sábado, abril 29, 2006

317 - parabéns a min


agradeço do fundo do coração todas as mensagens de parabéns que me foram enviadas... afinal só se completam 38 anos uma vez.




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Caminhante, são teus rastos
o caminho, e nada mais;
caminhante, não há caminho,
faz-se caminho ao andar.
Ao andar faz-se o caminho,
e ao olhar-se para trás
vê-se a senda que jamais
se há-de voltar a pisar.
Caminhante, não há caminho,
somente sulcos no mar.

Caminante, son tus huellas
el camino y nada más;
Caminante, no hay camino,
se hace camino al andar.
Al andar se hace el camino,
y al volver la vista atrás
se ve la senda que nunca
se ha de volver a pisar.
Caminante no hay camino
sino estelas en la mar

António Machado

quinta-feira, abril 27, 2006

316 - haja alegria

Amigos e amigas, próximo «post» a 30 ou 1 de Maio (ou talvez antes).

Este «blog» será todo re-editado de acordo com as novas formatações.

Tenho muitas fotografias para publicar e algumas histórias para contar...

Esta fonte é em Soure (perto de Coimbra, ia no sentido Sul/Norte, António).

Serão editados os «posts» de Abril que estão sem poemas.

O «post» 300 terá uma segunda parte.

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QUEM A TEM...

«Não hei-de morrer sem saber
Qual a cor da liberdade.
Eu não posso senão ser
desta terra em que nasci.
Embora ao mundo pertença
e sempre a verdade vença,
qual será ser livre aqui,
não hei-de morrer sem saber.


Trocaram tudo em maldade,
é quase um crime viver.
Mas embora escondam tudo

e me queiram cego e mudo
não hei-de morrer sem saber

qual a cor da liberdade.»

Jorge de Sena

315 - os relâmpagos na festa da primavera

Nove miúdos, muitos sonhos.
Sete casados (todos pais, excepto os dois solteiros).
Um avô.
Dois militares.
Cinco operários fabris.
Um professor universitário de enfermagem, especialista de ética médica e tal (digo eu, falamos pouco, mais sobre as maluquices do passado).
Um.
Nove miúdos, muitos sonhos... no passado sábado, «Os Relâmpagos de Vale de Mestre» efectuaram um almoço comemorativo dos 29 anos de existência.
Queria ter estado lá com a minha gente, estive com esta, cada vez mais a malta da «blogosfera» é, também, a minha gente.
Como é que estes miúdos, sem treinos de conjunto, sem táctica, sem equipamentos...
(bem tínhamos uma camisola, uns calções e um par de meias, como no sábado chovia que Deus a dava, quando voltámos no domingo para disputar as finais, a nossa roupa era a mesma, desta vez com cheiro a fumo... terá sido isso a confundir os amigos das outras equipas?)
... conseguiram sagrar-se campeões?
Disputámos jogos com equipas como a União de Santarém, miúdos reluzentes em roupas novas... Nós, pobres aldeões tínhamos vontade, habilidade natural e sorte, muita sorte.
Bem, finalmente, percebeu-se a minha embirração com o Mourinho... a arrogância e a táctica não vencem jogos, uma equipa de "maltrapilhos" com vontade, sim.
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LIBERDADE
Sobre esta página escrevo
teu nome que no peito trago escrito
laranja verde limão
amargo e doce o teu nome.
Sobre esta página escrevo
o teu nome de muitos nomes feito água e fogo lenha vento
primavera pátria exílio.
Teu nome onde exilado habito e canto mais do que nome: navio
onde já fui marinheiro
naufragado no teu nome.
Sobre esta página escrevo o teu nome: tempestade.
E mais do que nome: sangue. Amor e morte. Navio.
Esta chama ateada no meu peito
por quem morro por quem vivo este nome rosa e cardo
por quem livre sou cativo.
Sobre esta página escrevo o
teu nome: liberdade.
Manuel Alegre

quarta-feira, abril 26, 2006

314 - o meu lado gajo

1. Gajos, temos de falar sobre uns bicharocos chamados cromossomas
2. O Y determina o sexo gajo (reparem braços abertos, só uma perna [não precisamos mais])
3. O X determina o sexo gaja (reparem braços e pernas... tudo aberto)
4. Repararam como elas nos vêm comer à mãozinha...
5. O Pedro Oliveira, publicou o «post» da asna e depois?
6. Ela encolheu-se, ameaçou-o juridicamente e tal...
7. Viva o Pedro, viva!
8. Vivam as comentadoras... as mais verdes e as mais maduras. [o meu lado gajo adora as comentadoras, eh, eh, eh]
9. Cuidem-se, gajas!
10. ...

(um «post» que nos mostra que a mesma realidade pode ser analisada de pontos de vista diferentes... depende dos bicharocos)

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AH! COMO TE INVEJO

Ah! Como te invejo,
pássaro que cantas
o silêncio das plantas
-- alheio à tempestade.

Vives sem chão
ao sol a cantar
a grande ilusão
da liberdade...

(...com algemas de ar.)

José Gomes Ferreira

313 - o meu lado gaja

1. Queridas, falar-lhes-ei sobre cromossomas...
2. O Y determina o sexo gajo (reparem nas hastes)
3. O X determina o sexo gaja (reparem braços e pernas... tudo aberto, é o que conta)
4. Repararam como eles nos vêm comer à mãozinha...
5. Esse gajo, Pedro Oliveira, publicou o «post» da asna e depois?
6. Encolheu-se (é o que os gajos fazem melhor, encolher-se e depois encolherem os ombros).
7. Viva a asna, viva!
8. Vivam as comentadoras... as mais verdes e as mais maduras.
9. Cuida-te, gajo!
10. ...

