domingo, dezembro 31, 2006

565 - vida, boa vida

Este «post», o último deste ano será um olhar, o meu olhar sobre o ano que passou, aquilo que mereceu atenção, que considerei importante.
Um «post» por mês:

564 - morte, boa morte

A morte pode ser boa, pode ter a bocanegra e mesmo assim encontrarmos meia dúzia de razões para a gostarmos.

sábado, dezembro 30, 2006

563 - quantas vezes morremos?

Morremos tantas vezes quantas as recordações que as pessoas que nos amam tiverem de nós, renascemos outras tantas.
Hoje é dia de termos pena, é dia de sermos «politicamente correctos».
Ai... que horror! A pena de morte!
Horror é os nossos impostos servirem para mantermos vivos alguns que mereciam estar mortos (nem sequer deveriam ter nascido... não teria sido útil que a mãe de Saddam, Fidel, Pinochet, Hitler, Staline, Bin Laden e tal tivessem dito: na minha barriga mando eu!) e não sirvam para salvar os vivos que morrem na praia...

sexta-feira, dezembro 29, 2006

562 - azia


A frase:
– Sempre foram rivais. Falam-se?
– Institucionalmente cumprimento toda a gente. Como também faço festas aos animais.
A entrevista completa:
(...)

561 - chamaram-lhe um figo

quinta-feira, dezembro 28, 2006

560 - ovinho...

559 - dizer não de vez

Fiquei de pé atrás quando vi esta capa, piorou quando na Pública, Zé Pedro confessa que um dos seus objectos mais preciosos é a comenda... por tudo isso concordo, inteiramente, com esta análise de José Carlos Gomes.

quarta-feira, dezembro 27, 2006

558 - um homem das arábias

Há coisas que não mudam, o carácter, por exemplo.
Não sei se é verdade...
Se do passado podemos tirar pedaços de futuro (acredito que sim) é, apenas, mais uma atitude típica de filho único.
Enfim, rapaz que o teu futuro seja bom... bem bom! (ligar o som)

terça-feira, dezembro 26, 2006

557 - essien resolve

É sempre bom reconhecer o óbvio:
«não tenho nenhuma crítica a fazer aos meus jogadores, porque que eles fizeram o melhor que, possivelmente, podiam»
Ora quando a culpa não é dos jogadores é, possivelmente, do treinador... digo eu.

[o título deste «post» foi inspirado neste]



sábado, dezembro 23, 2006

556 - «todo o seu sustento»

Marcos 12, 41-44

Estando sentado em frente do tesouro, observava como a multidão deitava moedas. Muitos ricos deitavam muitas. Mas veio uma viúva pobre e deitou duas moedinhas, uns tostões.
Chamando os discípulos, disse: «Em verdade vos digo que esta viúva pobre deitou no tesouro mais do que todos os outros; porque todos deitaram do que lhes sobrava, mas ela, da sua penúria, deitou tudo quanto possuía, todo o seu sustento»

Nestes dias tenho-me interrogado quais são os limites de dar, devemos dar sem medida ou com alguma parcimónia?
Dar o quê?
Dar a quem?
Dar o verbo, a acção quantas vezes não será d' ar (de ar) gestos ocos e sem significado?
Este «post» não pretende «dar seca» a ninguém, pretendo que aqueles que por aqui passam meditem nisto...
Um bom Natal para todos com muitas prendas, alegria e sobretudo compreensão.

quinta-feira, dezembro 21, 2006

555 - é natal, é natal?

Já tinha colocado, este poema, há um ano, mais ou menos... sou, portanto, um gajo repetitivo.
No Natal lembro-me dos «consumidos» como o outro lado da moeda (podia falar em verso e reverso, mas versos são poesia e encontro pouca poesia nesta época).
Gedeão deixou-nos o Natal do Pedrito (sugestão de gaia), lembrei-me (sugestão de crt) dos que estão rodeados de metralhadoras a sério e não acreditam no Pai Natal nem em sonhos... fritos ou não.

sexta-feira, dezembro 15, 2006

554 - identidade ribatejana (parte 1.)

