sexta-feira, julho 31, 2009

2170 - a minha última lição

Vinte e nove de Setembro de 2008.
Ao tocar estas páginas imprensas, lembro-me, de ter pensado:
Uma escola com cheiro a Primavera (estas escolas são os escolas «da Primavera marcelista» cantada por Chico Buarque... «lá faz Primavera, pá, cá estou doente...»).
Uma escola como a Escola em Aldeia de Santa Margarida da Coutada, a minha telescola, a escola dos meus meninos da Universidade Sénior de Constância.
Pensei, a EscAMa jamais fechará...
Estúpido (eu).
Fizeram-nos a cAMa.
Amanharam-nos como um antigo arrais amanharia um barbo.
Rapidamente...
EscAMaram-nos com rapidez, sem sabedoria.
Mais importante que EscAMar é amar... sorrir, sem fazer dói-dói, dar, sem procurar receber, sorrir, amar, como deveria ser apanágio de santamargaridenses.
Nos blogs, na vida, há que fazer render o peixe (voltarei a este tema).
Aquela escola, mataram-na.
(Acho que, ainda, não lhe arrancaram os tomates).
Fui aluno.
Fui professor.
Fui o último professor.
O último professor (considero-me mais um gajo que vai falar sobre umas quantas palermices).
O importante não é o que digo... são as questões que procuro levantar.
Por exemplo:
A propósito duma aula sobre o dia da mulher, perguntei:
- Então e na vossa casa como é?
- Na minha não tenho razão de queixa, o meu marido ajuda-me muito, às vezes até põe a mesa...
Gosto de pegar em palavras, em frases.
Pôr a mesa, significava, colocar a mesa (objecto) à frente do Rei (do nobre) com comida... claro.
Perdeu-se esse sentido, nas salas, a mesa (objecto) está sempre posta (está lá) .
Ganhar-se-ia algo com um trabalho partilhado, o estender da toalha, o colocar os pratos, os talheres, as entradas, a bebida e no fim a comida.
Quando se partilham tarefas ninguém ajuda ninguém, melhor todos se ajudam, o trabalho é de todos.
Não é a mulher que tem de confeccionar a comida, pôr a mesa e lavar a loiça... todos comem, todos deveriam trabalhar (ajudar).

2169 - a revolução não pára no sinal vermelho




2168 - o evangelho segundo evangelista

Naturalmente, vivemos tempos onde procuramos o retorno ao básico, à natureza... vivemos (ou procuramos viver) uma tendência para a naturalização.
Evangelista (o pregador do artificial) é contra, contra a naturalização.

quarta-feira, julho 29, 2009

2167 - welcome to green

cavalos e leões...

domingo, julho 26, 2009

2166 - de menino a arroto

Arrotar ou eructar é uma demonstração de bem estar.
Eructação como sinónimo de satisfação e de educação (em alguns países arábes deve-se eructar a seguir às refeições, não o fazer é sinal que não gostámos da comida, não ficámos satisfeitos.
Entre nós, arrotar postas de pescada, é sinal de termos opinião (normalmente uma opinião pouco fundamentada).
Dizer que (já repararam que está na moda esta construção frásica) simpatizo com Pedro, acho-o um gajo, sorridente, de bem (esta, também, é boa) com a vida... já José parece sempre à rasca, com ar de quem quer fazer cocó e não consegue.
Seria tudo muito divertido se um não fosse primeiro-ministro da coisa e o outro não o tivesse sido.
É a república que temos.

2165 - na câmara com

sábado, julho 25, 2009

2164 - agora e na hora da nossa morte


aDeus, Rui

sexta-feira, julho 24, 2009

2163 - não invocar santamargarida em vão


fontes & alambiques
quando duas claras provocam uma gemada (2009.07.24, 20H40... o equívoco continua)
memorial do convento de mafra (um infante que, infelizmente, não aprendeu nada nas bordas do Inferno. E.P.I. /Entrada Para o Inferno; quem por lá não passou, chama-lhe: Escola Prática de Infantaria).
Este post, não é bem um post, é um murro na mesa.
Ah e tal, nós e assim e nós assados...
Então?
Os milicianos daquele curso eram todos estúpidos?
Melhor?
Melhor em quê?
Testes físicos?
Escrita?
Aprumo?
Camaradagem?
Tiro?
Tiro especial?
Ordem unida?
Foi o melhor em tudo, em todas as avaliações possíveis... agora é um obscuro advogado, lutando para ser eleito com adversários, tipo, um empresário do ramo da construção civil que o desafia:

2162 - dar o cu e oito tostões

Do lixo ao luxo.
Basta olharmos para os sete primeiros nomes da lista para percebermos que a próxima assembleia republicana terá muito mais glamour... plumas cor-de-rosa e lantejoulas.
Verão quente? (pergunta Miguel)
Quentinho, quentinho...