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Lembra-me um sonho lindo

«Lembra-me um sonho lindo
Quase acabado
Lembra-me um céu aberto
Outro fechado

Estala-me a veia em sangue
Estrangulada
Estoira no peito um grito
À desfilada


Canta rouxinol canta
Não me dês penas
Cresce girassol cresce
Entre açucenas

Afaga-me o corpo todo
Se te pertenço
Rasga-me o ventre ardendo
Em fumos de incenso»


Fausto (para ouvir)

312 - regras?

comentários ao «post» 2068.Abril.29
à vontade:

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Liberdade

«Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não o fazer!

Ler é maçada,
Estudar é nada.
O Sol doira
Sem literatura.
O rio corre bem ou mal,
sem edição original.

E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como tem tempo não tem pressa...

Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.

Quanto é melhor, quando há bruma,
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!

Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.»

Fernando Pessoa

311 - então não estás!

«Até gostaria de saber que marca de rolo de papel higienico usas.
Não sei se me estou a fazer entender?»


... bem sei que a mudança é sempre difícil.

Está horrível, não está?

Como tudo na vida:

Primeiro estranha-se, depois entranha-se...

[frase publicitária criada por Fernando Pessoa para a coca-cola]

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Verdes São os Campos

«Verdes são os campos,
De cor de limão
Assim são os olhos
Do meu coração.

Campo, que te estendes
Com verdura bela;
Ovelhas, que nela
Vosso pasto tendes

De ervas vos mantendes
Que traz o Verão,
E eu das lembranças
Do meu coração.

Isso que comeis
Não são ervas, não:
São graças dos olhos
Do meu coração.

De ervas vos mantendes
Que traz o Verão,
E eu das lembranças
Do meu coração.»


Luís de Camões / Zeca Afonso

310 - like a candle...

«Goodbye Liberty
May you ever grow in our hearts
You were the grace that placed itself
Where lives were torn apart
You called out to our country
And you whispered to those in pain
Now you belong to heaven
And the stars spell out your name


And it seems to me you lived your life
Like a candle in the wind
Never fading with the sunset
When the rain set in
And your footsteps will always fall here

Along England's greenest hills
Your candle's burned out long before
Your legend ever will


Loveliness we've lost
These empty days without your smile
This torch we'll always carry
For our nation's golden child
And even though we try

The truth brings us to tears
All our words cannot express
The joy you brought us through the years

And it seems to me you lived your life
Like a candle in the wind
Never fading with the sunset
When the rain set in
And your footsteps will always fall here
Along England's greenest hills
Your candle's burned our long before
Your legend ever will


Goodbye Liberty
May you ever grow in our hearts
You were the grace that placed itself
Where lives were torn apart
Goodbye Liberty
From a country lost without your soul
Who'll miss the wings of your compassion
More than you'll ever know


And it seems to me you lived your life
Like a candle in the wind
Never fading with the sunset
When the rain set in
And you footsteps will always fall here
Along England's greenest
hills
Your candle's burned out long before
Your legend ever will»


Bernie Taupin / Elton John

adaptada por

mais imagens do 11 de Setembro...

309 - quando o comentário é superior ao comentado


Como acontece com quase todos os meus «posts»...
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Coro da Primavera
Cobre-te canalha
Na mortalha
Hoje o rei vai nu
Os velhos tiranos
De há mil anos
Morrem como tu
Abre uma trincheira
Companheira
Deita-te no chão
Sempre à tua frente
Viste gente
Doutra condição
Ergue-te ó Sol de Verão
Somos nós os teus cantores
Da matinal canção
Ouvem-se já os rumores
Ouvem-se já os clamores
Ouvem-se já os tambores
Livra-te do medo
Que bem cedo
Há-de o Sol queimar
E tu camarada
Põe-te em guarda
Que te vão matar
Venham lavradeiras
Mondadeiras
Deste campo em flor
Venham enlaçdas
De mãos dadas
Semear o amor
Ergue-te ó Sol de Verão
Somos nós os teus cantores
Da matinal canção
Ouvem-se já os rumores
Ouvem-se já os clamores
Ouvem-se já os tambores
Venha a maré cheia
Duma ideia
P'ra nos empurrar
Só um pensamento
No momento
P'ra nos despertar
Eia mais um braço
E outro braço
Nos conduz irmão
Sempre a nossa fome
Nos consome
Dá-me a tua mão
Ergue-te ó Sol de Verão
Somos nós os teus cantores
Da matinal canção
Ouvem-se já os rumores
Ouvem-se já os clamores
Ouvem-se já os tambores»
Zeca Afonso

308 - peixe lua

José Álvaro Morais volta a olhar para o sul e a reflectir sobre Portugal ao longo de um belo «road movie» pelo sul de Portugal e Espanha...

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Fado excursionista

«Portugal que eu desconheço
em permanente excursão
no caminho em que tropeço
é qu' eu meço a solidão

Solidão de andar parado, ai!
Sou um motor em viagem
Será que vem? Será que vai?
É so questão de embraigem!»

