segunda-feira, março 31, 2008

1261 - «personal trainer»




O Bloco de Esquerda que é uma espécie de Igreja Católica, com opinião e solução para tudo.
Explica-nos (como é que ninguém tinha pensado nisso?) como podemos transformar o sacana do cachopo malcriado, o Zé que vemos na primeira imagem no envernizado cavalheiro delicado, o Bernardo que vemos na segunda.
Um homem um voto, dizia-se...
Um aluno/a (preto/a, branco/a, cor-de-rosa/o) um professor (preto/a, branco/a, cor-de-rosa/o) diz o Bloco... diz Ana Drago: para fazerem o acompanhamento individual dos alunos, os professores têm de ter a possibilidade de olhar o seu percurso escolar
Ana (aquela) não sabe que o essencial é invisível aos molhos, quando se juntam os cachopos malcriados da UDP com os cavalheiros delicados da Política XXI dizem-se e assumem-se disparates, o que pensará Mário Tomé de ver a antiga UDP (maoísta) a condenar a China?
(obviamente, são questões que não interessam ao pseudo-jornalismo que temos...)

domingo, março 30, 2008

1260 - gajo que já foi gaja está grávido

Bem sei que Thomas é o grávido que está na moda.
Para alguns leitores menos familiarizados com a escrita chinesa, este blog está em condições de afirmar que já na década de setenta do século passado os homens chineses eram ameaçados que se pretendessem ter mais que dois filhos, o terceiro tinham que ser eles a carregá-lo no ventre.
Comparado com esta violência (milhares de chineses terão sido obrigados a engravidar) hoje aqui revelada pela primeira vez no mundo ocidental, uns palermas duns monges vestidos de laranja, a levarem uns açoites é uma brincadeira de crianças.

1259 - papá

Bem sei que é triste um gajo quase com quarenta anos dizer: papá e mamã, enfim no mundo em que cresci os pais, os professores, os senhores e as senhoras mais velhas não se tuteavam.
O meu papá nasceu numa terça-feira há setenta e um anos, hoje teve uma boa prenda de aniversário.