Nota: Título inspirado neste post

quarta-feira, julho 22, 2009

2161 - quando as crianças sorriem...

2160 - chama-se ferreira, armando ferreira

Quem é o escultor? (...) TZ
Armando é pintor e escultor, um artista, portanto.
A obra mais mediática de Armando é um gajo sentado lendo um livro...

segunda-feira, julho 20, 2009

2159 - mas que lindo tramagal

Será uma instalação?
Penso-a como uma ideia feliz.
Uma casa agrícola que oferece, a uma câmara municipal, uma alfaia agrícola do segundo quartel do séc. XX.
Uma câmara municipal que a recupera e expõe.
Uma alfaia que é um símbolo dum Tramagal pré-industrial.
Pergunto-me:
- É pá, ó Pedro, na Quinta do Lombão, do Carvalhal, do Casal d' Igreja não existirão, também, artefactos e alfaias agrícolas que depois de recuperados merecessem uma exposição pública?
Respondo-me:
- É pá, não sei, endosso a questão ao departamento cultural da câmara, aos historiadores, aos assessores e aos assessores dos assessores... a identidade em Constância não se forja no trabalho acontecido, alicerça-se numa memória inventada.

2158 - o pé, a mão e a educação




Quase sempre páro a admirá-la.
O homem, a mulher, o menino, o trabalho.
Esta escultura representa o trabalho, dignificando-o.
Esta escultura representa a educação.
A educação é feita de cumplicidade e afectos.
Na terceira imagem, onde podemos ver as seis mãos, verificamos que todas elas tocam, agarram, o braço direito do menino toca, contacta com os braços do Homem e da Mulher.
Na segunda imagem vemos o progresso, os pés descalços que conseguiram calçar os pés da criança.
Imagens à beira da estrada, homens, mulheres e crianças.
Personagens, como que nascidas da pena de Alves Redol ou de Soeiro Pereira Gomes, na Chamusca há-as.
Em Constância, apesar dos mais de 25 anos de comunismo exceptuando, a obra de mestre Lagoa Henriques (que é anterior à revolução vermelha) temos as esculturas de Coêlho.
De cada um de acordo com as suas capacidades para cada município segundo as suas necessidades... as capacidades são poucas, as necessidades, também.
Em Constância contentamo-nos em olhar as estrelas cadentes, achá-las o máximo...
Ou talvez não, talvez constatemos, que foram quase trinta anos desperdiçados a ver crescer erva em escadas que era suposto levarem-nos a algum lado.

sexta-feira, julho 17, 2009

2157 - não nos arranquem os tomates



2156 - luna-15, do caminho das estrelas ao máximo segredo do insucesso

Sem notícias da Luna - 15, um segredo sem precedentes envolve a missão
Nos meus tempos de estudante de jornalismo (área D) dizia-se qualquer coisa, tipo: no news are (is?) good news (não existirem notícias são boas notícias).
Concordo.
Não existirem notícias (lá para o Outono) a referirem astrólogos que caminham por estrelas será o máximo.

quarta-feira, julho 15, 2009

2155 - ballet


política no feminino
Pensei em deixar o post assim (apenas com as três palavras e o link).
Acrescentarei mais algumas palavras...
Conheço Helena, já lhe coloquei algumas questões num encontro de bloggers em Alvito, Alentejo, tanto quanto me apercebi na altura, não sabia o que era um blog, não sabia responder a uma pergunta directa, política no sentido vomitante do termo, alguém que não procura dialogar, procura politicar.
Helena, uma cega, fingida, com medo...
Nós, todos os que produzimos e editamos, um dos melhores blogs de Santa Margarida da Coutada, temos memória.
Diria (diríamos) que este é o dia em que Negrão começou a perder a reEleição.

terça-feira, julho 14, 2009

2154 - antónio, costa, mas não enche o olho

Sócrates, José e Costa, António não têm a ambição de encher o olho.
Ok, tudo bem.
Porquê a necessidade de partilharem connosco essa não ambição de encher o olho?