Ary dos Santos / José Mário Branco

terça-feira, abril 25, 2006

307 - um «post» com piada

no preca

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Um Carnaval

«Vem ao baile vem ao baile
Pelo braço ou pelo nariz
Vem ao baile vem ao baile
E vais ver como te ris

Deixa a tristeza roer
As unhas de desespero
Deixa a verdade e o erro
Deixa tudo vem beber»

Alexandre O' Neill / João Braga

306 - estado e liberdade

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Supõe

«Supõe que já cruzamos pela vida
Mas nos deixamos sempre para trás
Porque eu andava sempre na avenida
E tu corrias pelas transversais
Supõe que num comício colorido
A praça, enfim, vai nos conciliar
Supõe que somos do mesmo partido
Supõe a praça a se inflamar
Bandeiras soltas pelo ar
E tu começas a cantar
Supõe que eu vibro, comovida
E supõe que eu sou tua canção»


Silvio Rodrigues - versão de Chico Buarque/1982

305 - verdes anos

O menino que fui...

Anos em que era pelo sonho que íamos, no meu caso não foi bem assim, com dezoito anos tinha, provavelmente, mais juízo que hoje.
Terminara a 12º ano, fizera a minha parte, acabara os anos de "passeador de livros" e "carregador de sonhos" sem apanhar nenhuma raposa.

Agora, trabalhar, ganhar a vida com o suor do rosto... o meu primeiro «patrão» foi uma pessoa muito especial, as suas pernas eram duas rodas, ensinou-me muito... era por ele que ia à Festa, sabia que o encontraria...

Porque não foste para a Universidade, Pedro?

Porque já na altura acreditava que a maturidade se adquire a trabalhar, não a «chular» os pais, quando mais tarde fui para a Universidade, sabia muito bem o esforço que me custara cada escudo que gastava (durante um período levanta-me às 06H30 da manhã e trabalhava como ajudante de electricista das 08H00 às 17H00, depois aulinhas das 18H00 às 22H00, não me arrependo nada).

Quando sofremos, damos mais valor ao que temos.

Enfim, chega de lamechice.

Repararam na foto?

Pois é, como é que a rapaziada de verde e branco poderá ganhar?

Não, não andam tensos... estão é, precisamente, com falta de tensão!

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Adriano

Era a tristeza dentro da alegria
Era um fundo de festa na amargura
E a quase insuportável nostalgia
Que trazia por dentro da ternura.

O corpo grande e a alma de menino
Trazia do olhar aquele assombro
De quem queria caber e não cabia.

Os pés fora do berço e do destino
Pediu uma cerveja e poesia.
E foi-se embora de viola ao ombro.

Manuel Alegre / João Braga

304 - vinte cinco de Abril, sempre!




fotografias obtidas na Festa em 2004, excepto a última, obtida em frente à estação de metro da Pontinha, Lisboa.
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Cantar Alentejano

«Chamava-se Catarina
O Alentejo a viu nascer
Serranas viram-na em vida
Baleizão a viu morrer


Ceifeiras na manhã fria
Flores na campa lhe vão pôr
Ficou vermelha a campina
Do sangue que então brotou

Acalma o furor campina
Que o teu pranto não findou
Quem viu morrer Catarina
Não perdoa a quem matou

Aquela pomba tão branca
Todos a querem p'ra si
Ó Alentejo queimado
Ninguém se lembra de ti

Aquela andorinha negra
Bate as asas p'ra voar
Ó Alentejo esquecido
Inda um dia hás-de cantar»

Zeca Afonso

segunda-feira, abril 24, 2006

303 - eu... (segunda parte)




assumindo... corpo e rosto...

orelhas grandes, pernitas anoréticas, sorriso palerma... gravata!

eis-me... com dezoito/dezanove anos... soldado da república... combatendo por PORTUGAL...

Este «post» foi alterado, parece-me que esta fotografia é mais adequada, mais Village People...

302 - campeões, campeões... nós fomos campeões.





campeões, campeões... nós fomos campeões.

o fim de semana fantástico... um palerma da imagem marcou um golo de cabeça, quase, do meio campo... o Miguel repõe a bola em jogo... Zé Pedro, cabeceia (aproveitando o adiantamento do "goleiro") GOLO... GOLO... é GOLO e vamos para penaltyes...

tinha treze anos, pouco jeito para o pontapé na borracha (era mais jogo de cabeça)... há vinte e quatro anos (como é? já passou tanto tempo?) que eu sabia qua mais valia apostar na carreira de «blogger».

301 - eu... (primeira parte)

o «post» 300 está sendo (sotaque alentejano) editado...

hoje é dia 24... amanhã haverá em cada esquina um amigo (não são as amigas que trabalham nas esquinas?)... em cada rosto igualdade.

25 tem um rosto... este!
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Canções de rei

«Inventava canções de rei
Conquistava o teu amor
Desobedeceria à lei
Revelava quem eu sou
Te mostrava que só eu sei
Onde tudo começou
Inventando canções de rei
Pra enfeitar o nosso amor»

Max Viana / Dudu Falcão

domingo, abril 23, 2006

300 - leigos para o desENVOLVIMENTO...

Li num bar irlandês esta frase: No mundo não há estranhos, há amigos que, ainda, não conhecemos...
Bem, a frase estava em inglês [como sabem... a minha especialidade é o francês] a tradução, provavelmente, [de certeza absoluta] não seria esta, a ideia sim (digo eu).

Este «post» é sério... ir-me-ei abrir (salvo seja!).

É a resposta a este desafio...

299 - «o senhor do honda civic»

- está?

