vigor)
não é o fim, nem o princípio do fim, é o fim do princípio