Touros, cavalos, Ribatejo.
Há algum tempo que este tema me ocupa.
A primeira coisa que associamos ao Ribatejo são os touros e as touradas.

quarta-feira, dezembro 13, 2006

553 - vento sul

Já passou um mês, fechou...
No entanto, João Fialho continua em forma em Vendas Novas e na Cuba.
Força amigo, que não te doa a voz...

552 - com papas e bolos

Numa altura em que tanto se fala do papa, deste papa, meditemos nestas palavras (em castelhano) ... liberdade, liberdade.

segunda-feira, dezembro 11, 2006

551 - inúteis, quem?

Fantástico, quem não sabia o que eram «blogs» fica a saber: hóteis de inúteis... está aqui, tanto na edição em papel, como na edição on-line a frase atribuída ao autarca de Almeirim não é desenvolvida nem contextualizada.
Pela minha parte estou a escrever-vos do local acima se desejarem vir até cá, podem escolher...
novidades... aqui

550 - jogar além

A bola, o jogo da vida.
A vida, um jogo de bola.
O menino que fui deu muitos pontapés na borracha (com pouco jeito, provavelmente).
Nestes dias pensei nisso, nos dias que não mais viverei, nos amigos que não mais verei.
Na minha freguesia existem cinco lugares* [Portela, Vale (do) Mestre, Aldeia, Malpique, Campo Militar] curiosamente, enquanto «futebolista» nunca joguei em nenhum clube da minha aldeia, fui sempre «estrangeiro» vestindo camisolas de outros lugares, normalmente, era dos mais novos das equipas.
Mercenário, combatente de guerras perdidas, recordo com saudade os momentos de convívio, dentro e fora do campo, homens mais velhos, mais sábios, portanto... «corre que és novo», sabiam que a vida, os jogos não se ganham a correr.
Nos «Sempre Prontos» de Malpique, na «Casa do Povo» e no «Grupo» da Aldeia, nos «Relâmpagos» de Vale (do) Mestre, no «Estrela Verde» de Constância... procurei sempre honrar o emblema que trazia junto do peito, em dois meses partiram dois colegas, homens que partilharam objectivos comigo (o objectivo não era vencer, era participar, petiscar no final).
Continuem o jogo aí, além...
* Futebolisticamente falando. «Tecnicamente» o Campo Militar não é um lugar, mas tinha equipas que participavam nos torneios de futebol de salão. «Tecnicamente» a Pereira é um lugar, mas sem equipas de futebol.

sexta-feira, dezembro 08, 2006

549 - lapada do bar salgado


Carolina, quanto do teu sal
São lágrimas do Portogal

quinta-feira, dezembro 07, 2006

548 - ombro a ombro

547 - mim ser bom pessoa

546 - criancices

Nem toda a publicidade é má.
Nem toda procura vender dispensáveis brinquedos.
Dever-nos-ia fazer agir*
* não é qualquer escritor que escreve uma frase com três verbos (não sei como se chamam agora. Quem tiver curiosidade procure aqui)

terça-feira, dezembro 05, 2006

545 - por exemplo (parte 2.)

No «post» anterior que cita um artigo que publiquei neste jornal, digo isto:

«Houve, apesar de tudo, uma exposição pela qual valeu a pena ir à Festa, sobre o nadador Baptista Pereira (o Gineto, dos Esteiros de Soeiro Pereira Gomes) o miúdo de Alhandra que venceu a travessia da Mancha. Exemplos com o de Baptista Pereira mostram-nos que com perseverança conseguimos vencer as adversidades. Exemplos como o de Ossétia do Norte mostram-nos que apesar das dificuldades é possível apostar na educação e na cultura como alavancas para o desenvolvimento.»