- estou, quem fala?

- é o rapaz do reboque, tá bom?

- olá, amigo... está bom?

- beim, brigado, ò amigo... era só para saber como é que correu, ontem?

- ó Senhor Duro, obrigado por ter ligado... correu tudo bem... não fiquei em Portel, porque já estava tudo fechado... fui até Évora, dormi lá, fiz uma óptima viagem, ó amigo... muito obrigado pela sua preocupação...

- ...

[há alturas na vida em que nos sentimos especiais, hoje sinto-me de facto especial... não porque o Pacheco Pereira publicou duas fotografias minhas no Abrupto , sinto-me especial porque o Senhor Duro me ligou. O Senhor Duro é dono de um reboque em São Manços (a 20 quilómetros de Évora) ontem anoitecemos juntos desde as 20H30 até às 22 e tal... rimo-nos juntos e assistimos os dois a um alentejano... com um cachecol, a comemorar esta vitória , o Senhor Duro encolheu os ombros num gesto típico de cumplicidade que só dois homens com barba na cara compreendem]

[nada na vida é por acaso... as minúsculas e as maiúsculas, muito menos menos... eu e o Zé Pacheco Pereira escrevemos: «república portuguesa», eu escrevo «pedro oliveira», Zé Pacheco Pereira e Senhor Duro... cada um com a importância que merece... um Senhor com um reboque pode ser muito mais importante que dois drs. com um «blog»]

[a maior parte dos leitores já pediram «assistência em viagem» (eu já pedi para aí umas dez vezes)... quantas vezes é que foram contactados, para saberem como é que as coisas correram... pois é, não são os títulos atrás dos nomes que nos fazem especiais... quem nos faz especiais... são as pessoas especiais com quem contactamos... «special one?» (aposto que não tem um reboque...)]

298 - muita parra, pouca uva...


bem, não tenho respostas próprias.

dar-vos-ei as de Bocage.

Quem somos?

- chamo-me Bocage

De onde vimos?

- ... venho do Nicola

Para onde vamos?

- e vou para o outro mundo se disparas a pistola


novidades... aqui

297 - «posts» minimalistas

como há pessoas que se preocupam o número de palavras de cada «post» e a sua profundidade, fá-los-ei, curtos... e profundos.

O próximo responderá às questões:

Quem somos?
De onde vimos?
Para onde vamos?

296 - porque será?

295 - com postela?

sábado, abril 22, 2006

294 - o meu lugar...

Entrai meninos, entrai (ver os links)

Viram?

Fico entre a Regionalização e o The great portuguese disaster... e debaixo do Preca (António tem calma, ok, ultimamente, tenho passado muito tempo a conduzir e ando um bocadinho dorido em zonas específicas, eh, eh, eh).

... lá vou eu para Alvito.

293 - as fotografias...



amanhã comento...

alien, não me esqueci...

a organização é esta... amanhã explico porquê.

292 - morreu de morte matada II

[clicar na imagem para ampliar]
Matar nem sempre é pecado!
Nem sempre a morte é desgraça
Que mal fará esta fonte
Matando a sede a quem passa?
Fiz-me entender?
... matei a sede.

sexta-feira, abril 21, 2006

291 - fotografias...



ainda, hoje...

matei o quê ou quem?

resposta mais logo...

«lomo» com novidades

290 - aznar

Há quem prefira a guerra... eu a paz.

289 - cementerio

Em galego diz-se «cementerio»... fará sentido?

288 - morreu de morte matada

Matei!

Haverá justificação?

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Natal dos Simples

«Vamos cantar as janeiras
Vamos cantar as janeiras
Por esses quintais adentro vamos
Às raparigas solteiras

Vamos cantar orvalhadas
Vamos cantar orvalhadas
Por esses quintais adentro vamos
Às raparigas casadas

Vira o vento e muda a sorte
Vira o vento e muda a sorte
Por aqueles olivais perdidos
Foi-se embora o vento norte

Muita neve cai na serra
Muita neve cai na serra
Só se lembra dos caminhos velhos
Quem tem saudades da terra

Quem tem a candeia acesa
Quem tem a candeia acesa
Rabanadas pão e vinho novo
Matava a fome à pobreza

Já nos cansa esta lonjura
Já nos cansa esta lonjura
Só se lembra dos caminhos velhos
Quem anda à noite à ventura»

Zeca Afonso

sexta-feira, abril 14, 2006

287 - um abraço, campeão


coisas na vida muito mais importantes que o pontapé na borracha.
Perder o pai e a mãe com diferença de dias...
Um abraço, Co... partilho a tua dor.

286 - tipo... lomo-foto-grafia


Lisboa
Março de 2006
Um «post» para a despedida... por agora.
Um «post» que nos faz pensar que a realidade é diferente daquilo que aparenta.
As duas fotografias foram obtidas com os pés assentes no mesmo pedaço de realidade, foi, apenas, uma questão de abrir e fechar a objectiva da «optimus cinzenta».
A primeira parece uma bucólica paisagem do país profundo (apenas, desmacarada por um pormenor).
A segunda, mostra-nos uma paisagem citadina, em frente ao Colombo... as coisas estão lá, nós é que não as vemos...

285 - comentários


Quando termino um «post» sinto-me, por vezes, como o Homer nesta imagem.

Será que isto tem interesse para alguém?

Será que não me estarei a «armar ao pingarelho» quando refiro as corridas em que participo ou os concertos que ouço?