segunda-feira, julho 13, 2009

2153 - endireitar o engenho, endireitar a espada, endireitar o pau





Não menos nos engenhos que na espada
Dia da unidade, 13 de Julho, hoje, portanto.
Nem tudo o que parece, é.
Endireitar o pau, às vezes é, apenas um soldado que ergue um verdadeiro poste de telecomunicações.
Uns teclam palavras, outros estendem fios, abrem estradas, constroem pontes.
Da guerra se fez paz, da paz se fez convívio, amizade e saudade dos camaradas mortos.
Gosto de aprender com aqueles homens que em 1961 foram arrebanhados para lutarem numa guerra que não era deles.
Estudantes universitários, operários, camponeses, aviadores de copos...
Fardas caqui, calções, aventura.
Viver e morrer sob um calor húmido.
Lutar pelo camarada morto.
Lutar pela terra dos antepassados, lutar pela fértil terra africana usurpada pelos demónios brancos e louros que navegavam em fortalezas de madeira.
As imagens não são ilustração de palavras sem sentido.
São sonho nascido do sentimento.
Aquele recebedor de soldo, construído de sucata unida com solda, é um soldado, duplamente, soldado.
Soldado de engenharia, com um castelo tatuado no braço esquerdo (1.ª imagem).
Alexandrino Moreira dos Santos.
Escultor?
Artista...
Trabalha, colabora com A Barca, ninguém o conhece, ninguém o entrevista, ninguém lhe dá valor.
Estou a exagerar, de fato claro, cabelo branco e sorriso contagiante, Alexandrino foi medalhado na EPE na última sexta-feira.
(vou estar atento à imprensa local e, provavelmente, voltarei a este tema)

sábado, julho 11, 2009

2152 - a raiz do agrião e a cabeça de alho chocho


Será 'snobeira'?
Será pura inveja?
O que será... que será?
Vou deixar estas palavras para meditarmos, do presidente que voa, à experiência ao nível da cabeça-da-área, do Falcao que bate a asa (será desasado?) ao seis de raiz, ao trinco de raiz e à zona do agrião.

sexta-feira, julho 10, 2009

2151 - cavalos, touros, fado e homens

A essência de Portugal...

2150 - escrever e escutar o fado


Este apelido em mim, que pouco valho,
Da minha honestidade é forte indício.
Sou Marceneiro, sim, porque trabalho,
Marceneiro no fado e no ofício.
Mar, ceneiro.
Gajo que faz cenas no mar.
Há um zarolho que, dizem, nadava com único braço, com única mão, que escreveu o fado da nação.
(qual seria o mão [a esquerda?] que nadava, qual seria a mão que segurava o escrito [a direita?] o que seria mais importante, nadar, segurar ou salvar, como mudar de mão sem molhar/salgar o futuro?).
Tive um tio já morrido, que se chamava Alfredo, recordo-o com rugas e silêncios, o meu tio Alfredo tinha muitas rugas mas tinha, ainda, mais sorriso.
Oiço Alfredo, o fadista... suponho-o assim, com um sorriso rugoso talhado na sabedoria.
Meu avô morrido, caído da ponte, marceneiro, carpinteiro, bicicleta trocista, ciclista por necessidade, não por vaidade, morrido com trinta e poucos anos de vida, três crianças sem um beijo de despedida...
Esculpir a madeira, talhar o destino, tudo isto existe, tudo isto é triste, tudo isto é fado.
Pressionar palavras, imaginar futuranças, quando não se desiste, nada é triste, tudo são esperanças.
Passado e presente.
Presente e futuro.
Projectar o destino...

quinta-feira, julho 09, 2009

2149 - cristianização

Seria engraçado, o caminho inverso ao do pesetero... depois chegava e dizia:
Barça és un somni des del meu nadó (Barcelona é o meu sonho desde que nasci ou desde bebé se preferirem).

segunda-feira, julho 06, 2009

2148 - o bobo rei

Lembrei-me.
A propósito de gestos, de atitudes e de portugueses que são excomungados devido a umas inofensivas orelhitas de coelho, já outros imitam uma cenoura e são idolatrados.
Uns ajoelham perante o Rei, engasgam-se com bolo-rei e tudo corre pelo melhor, no melhor dos mundos possíveis.
Repararam no que está ali escrito?
Sérgio Paulinho não participará nas olimpíadas.
Estava doentinho, com gripe das aves, asma (não era gripe suína) ou lá o que era.
Felizmente já está curado.