Obviamente, ninguém reparou...
Hoje deixo outra ideia:

Piscina Municipal Simão Morgado
Quem é este gajo perguntarão?
Um olhar aqui...
gritam-nos que Santa Margarida (Constância) tem um campeão, um gajo que foi baptizado na Igreja de Portela de Santa Margarida da Coutada, cujo pai Isidoro e avô Ernesto, vivem (ou viveram na citada aldeia) o gajo citado participou em dois Jogos Olímpicos... perguntará o actual responsável pelo desporto da nossa autarquia:
E isso que interessa, estava nas listas da CDU?
Pois, se calhar não o convidaram... não sei se seria importante para conseguirem mais votos, seria de certeza importante, para os jovens do concelho * projectarem-se em exemplos de sucesso, seria útil que a alcatrão, o betão, o cimento servissem para algo mais que vencer eleições.
* a propósito disto:
«Este “Post” fez-me recuar 25 anos… e pensar como eram bons os sábados de manhã com o “pessoal” todo junto no parque de Vale de Mestre a ter aulas de Educação Física leccionadas pelo Prof. Franco.
Nesses tempos ainda não existiam técnicos superiores de desporto, mas existiam aulas para a “criançada”, também não tínhamos uma “carrinha” destinada ao “Desporto e Cultura”, mas tínhamos aulas, …muito menos existiam espaços destinados à prática como hoje existem, mas tínhamos aulas….nem me consigo lembrar quem eram os nossos dirigentes associativos e políticos locais, mas tínhamos aulas de educação física…o que se teria passado para hoje termos condições e não termos aulas?»
[Telmo Costa] comentário aqui

544 - por exemplo (parte 1.)

«Em Beslan, Ossétia do Norte (Rússia) morreram mais de seiscentas pessoas, mais de setecentos feridos, a maioria crianças. As notícias que nos chegaram sobre estes acontecimentos não causaram muito impacto. Não percebemos que aqueles 860 alunos saíram das suas casas felizes, vestidos com as melhores roupas, limpos e arranjados e voltaram (os que voltaram) com as roupas imundas, ensanguentadas, sem a perna direita, sem a mão esquerda...alguns sem os pais ou sem os irmãos, todos com recordações amargas. Não percebemos como consegue um estado tão pequeno e pobre (alguns números apontam para 70% de desemprego) planear o início das aulas num determinado dia e fá-lo de facto. Aqueles meninos podiam ser os nossos sobrinhos ou filhos, aqueles pais ou professores podíamos ser nós. Percebemos, no entanto, que um atentado do género, dificilmente ocorreria neste país. Como descobririam os terroristas o dia em que as aulas começam?
No dia três de Setembro quando o trágico sequestro de Beslan teve o seu desfecho encontrava-me na Festa do Avante, ao contrário do que seria de esperar não houve uma única intervenção que condenasse os actos terroristas.
Ir à Festa, nestes tempos é um exercício sociológico muito interessante. Os antigos países de Leste foram apagados, tal como Estaline ia retocando as fotografias à medida que os amigos passavam a adversários. Os “camaradas” passeiam-se embrulhados em “xailes palestinianos” parecendo acreditar que a solução para a Palestina é: “de bombista suicida em bombista suicida até à vitória final”, apesar de completarem a indumentária com calças Levi’s (imperialismo americano!) e com “ténis” Nike (trabalho infantil!).
Os restaurantes, outrora, geridos pelos Centros de Trabalho, foram entregues à iniciativa privada, uma espécie de capitalismo comunista. As convicções deram lugar a adaptações.
Houve, apesar de tudo, uma exposição pela qual valeu a pena ir à Festa, sobre o nadador Baptista Pereira (o Gineto, dos Esteiros de Soeiro Pereira Gomes) o miúdo de Alhandra que venceu a travessia da Mancha.
Exemplos com o de Baptista Pereira mostram-nos que com perseverança conseguimos vencer as adversidades.
Exemplos como o de Ossétia do Norte mostram-nos que apesar das dificuldades é possível apostar na educação e na cultura como alavancas para o desenvolvimento.»




543 - derrotado

A vida é muito mais importante que o pontapé na borracha.
É necessária tranquilidade, viver, lutar pela vida...
... digo eu, que gosto de recordar derrotas.
Não gosto da palavra derrotado, ou então... não