Será que interessará a alguém para onde vou nas férias ou se a gravata me aperta o pescoço e a alma?

... bem, como qualquer «blogger» sou um bocadinho egoísta, sou a primeira pessoa a quem procuro agradar quando «posto» algo.

Há coisas que escrevi que se fosse hoje não escreveria, outras escrevê-las-ia de outro modo, coisas que escrevi e apaguei, outras que pensei escrever...

Manter um «blog» só faz sentido enquanto espaço de troca de opiniões, leio todos os comentários, duas vezes, a primeira por e-mail e a segunda na caixa de comentários.

Este «post» é um bem-haja às comentadoras e comentadores, com tanta coisa interessante para fazerem perdem tempo a comentar palermices escritas por um tipo que não conhecem de lado nenhum e de quem, apenas, sabem que tem as orelhas grandes.

Obrigado a todas e todos, especialmente, a duas meninas, asna e raintreecrow que não possuem ou não indicam o «blog» e que enriquecem este com os comentários que efectuam...

Para os outros:

antónio almeida
lj
de sousa
lumife
freddy
anónimo
ra
josé carlos gomes
carlos (Brasil)
alentejodive
ricardo
karloos
psac74
alves jana
maçã de junho
miguel carola
alien
m

fernando s (França)
cameraman metálico
ana e rui
fernando bravo
ritamachado
caríciasdemediopelo (Colômbia)
medina ribeiro
dinar al-khattab
sol
dr garcia
zé do telhado
nic
sp
maria
gaia

provavelmente, estarei a esquecer alguém...

continuem a escrever e a enriquecer-nos com aquilo que escrevem.
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«Mas serei eu capaz de
Pensando alto
Escrevendo como quem se interroga diante de um espelho
Diante de um lago de águas apodrecidas
Levar alguém a imaginar-me
A ler-me em silêncio?»


colocado pelo senhor Preca, Almeida... na caixa de comentários

284 - mudança



Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades
E se todo o mundo é composto de mudança
Troquemos-lhe as voltas, que inda o dia é uma criança

Luís de Camões / Jean Sommer

283 - imagem de marca


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Pr'o que der e vier

«Hei-de ser ferro forjado
Dia e noite amor calado
Hei-de ser punho cerrado
E ternura docemente
E haja lá o que houver
Estou p'ro que der e vier»

António Pedro Braga / Fausto

quinta-feira, abril 13, 2006

282 - até dia dois de maio, «querida»



Só quem, diariamente, sente o pescoço apertado sabe dar valor à liberdade

uma boa definição da coisa...

As mãos

Com mãos se faz a paz se faz a guerra.
Com mãos tudo se faz e se desfaz.
Com mãos se faz o poema - e são de terra.
Com mãos se faz a guerra - e são de paz.

Manuel Alegre

Com as mãos dou nó na gravata.
Com as mãos o desfaço, com as mãos, a avento para longe, até ao próximo mês.

281 - pela estrada fora

[imagem... aqui]

Do outro lado de mim

«O que interessa na vida é a bagagem dela nos nossos sonhos de futuro.
Será o que para além a aventura queimará, alimentada
Por pedaços de nós que o vento arranca.

O que interessa não é a paz de ter chegado.
O que é grande e belo, é isto de chegar
E ter logo e sempre a coragem de partir.»

Marcos Leal
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Férias... noutros tempos seria com uma mochila às costas e um dedo estendido.

Agora será com uma mochila, uma tenda e um saco cama na bagageira...

Dias 15, 16 e 17 serei eu (festas) ...

Dia 19 serei galego...

Dia 22 alentejano...

Até dia 1 de Maio a «postagem» será menos frequente, mas, haverá surpresas... vão passando, portanto.

[e-mails, por favor, para: pedrolliveira@gmail.com (obrigado, Carlos)]

280 - diz que disse II

Ponto prévio: Obviamente, condeno qualquer tipo de abuso sobre as crianças. Não só condeno como penso que devemos denunciar os abusadores... no dia 11 de Novembro, «postei», precisamente sobre isso.

Quanto ao texto do acordão destacarei alguns pontos:

1. «A arguida por uma ou duas vezes deu palmadas no rabo à CC quando esta não queria ir para a escola e uma vez deu uma bofetada ao FF por este lhe ter atirado com uma faca»

2. «A arguida não tinha preparação profissional para desempenhar as funções de responsável do Lar, nomeadamente para lidar com deficientes mentais»

3. «A arguida residia no Lar, passando aí todo o dia e aí pernoitando, trabalhando das 7h às 23h e às vezes durante a noite quando era necessário ajudar a colega que fazia o horário nocturno, nomeadamente por algum utente estar doente»

4. «A arguida tinha a seu cargo cerca de 15 utentes»

5. «Em Janeiro de 2000 a arguida entrou de baixa médica por padecer de depressão grave, tendo a sua médica assistente emitido uma declaração da qual consta:" ... JJ de 55 anos sofre de depressão grave que tem vindo a agravar-se de há cerca de três anos até agora, provavelmente pelas condições de trabalho e exigência do sítio onde trabalhava e vivia..."»