2147 - margarida em constância

Vencer, vencer... até dentro d' água.

sexta-feira, julho 03, 2009

2146 - abalada do coepinho

Quem assistiu ao debate ontem na assembleia da república sabe que em determinado momento se começou a falar no imaginário da Alice.
Ele era a oposição a falar de Sócrates do país das maravilhas, ele era Sócrates a ripostar com a Alice no país das maravilhas.
Ora o coelho, representa o atraso... aquilo que o Sr. Ministro queria dizer era: Caríssimo e ilustre deputado, senhor Bernardino Soares, está atrasado porque essa questão das minas de Aljustrel está a ser resolvida.
Chamar a alguém coelho da Alice no país das maravilhas, não podia, não deveria ter sido mal interpretado.
Detenhamo-no neste vídeo e na respectiva letra, os dedos indicadores esticados representam as orelhas do coelhinho.
Vejamos esta imagem, este gesto, sim, representa cornos.
Felizmente não estou sozinho nesta luta... o 31, também, tem a mesma opinião, aliás o post do 31 é anterior a este mas só hoje dei por ele.
Parece-me óbvio que há muita gente que deve um pedido de desculpa aos portugueses, se, de facto, o Sr. Dr. Manuel Pinho imitou um coelhinho isso será motivo para ser demitido?
(post actualizado em 2009.07.04 pelas 06H46)

quinta-feira, julho 02, 2009

2145 - vício de atar, vício de me atar

Às vezes atamo-nos à nossa concepção do mundo, esquecemos que o concreto é uma mentira dos sentidos.
Seria bom que conseguíssemos sair das nossas certezas.
A realidade será real?
A realeza era-o, mataram-na.
Vício de matar.

quarta-feira, julho 01, 2009

2144 - profunda reflexão sobre imagens estampadas


ARG?
AIG?
Uma placa cravada no peito dos santamargaridenses.
Uma palavra estampada no peito de Ronaldo.
Por enquanto detenhamo-nos na placa.
Num concelho comunista, numa freguesia comunista, uma placa sequestrada, suja, privatizada... uma fotografia tirada a medo... porque está a fotografar uma placa que está num espaço nosso, do lado de dentro duma vedação? poder-me-iam ter perguntado... aquela placa, aquele mármore epigrafado, será propriedade de quem? será uma propriedade nossa, dos pagadores de impostos e de contribuições autárquicas ou de quem a sequestrou?
Na minha opinião aquela placa é minha e de todos os outros aldeões/vilões que a pagaram com o suor do rosto, com o pão que deixaram de comer.
Ronaldo será propriedade de quem?
Minha não, certamente.
Julgo que, também, não será propriedade de crianças (menores) nem de pseudo-fotógrafos com 35 anos que colocam em risco a segurança duma pseudo-criança.
Ronaldo tem direito à vida privada.
A criança, o fotógrafo, a pseudo-criança e o pseudo-fotógrafo não têm direito a perseguir o capitão da selecção da república portuguesa de futebol (sim, estou a ser irónico, há quem lhe chame: selecção de Portugal).
Portugal implica masculinidade... reino de (...).
A república portuguesa é feminina, uma gaja fácil com as mamas expostas (ver imagem) como aquelas que o capitão gosta.
Reflexão profunda?
(perguntar-me-ão)
Sim.
Já escrevi muito sobre o direito à privacidade, os vídeos, as conversas gravados à socapa e os assassínios transmitidos em directo... estive sempre do mesmo lado.

2143 - veja lá o que faz

Brevemente, uma profunda reflexão sobre o direito à vida, à vida privada...

2142 - são margaridos, senhor

Estou, absolutamente, solidário com o Sr. João Baptista Pico.
As atitudes ficam para quem as pratica.
João pode ter muitos defeitos (e tem, como todos nós, aliás) daquilo que conheço dele [aquilo que li neste, noutros blogs, na imprensa local, nacional e que ouvi nas rádios locais] daquilo que conheço dele, dizia, não o estou a ver a sacanear pelas costas quem nele confia/confiou.
Podia tentar brincar com a situação, tipo:
- Não se confia num gajo vestido de vermelho...
João é sportinguista e de direita, não o esconde, não tem vergonha de convicções.
Há pessoas vestidas de vermelho confiáveis.
Margarido não é/não foi uma delas.
Não gosto de ver a campanha eleitoral no concelho onde nasci, assim.
Não gosto de vermelho, no futebol, na escultura/instalação e na ruborização da face.
Gosto de quem não cora, assume.
Quem cora sem gosto não tem pança (mas tem uma vergonha imensa que para sempre o acompanhará).
Quem corre por gosto não cansa.
Boa sorte na corrida, camarada Pico.
fontes & alambiques
Nota final: Leiam a notícia d' A _Barca, que está bastante completa, embora na minha opinião enferme dum anti-piquismo militante, obviamente [digo eu], foi uma decisão solitária de João Pico, as aldeias, as vilas, as cidades precisam de alguém que decida e dê a cara e não dos embuçados, sem nome, sem cara que enxameiam a política local e nacional...
não é o fim, nem o princípio do fim, é o fim do princípio