542 - endiabrados

O duplo D não significa: Desgraçados Deficientes... poderá significar: Diferentes Dignos.
Falo de diferença, não no sentido: «ai que bom, eu sou uma gaja do jet-set e tenho vários cães e gatos e um(a) filho(a) diferente... especial, é tão chic *» ; refiro-a como algo que não é semelhante.
Poderíamos definir um cego** (ou um invisual para ser chic) como um gajo que não vê um boi à frente dos olhos, poderemos, também, dizer que é alguém com todos os sentidos (excepto a visão) desenvolvidos ao extremo.
Considero-me um gajo prático, gosto de procurar uma utilidade para cada coisa, os gatos encontro-os úteis a caçar ratos, os cães a conduzirem (rebanhos e pessoas) o pedro a encontrar caminhos... os meus caminhos... outros caminhos ***
Caminhos que nos levem a um destino, provavelmente, colectivo
* não resisti... Eça é que é essa
** referi esta «deficiência» pois é a mais presente no nosso imaginário. «Uma esmola p'ó ceguinho»; «não ter dinheiro p'ra mandar cantar um cego», obviamente, o tema para o qual procuro chamar a atenção é muito mais abrangente
*** aqui

541 - vinte minutos (primeira parte)

dois-zero

segunda-feira, dezembro 04, 2006

540 - o modi

sábado, dezembro 02, 2006

539 - putativo

Procurem por favor o significado da palavra aqui
São José é o putativo mais conhecido... o putativo pai de Jesus, pensavam que era, mas, não era.
Putativo não significa: poderá ser.
Significa: pensamos que é mas não é ... isto a propósito de uma putativa candidatura.
Putativa candidatura, soa bem não soa?

sexta-feira, dezembro 01, 2006

538 - «strange little thing called... blog»

Um gajo tipo normal estaria a dormir, na «night», a comemorar o feriado (que comemora no contexto de uma união, a desunião).
Um gajo tipo eu, carrega em teclas, fundo negro... letras brancas, escreve, partilha ideias.
Que ideias?
O que é um «blog»?
Quem é um «blogger»?
Um «blog» é um devaneio (sim, podem consultar o dicionário... «bloggar» é devanear).
Obviamente... a devanear se vai ao longe.
Um «blogger» é um gajo (ou gaja) [ou não, os ciganos, também, «internetam»] que pensa, não quero generalizar, mas, diria que a maioria dos «bloggers» pensam, alguns pensam e partilham idiotices, enfim antes isso que um lápis... azul (ou vermelho, há quem lhe chame encarnado).
No meu caso, os meus «blogs» são gritos de inconformismo, não gosto das terminações ...ado; encarnado; conformado; atrapalhado; endrominado; formatado; achatado; confortado... revoltado.
Gosto de lágrimas, não de choraminguices.
Gosto de sorrisos, não de gargalhadas.
Gosto de pessoas assumidas, não presumidas.
Gosto de mim, como ponto de partida para gostar das outras pessoas.
Gosto de pensar.
Gosto de pensar o pensamento...

537 - é pau, é pedro (parte 2.)

O meu «e-mail» está repleto de mensagens de apoio, aquilo que era uma brincadeira está a tornar-se incontrolável.
Como gosto de levar as minhas brincadeiras a sério procurei informar-me.
Comparando estes dados com estes constato que Constância perdeu 687 residentes em dois anos a manter-se este ritmo...

quinta-feira, novembro 30, 2006

536 - almeida, antónio almeida

Os Homens, os grandes homens têm medos, angustiam-se...
Quando estiver com o meu primeiro amigo «blogosférico» ofertar-lhe-ei este livro.
Lindo.
O livro, obviamente.
Reparem no menino... vestido com as cores de Portugal e na cabeça a cor vermelha (encarnada noutros tempos)... a cor do barrete que amanhã enfiarão.
É pá, enfiaste um g'anda barrete!
Feliz aniversário, amigo.
(com amigos destes [pensará o Preca])
Há um ano foi assim:

terça-feira, novembro 28, 2006

535 - é pau, é pedro (parte 1.)