Quanto ao texto da polémica e que fez correr tanta tinta... foi este:

«Qual é o bom pai de família que, por uma ou duas vezes, não dá palmadas no rabo dum filho que se recusa ir para a escola, que não dá uma bofetada a um filho que lhe atira com uma faca ou que não manda um filho de castigo para o quarto quando ele não quer comer?Quanto às duas primeiras, pode-se mesmo dizer que a abstenção do educador constituiria, ela sim, um negligenciar educativo. Muitos menores recusam alguma vez a escola e esta tem - pela sua primacial importância - que ser imposta com alguma veemência. Claro que, se se tratar de fobia escolar reiterada, será aconselhável indagar os motivos e até o aconselhamento por profissionais. Mas, perante uma ou duas recusas, umas palmadas (sempre moderadas) no rabo fazem parte da educação.Do mesmo modo, o arremessar duma faca para mais a quem o educa, justifica, numa educação sã, o realçar perante o menor do mal que foi feito e das suas possíveis consequências. Uma bofetada a quente não se pode considerar excessiva.Quanto à imposição de ida para o quarto por o EE não querer comer a salada, pode-se considerar alguma discutibilidade. As crianças geralmente não gostam de salada e não havia aqui que marcar perante elas a diferença. Ainda assim, entendemos que a reacção da arguida também não foi duma severidade inaceitável. No fundo, tratou-se dum vulgar caso de relacionamento entre criança e educador, duma situação que acontece, com vulgaridade, na melhor das famílias»

[os sublinhados são meus]

Algumas reflexões pessoais:

a) Não tenho filhos (mas sei o que é o sorriso duma criança), penso que a melhor maneira de educar as crianças é incutindo-lhes responsabilidade.

b) Antes da polémica... tinha efectuado este comentário a propósito dos esteiros.

c) É fácil fazer juízos de valor sobre situações mais ou menos distantes, difícil é enfrentarmos o vizinho do lado, ou de cima ou da mesma rua que bate na mulher e nos filhos e permanece impune.

Mesmo correndo o risco de tornar este «post» demasiado longo vou reproduzir algumas palavras que troquei, recentemente, com uma amiga:

«Há diferenças, sim. Não no que fazem nem no que sentem. Não na relação de amizade que tenho com muitos. De tal forma que incorporei a equipa e fui adoptada.
Para chegar lá o caminho é duro. Tens que aprender formas de comunicar (gestual, braille, leitura labial, escrita na mão...). Tens que aprender procedimentos e comportamentos. Tens que aprender a esperar. Sobretudo a deixar-te conduzir...

Conheço, convivo, trabalho regularmente com pessoas com deficiências físicas profundas. Já dei aulas a uma rapariga em decúbito ventral permanente, traqueotomizada, que só mexia os olhos. Estive há pouco a conversar no msn com um amigo que é surdo e cego. Já fui conduzida no carro de um outro amigo sem braços. Espero sempre ter chegado ao limite da diferença física e não me quero espantar/admirar com mais ninguém. E na semana seguinte conheço algum outro caso de deficiência cumulativa, grave, estigmatizante.»

«A minha experiência com pessoas deficientes é mínima (um fim-de-semana com doentes mentais num estado profundo de solidão, muitas delas estavam na instituição desde sempre, família, era, para muitas, uma palavra sem significado) curiosamente, esse fim-de-semana, dá-me forças para enfrentar as situações palermas do dia-a-dia, o trânsito e tal, as pessoas que julgam ter um problema porque o condutor da frente deixou o carro ir "a baixo"...
A tua experiência com pessoas diferentes é, sem dúvida, muito gratificante e enriquece-te como pessoa, tem, contudo, um inconveniente é absorvente... é-te, difícil (presumo, eu) despir a "farda profissional" e passares a ser a mãe e colega.
Enfim, é o preço que temos que pagar... para além de profissionais somos pessoas e a vida só faz sentido quando implica uma entrega total».

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Um caso fatal

«Podereis ter ficado
com a estranha sensação
que eu nada disse e porém

Também muitos doutores
falam bem fazem flores
mas não dizem nada nada
ao discursar: Meus senhores...»

Sérgio Godinho




quarta-feira, abril 12, 2006

279 - diz que disse

Convido os ilustres leitores, deste, não menos ilustre, «blog» a lerem o acordão da moda.

Os senhores jornalistas deviam pensar um bocadinho antes de escreverem... bem, pensar, não vende jornais.


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Caramba

«E já que a paciência
tem os seus limites
diga-me lá quantos são
que é para eu saber se espero ou não
quando for desesperar»

Sérgio Godinho

278 - ...chama-me Tarzan

Vivemos tempos em que tudo é colocado em causa.
Os trintões/quarentões vivem momentos custosos, para além de termos o custo de suportarmos a economia e a certeza que quando nos reformarmos (lá para os oitenta anos) as reformas não serão remuneradas, custa-me saber que para além de nos destruirem o futuro, também, nos destroem o passado.
Já não chegava a história da «masculinidade» dos «cowboys», descubro agora que cheeta é na verdade um macho, será que devemos olhar para esta fotografia com outros olhos?
Apesar de tudo, parabéns, cheeta ou cheeto, sei lá! e olha, continua a fumar charuto e a beber cerveja, contigo tem resultado.
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Cuidado com as imitações

«cuidado com as imitações
cuidado minha gente
cuidado justamente com as imitações»

Sérgio Godinho

terça-feira, abril 11, 2006

277 - mulheres e alcachofras


Barriga sarada: injeção de alcachofra é a febre do verão

O sonho da "barriga de tanquinho": milhares de homens e mulheres ávidos por corpos sarados buscam aplicações de alcachofra em clínicas estéticas!

Quanto às perguntas que efectuei: a mulher tem coração, a alcachofra não.