"Um governo que rouba de Pedro para dar para Paulo, pode sempre contar com o apoio de Paulo."
George Bernard Shaw

«É um estepe, é um prego, é uma conta, é um conto
É um pingo pingando, é uma conta, é um ponto»
Como nasce um «post»?
Este começou aqui
Lá como cá, sorrio... deve ser isto «a esquerda moderna», Lula, Jerónimo e outra rapaziada.
Falar é fácil.
Às vezes achou que chegou a hora de agir, pintar a cara de preto e criar um «slogan» apelativo para chatear o Saramago e os putativos concorrentes autárquicos:
Não vote em branco

534 - «inginheiros»

Coisas, realmente, importantes.
Enquanto alguns se preocupam com assuntos menores (a visita de Sua Santidade [S.S.] à Turquia) nós, gajos que nos preocupamos com a força de gravidade, o atrito e tal, tentamos perceber a velocidade deste remate.
Ainda não chegamos a nenhuma conclusão diria mesmo que ainda estamos longe ... na medida do possível, acompanharei esta questão, uma das grandes perguntas sem resposta:
- A que velocidade caiu a maçã de Newton?
- Qual a quantidade de H2O no banho de Arquimedes?
- Existirá aDeus?
Para os leitores menos interessados na física e mais interessados no físico, na harmonia e na paz deixo uma ideia para dia 22 de Dezembro.

segunda-feira, novembro 27, 2006

533 - abruptamente

«Se eles tivessem tido um notário, talvez não tivesse havido guerra»

Se vós (notários e publicitários) tivessem lido, talvez (de certeza absoluta) não tivesse havido este anúncio.
A ignorância da História preocupa-me. Aflige-me pensar que, provavelmente, a culpa será nossa (dos historiadores). Temos que nos organizar, levar a História aos notários, aos publicitários... espalhar a palavra.


José Pedro de Oliveira S.

daqui...

obviamente, não poderia estar mais de acordo... como já disse por aí sou ribatejano (voltarei a falar nisto) e touro. Gosto de pegar o touro pelos cornos e dar os «louros» a quem pertencem... a esta malta.

domingo, novembro 26, 2006

532 - futebol jogado de cabeça

Apetecia-me falar sobre a derrota do Chelsea, no entanto, apesar de dois golos marcados pelo Manchester (nenhum da equipa londrina) o resultado foi um empate à Mourinho... um golito marcado, onze a defender e a entrada vergonhosa de mais um defesa aos noventa minutos...
Obviamente não falarei disso, vejam este «génio»:
maradona (ligar o som)
e ajudem-me... será o futebol um desporto colectivo?

531 - diz que era uma espécie de surrealista

Estive à procura deste livro, mas, lembrei-me que está emprestado... não é Paulo?*
Normalmente nesta altura dizem-se frases ocas...
Normalmente nesta altura recordo esta quadra de Aleixo (citada de cor):
«Atrás dum morto em conjunto
Vão sem ninguém lhes dizer
Que não vão lá pelo defunto
Vão para a família os ver»
Família no sentido de sociedade, provavelmente, atrás dum morto... hipocritamente (diria eu).
A minha opinião de Cesariny é coincidente com a dele:
« Sou um poeta bastante sofrível (...) numa época em que o tecto está muito baixo e em que "o surrealismo foi transformado em museu"»
Não gosto quando a morte transforma alguém em génio, não gosto de referências à sexualidade de nenhum falecido, curiosamente, nunca li: heterosexual assumido.
* Paulo, não te sintas pressionado. Devolves o livro quando puderes (eh, eh, eh).



530 - o que nos faz correr? (parte 1.)

Este livro de Shulberg levou-me de volta a um tempo em que as páginas se cortavam com uma faca (esta edição é de 1957, tradução de Francisco Mata). Um tempo em que o gosto da leitura se aliava ao prazer da descoberta, preparar o livro para ser lido, «esfaqueando-o» cuidadosamente, olhar as ilustrações da capa (esta deve ter sido a primeira nota de dólar que vi), curiosamente, lembrei-me desta ilustração ao ver este cartaz de Filipe Abranches.
O livro começa assim:
«A primeira vez que o vi, Sammy não podia ter mais que dezasseis anos. Era um rapaz franzino, espécie de fuinha, vivo e manhoso.»
Pág. 96:
«Só de vez em quando o pequeno dava a ideia de não ter passado ainda dos vinte anos. Assustava pensar no que viria a ser no estado completo de adulto.»
Termina desta maneira (pág. 296):
«A carreira fulgurante de Sammy Glick continuava, brilhante e vibrante como um meteoro. A sua vida era um documento maravilhoso e aterrador que explicava por que motivo ele corria. E um dia eu gostaria de ver esse documento publicado espécie de demonstração do modo como a vida na América pagou os seus dividendos da primeira metade do século XX.».

quinta-feira, novembro 23, 2006

529 - talvez sorrir

Prefiro que elas possam escolher (talvez sorrir).
Quem poderá em consciência dizer que a mulher está a ser verdadeiramente livre quando opta por usar véu ou «burka»?
Estou de acordo com o Tomás porque não fazer na prática o que se defende na teoria e partir de vez para um dos paraísos da liberdade para as mulheres árabes, onde elas podem «livremente» usar «burkas»...

quarta-feira, novembro 22, 2006

528 - mourinho e figo

Os dois grandes culpados deste resultado
Mourinho ao ter dispensado o argentino (a propósito o Chelsea perdeu, vergonhosamente)
Figo ... se estivesse em campo teríamos mais hipóteses de repetir o resultado do Alvalade XXI

segunda-feira, novembro 20, 2006

527 - irmão mais novo


Completa um ano, hoje.

526 - não acredito nos meus olhos

Não acredito nos meus olhos, não ... não acredito.
Ando pelo mundo, caminho pela vida, desacreditando.
Tenho um caderno com uma nódoa no cimo (onde aponto temas para «posts») provavelmente a nódoa representará o pecado original.
O caderno diz: preto (black) em letras brancas e branco (white) em letras pretas e sugere-me para não acreditar nos meus olhos.
Lembro-me na passada semada dum jogador de futebol falar de racismo.
O Pedro (o gajo, também, se chama Pedro) falou-nos de racismo duma maneira fantástica: «chamaram-me preto» disse... acrescentou: «eu tenho muito orgulho de ser preto».
Eu, na minha incompreensão, pergunto-me: «Meu rapazinho [como diria o teu presidente] meu Amigo, meu Irmão [como digo eu] se te chamaram preto e se sentes orgulho em ser preto, onde está o racismo, Irmão?»
Branco, lembram-se deste lateral-esquerdo do F.C. Porto e da selecção do Brasil?
Tinha (tem) um nome lindo: Cláudio Ibrahim Vaz Leal, misto de imperador romano com lealdade, ainda assim ficou conhecido pela alcunha, como ganhou ele a alcunha, perguntarão?
Branco (Claudinho, na altura) jogava num «time» com dez «negrões» (ele era o único branco) os «torcedores» passavam os jogos a dizer: «passa a bola pr'o branco», «corre branco», e Branco ficou, sem choraminguices e com orgulho.
Há, também, outras pessoas que não acreditam nos olhos, passam pela vida (ou a vida passa por elas) com os olhos fechados (ou abertos) mas sem ver, sem ver um boi à frente dos olhos, como se diz no meu Ribatejo... empunhando uma bengala branca ou um cão-guia negro (ou doutra cor, normalmente, Labrador) como se esse cão fosse um lavrador não de terra, de esperança... esperança num amanhã sem negros (niggers) sem pretos (black power), sem brancos, sem ciganos, sem ..., sem ...., sem racismos, sem deficientes, sem eficientes, sem especiais, sem «o raio qu'os parta».
A sociedade que me interessa, pela qual luto é uma sociedade sem etiquetas, mas, com uma única etiqueta: SER HUMANO.

domingo, novembro 19, 2006

525 - quem foram?

Estes senhores, foram, talvez o primeiro sinal de inconformismo na música portuguesa.
Já falei deles aqui e ali.
Talvez noutro dia me apeteça efectuar uma reflexão mais profunda sobre o tema, por hoje direi, apenas, que foram a primeira banda do chamado «rock português» a ter uma preocupação estético-coreográfica (gostam do neologismo?) na senda destes senhores (hoje completamente esquecidos) ou destes...