Há coisas, aparentemente, inocentes que não o são.
Inspector Clouseau e pantera cor-de-rosa, não era amigo?

A pantera não seria a menina da fotografia ao lado?



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Espalhem a notícia

«Eu fui ao fim do mundo
eu vou ao fundo de mim
vou ao fundo do mar
no corpo de uma mulher

A terra tremeu ontem
Não mais que anteontem
pressenti-o
o ventre de que falo como um rio
transbordou
e o tremor que anunciava
era fogo e era lava
era a terra que abalava
no que sou»

Sérgio Godinho

segunda-feira, abril 10, 2006

276 - correr por causas

«quem corre por gosto não cansa»
Ontem não acordei bem disposto... a época acabara.
Vesti-me como se fosse fazer compras para um shopping (ténis, t' shirt e fato de treino).
Não eram as compras que me moviam, era a solidariedade.
Participei nesta corrida...
Correr ao longo do Tejo pela manhã é um privilégio, contribuir com esse gesto para melhorar a vida de alguém, ainda, melhor.
Acabei, como sempre, cansado, suado e feliz.

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Vivo numa outra terra

«Aqui em terra distante
vivo mal e bem
sinto saudades imensas
de quem me quer bem
tenho um salário melhor
não há que duvidar
mas era na minha terra
que eu queria estar
e ganhar»

Sérgio Godinho

275 - olhar, ver e sentir



Ao olharmos esta imagem, ela parece-nos banal, aparentemente, nada se destaca.

Quando vemos esta imagem, ela mostra-nos um fundo de terra queimada e no centro um coelho bravo.
Um animal que apesar da sua rapidez não conseguiu triunfar na sua última corrida.
Que morte horrível teve, primeiro o pêlo a arder, cada vez correria mais rápido, procurando por entre o fumo que a vida não fosse morte.
Após o pêlo queimado... foi a carne, por mais que corresse a morte estava em todo o lado... ardia-lhe o dorso, ardia-lhe o ventre, ardiam-lhe os olhos, as orelhas e as patas... tudo dentro e fora dele era fogo, foi dor.

O que se sente, está para além do que se olha, do que se vê.
Na dor deste animal sinto a dor de todos os que sofreram com os incêndios.
Na dor deste animal, sinto compaixão dos «animais» que a provocaram e dos outros que por incapacidade, negligência e incompetência não a conseguiram evitar.

texto e foto: Pedro Oliveira

Este texto (com pequenas alterações) foi publicado no jornal Abarca em Outubro de 2003.

O coelhinho foi fotografado na freguesia de Montalvo em Agosto de 2003 (numa altura em que a terra, ainda, estava quente).

Este texto faz sentido, agora, antes que nas televisões se banalizem as imagens do país a arder e as declarações políticas a falarem da «falta de meios».

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Juro nunca me render

«Pelas lágrimas dos pobres
e o pão escasso que comem
e o vinho rude que bebem
juro nunca me render

Por meus pais e meus avós
e os avós dos avós deles,
com o seu suor antigo,
juro nunca me render

Pelas esperanças que tenho
pelas certezas que traço
pelos caminhos que piso
juro nunca me render

E até pelos inimigos,
que odeiam a liberdade,
e por isso não são livres,
juro nunca me render»

Armindo Rodrigues

domingo, abril 09, 2006

274 - olissipo...


Ulisses e Olissipo.

Sempre que o primeiro visita a segunda vê a Luz em forma de felicidade...
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Somos livres (uma gaivota voava voava)

«Uma papoila crescia, crescia
grito vermelho
num campo qualquer»

Ermelinda Duarte

273 - só para meninas...

Nem só de futebol vive o desporto.
Apreciem este espectacular vídeo (ligar o som).
amanhã falarei sobre o prazer de sentir o suor no rosto e o cansaço físico a invadir-nos o corpo...
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Mataram a tuna
«Ó meus amigos desgraçados
se a vida é curta e a morte infinita
despertemos e vamos
eia!
vamos fazer qualquer coisa de louco e heróico»
Manuel da Fonseca

sábado, abril 08, 2006

272 - meu rico dinheirinho



A questão aqui é fazer contas...

Qual a moral dum estado que já no tempo de Bagão Félix cobrava 78% de imposto sobre o tabaco, pretender aumentar esse imposto 10 a 15%...

Se o tabaco é assim tão mau, ilegalize-se e ponto final, não nos venham é com falsos moralismos de frases e de fotografias de pessoas doentes (onde está o direito à privacidade das pessoas?).

Se o imposto sobre o tabaco aumentar 15%, dos 2.75 € que custa a embalagem da ilustração, 2.56 € vão direitinhos para os cofres do estado e, apenas, .19 € correspondem ao preço efectivo dos cigarros.

Moral? Qual moral?

Nota: Não fumo, mas, irritam-me as proibições e os falsos moralismos.
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Por quem sempre combateu

«Por quem nunca se vendeu
A despeito dos maus anos:
Por quem sempre combateu
É que nós hoje cantamos».

Manuel Correia

271 - ® e Co


® está para a literatura assim como Co está para o futebol.

«Acho que Co Adriaanse esteve bem em tudo.
Torna-se claro que temos uma defesa óptima, a funcionar como um relógio.
É também evidente que o ataque está a funcionar com muita dinâmica.
Parece-me que todo o trabalho do treinador está a vir ao de cima.
Lembram-se do trabalho fantástico que ele imprimiu na pré-época e no início de época?»

Por falar em pré-época.

até logo.
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Tourada

«Com bandarilhas de esperança
Afugentamos a fera
Estamos na praça da Primavera
Nós vamos pegar o mundo
Pelos cornos da desgraça
E fazermos da tristeza
Graça»

Ary dos Santos

sexta-feira, abril 07, 2006

270 - dar-me música... II


Raquel "tour".

Chamo a atenção para a sala dos espelhos do Palácio Foz.

Estar naquela sala acompanhado pela música de Mozart, Beethoven, Schumann e Debussy foi algo que me proporcionou muito placere no sentido latino do termo.
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Poema da malta das naus

Mas quem mergulhou no fundo
Do sonho, esse, fui eu.
Provo-me e saibo-me a sal.
Não se nasce impunemente
Nas praias de Portugal.

António Gedeão

quinta-feira, abril 06, 2006

269 - dar-me música...




afinal, a globalização, também tem coisas boas...

[amanhã, se não for depois, desenvolverei este tema]

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Poema da malta das naus

«Fundei cidades e vidas
Rompi as arcas e os odres.
Tremi no escuro da selva,
Alambique de suores.

Estendi na areia e na relva
Mulheres de todas as cores.
Moldei as chaves do mundo
A que outros chamaram seu»

António Gedeão

268 - somos livres



«Para as pessoas que inventaram
as suas próprias leis

quando sabem ter razão;
para os que têm um prazer especial
em fazer coisas bem feitas,
nem que seja só para elas;
para os que sabem que a vida
é algo mais do que aquilo
que os nossos olhos vêem
... Fernão Capelo Gaivota
é uma história com sentido.
Para todas as outras,
ela será na mesma uma aventura
sobre a liberdade e o voo
para além de limites provisórios.»

texto da contracampa.

Um «post» semelhante ao 264, com uma dissemelhança.
Adquiri este livro, apesar, de já o ter lido há muito tempo.
Quando eu era menino e moço a biblioteca que utilizava tinha rodas era do mesmo género daquela que descobriram no «link» [repararam no pormenor da palavra "itenerante", pois é, a palavra não existe, se conhecerem alguém em Cantanhede, sugiram uma alteraçãozita].
A que eu utilizava era da Fundação Gulbenkian, os livros eram lidos e devolvidos.

Ou seja adquiri o livro pelo conteúdo, só reparei na dedicatória posteriormente.

«desde que você o deseje, pode ir a qualquer lugar e a qualquer momento - disse-lhe o Mais Velho. - Que me lembre, já fui a todos os lugares e a todos os momentos. - Olhou o mar, pensativo. - É estranho... As gaivotas que desprezam a perfeição por amor ao movimento não chegam a parte alguma, devagar. As que ignoram o movimento por amor à perfeição chegam a toda a parte, instantaneamente. Lembre-se, Fernão, o paraíso não é um lugar nem um tempo, porque lugar e tempo não significam nada.»

p. 93
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Somos livres (uma gaivota voava voava)

«Uma gaivota voava, voava,
asas de vento,
coração de mar.
Como ela, somos livres,
somos livres de voar.


Somos um povo que cerra fileiras,
parte à conquista
do pão e da paz.
Somos livres, somos livres,
não voltaremos atrás.»


Ermelinda Duarte

quarta-feira, abril 05, 2006

267 - melão

Palmas, palmas porquê?

O senhor de bigode, esta semana, na sua (dele) qualidade de sócio do Sporting pronunciou-se sobre a gestão daquele centenário clube.

Não era sobre isto que queria falar... queria, apenas, oferecer uma sobremesa a um amigo, para rematar uma magnífica refeição.

Que tal um melão?

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E Alegre se fez triste

«E viu que a pátria estava toda em ti
E ouviu dizer-me adeus, essa palavra
Que fez tão triste a clara madrugada»

Manuel Alegre

266 - anda um pai a criar duas filhas para isto...

Ponto prévio eu e Miguel Esteves Cardoso temos em comum umas orelhas enormes, julgo que esse factor me fez simpatizar com ele, atenção, eu disse simpatizar não disse concordar com tudo, conferir aqui.

Este autocolante com grafismo de Jorge Colombo prima pela simplicidade, um desenho, um símbolo discreto e uma frase curta: o meu amor é Portugal uma frase que faz todo o sentido para um candidato monárquico, não faz sentido nenhum para um candidato a presidente da república.

Nestas eleições Miguel*era candidato ao parlamento europeu, não foi eleito por uma unha negra, ficou célebre a sua frase: quero ser eleito porque quero ganhar os dois mil contos por mês, um político que dizia a verdade e confidenciava com os seus eleitores qual o projecto que possuía.

Miguel é, na minha opinião, uma das pessoas que melhor domina a língua portuguesa. Possuo todos os seus livros de crónicas, algumas delas são relatos hilariantes mas profundos sobre a paternidade e o crescimento das suas duas meninas... as meninas são essas que estão aí na FHM e mais não digo.

* Miguel é um alien disfarçado... quem o afiança é uma «alien» grevista.
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O malhão não é reaccionário

«Fora a foice e o martelo
Não queremos cá ditaduras
Fora a foice e o martelo
Ai malhão malhão
Fora a foice e o martelo
Abaixo os oportunistas
E os fascistas do Marcelo»

Quim Barreiros
não é o fim, nem o princípio do fim, é o fim do princípio