quarta-feira, novembro 15, 2006

524 - intelectuais e pseudo-intelectuais


O Sr. Dr. Miguel Sousa Tavares n' A Bola de ontem (p.6) para além de muitos elogios a Paulo Sousa e a Jorge Valdano (com os quais concordo) diz o seguinte:
"(...) cada vez que alguém quer diminuir o valor da cultura ou inteligência alheia, trata-a por «pseudo-intelectual»"
"(...) para esta gente todos os que sabem mais do que eles ou pensam melhor do que eles, não passam de «pseudo-intelectuais». O que será para eles, pergunto-me, um verdadeiro «intelectual» - alguém que leu mais de mil livros, viu mais de 500 filmes, visitou mais de 50 museus?"
Pergunto eu:
O que será saber mais?
O que será pensar melhor?
O que será um verdadeiro intelectual?
Alguém que pensa, que se pensa, que pensa sobre o acto de pensar...
Alguém que tem uma profissão e que para além dessa profissão gosta de se ocupar com outras áreas do saber. Alguém que tem prazer em partilhar o conhecimento que possui, que gosta de se interrogar.
Assim intelectual será alguém como Umberto Eco.
Quanto aquilo que será um pseudo-intelectual, Dr. Miguel com a humildade que o caracteriza inclui-se nesse grupo que define assim: "Bem-vindos sejam, pois, o Jorge Valdano, o Paulo Sousa e todos aqueles que, porque insistem em pensar, nos ajudam a pensar também e fazem de nós «pseudo-intelectuais»."

523 - heróis


522 - à procura do título



Estou indeciso.
Tudo bons rapazes?
Crónica dos bons malandros?
Ajudam-me a escolher?

terça-feira, novembro 14, 2006

521 - o tacho

Estou desgraçado...
Se bem se lembram tinha um óptimo «tacho», vão «clicando» para lerem a dezena de «posts», especialmente, o último, dez, como os dez mandamentos.
A fábrica, faliu.
Até sempre, amigo...
Sem ressentimentos (não vou choramingar para os tele-jornais) sou um operário especializado, arranjarei algo...

segunda-feira, novembro 13, 2006

520 - andei por aí

Viajei (não na minha velhinha «acelera» negra) por aí.
Descobri coisas fantásticas como esta:
Há malta que vem direccionada para este excelente «blog» (quando digo excelente refiro-me dentro do género «blogs» de Santa Margarida) após pesquisar a palavra: floribela [que eu fiz questão de escrever só com um l para não gerar confusão].
Meus amigos, este «post» é sério, eu sou um gajo sério... (pode ser que alguém acredite).
Enfim, também, encontrei pessoas com bom gosto:

quinta-feira, novembro 09, 2006

519 - o deve e o dever

Há dores que não se dizem, há dores que não se escrevem.
Na vida, na nossa vida há dores que não contamos, há, também, momentos felizes que escorrem do nosso corpo e não conseguimos conter.
Um livro antigo comprado na Ladra, há muito tempo ... palavras que falam na Dores e no marido da Dores (o 31, o problema, portanto).
Supostamente, tudo foi PAGO, veremos ... esta não é a última página do livro.

518 - ... caminhais liberto


Instruções:

- ligar o som
- «clicar» aqui
- ler isto

Confesso que às vezes sinto-me um bocadinho impositivo, aquilo que as minhas imposições têm de bom é que as pessoas podem sempre «escolhê-las» (entre aspas, pois, as imposições, excepto as minhas, nunca são escolhas) .
O que tem o cavaleiro monge a «haver» (para utilizar uma expressão da moda) com o São Martinho?
Curiosamente a ideia para este «post» surgiu-me neste.
Mariza e Mafalda... Quino e Pessoa?
A mesma mensagem:
A nossa vida depende de nós

quarta-feira, novembro 08, 2006

517 - cavalo que me derrube

Na minha busca por conceitos que me permitam enunciar factores de diferenciação constituintes ou melhor integrantes de uma identidade ribatejana encontrei o cavalo.
Não um cavalo qualquer, o cavalo.
O cavalo de jogo.
O xadrez está para as pessoas que gostam de pensar como o euro-milhões está para aqueles que julgam que o dinheiro lhes resolveria todos os problemas.
O xadrez é o jogo com maiores preocupações sociais que conheço, pode começar-se peão e acabar-se rei (ou rainha) pode ser-se cavalo e mesmo assim comer a rainha, enfim...
Muitas potencialidades num jogo que é o jogo da vida umas vezes com as pretas outras com as brancas, movimentando-nos em circuitos pré-determinados mas podendo escolher...
não é o fim, nem o princípio do fim, é o fim do princípio