1258 - tipo entrevista: antónio boronha

http://antonioboronha.blogspot.com/
Conheci António Boronha através deste comentário que linkava para o santamargarida.
A partir daí comecei a frequentar um blog irónico e com um humor especial.
O blog de Boronha é, também, muito bem informado sobre futebol, um blog com História e com estórias.
Nesta entrevista concedida em 06 Junho 2006 à Região Sul ficamos a conhecê-lo um bocadinho melhor.
1. Caro António Boronha descobrimo-nos graças ao Oliveira e ao alho, acha que existem muitos cozinhados no futebol?
Já existiram mais.
Hoje os ingredientes são mais caros e mais escrutinados...não, necessariamente, pela asae.
Quanto ao período das descobertas, a si, como historiador, recordo-lhe que o oliveira, para mim (não tanto) como o bacalhau,...quéralho!
2. O meu post 1228 chama-se: a importância do nome.
Para si o nome é importante? Será indiferente chamarmo-nos (ou chamarem-nos) Nani, Neca, Deco, Lecas, Bibi... o ponto é este, sendo o futebol uma indústria, sociedades anónimas cotadas em bolsa fará sentido dizermos que um dos nossos activos se chama Neca?
Começando pelo fim. Do Neca, não poderemos dizer, propriamente, que é, ou está no, activo. Aliás, só o vi activo uma noite. Quando, em Macau, foi para a galdeirice com o Tó Oliveirinha e com o...como é que é o nome dele?...um gajo, guarda-redes, que levou um golo do meio campo, de um defesa belga???...Esse.
Voltando ao tema, sendo o futebol uma indústria, convém que se chamem, todos os seus principais intervenientes: Cristiano Ronaldo, José Mourinho e Pinto da Costa... outros nomes vendem muito pouco, nos dias de hoje.
3. Esse, esse... será um que passou pelo Benfica e pelo Porto e estará (ou não) a caminho de Milão?
(entre parêntesis, literalmente, nunca percebi o que é que o Mourinho viu no Silvino...louro? nem isso.)
4. Deixou definitivamente o futebol ou tal como o 007 acha que: never say never again (nunca digas nunca)?
Como dirigente? Deixei, sim, definitivamente, o futebol.
Ex-futuro, proto, putativo, na condição que (me) queiram dar.
Digo, com muito mais segurança do que a do ministro Mário Lino: Futebol? Jamé!
5. O estádio do Algarve poderá ser rentabilizado de algum modo ou só para as finais da Taça da Liga e para os jogos do Estoril com o Benfica (se o Estoril subir de divisão ou se o Benfica descer)?
Quanto ao Estádio do Algarve, rentabilidade económica? viabilidade desportiva?... Muito sinceramente não creio que tenha alguma.
Gostaria de poder fazer humor, acrescentando: sobretudo depois do José Veiga ter saído do Benfica e, essa equipa, ter deixado de jogar para títulos.
Devo dizer, com mágoa, que sem Farense...não há Estádios Algarves. Sobretudo, em Faro.
6. Como blogger, visita, apenas os blogs que referencia ou às vezes motivado por um comentário ou por uma pesquisa descobre blogs que o surpreendem? Como vê este fenómeno da blogosfera?
Sou um procurador de notícias. Sempre o fui.
Aliás, descobri a blogosfera , em 2002, muito antes de ter iniciado (em resposta a um desafio do meu filho mais novo, com 13 anos na altura) a minha intervenção activa como produtor de textos.
Continuo a ser um consumidor inveterado de informação. Confesso que ainda não dispenso, completamente, os suportes em papel (principalmente os desportivos) e os televisivos, tradicionais. Mas é a net que me leva mais longe e muito mais depressa. Via blogs, portugueses e estrageiros, visitados numa rotina sempre diferente, devido à minha indisciplina; e através dos media online, europeus e norte americanos, ditos de referência. Por comentários, por blogs, googlando, uma cereja a puxar outra...tenho chegado aos sítios mais incríveis. Nem todos interessantes.
Concluindo: acho-me capaz de viver sem telemóvel.
Sem a blogosfera? Não!
7. Para terminar... este episódio da indisciplina escolar tem algum paralelo com a indisciplina desportiva? Deveria o Ministério Público intervir, também, na agressão de Bruno Alves a Jorge Gonçalves ou na de Karagounis a Anderson na época passada?
Por último, a indisciplina?...
Tenho uma forte costela anarca. Nunca fui um menino dito bem comportado mas abomino três tipos de pessoas: as violentas, as malcriadas e as, excessivamente, burras. Se os exemplos que me põe, na área do futebol, mereceriam a intervençâo do MP?...Não.
Dos dirigentes e técnicos dos infractores?...Sim. Exemplares.
Nota: Julgo que quis referir o Katsouranis. Quem se pode queixar do Karagounis é o Ricardo e, se quiser, embora não deva, o Scolari.
8. Foi a primeira entrevista que deu a um blog?
Se foi a primeira entrevista a um blog?...Penso que sim mas não estou certo. Já me desafiaram por mais do que uma vez mas por isto, aquilo, ou porque não estava para aí virado, creio que nunca dei.
Foi com gosto que colaborei e de uma maneira expontânea.
Como sempre, na vida, procuro dizer aquilo que penso, embora não me dispense - nem sempre o consigo - de pensar aquilo que digo.
Um abraço e bom domingo.
Obviamente (como diria o Rui Santos) o santamargarida agradece a António Boronha, ao blogger, não ao ex-presidente do Farense ou ao vice-presidente da Federação Portuguesa de Futebol, pela disponibilidade que mostrou, somos o que somos e não os cargos que ocupámos.
Ao lerem a entrevista com atenção reparam que o palerma do entrevistador se engana, Karagounis em vez de Katsouranis (estávamos a fazer a entrevista em directo à uma e tal da manhã) o entrevistado corrige-me com subtileza, o que me faz pensar que me incluo nas pessoas burras mas não excessivamente.
Um grande abraço para o António e julgo que estas entrevistas não podiam começar melhor futebol e blogosfera.

sábado, março 29, 2008

1257 - obviamente

Julgo que terei sido o primeiro cidadão a defender isto.
É óbvio.
A república está, como está, precisamente, porque um primeiro-ministro dialogante, se ter/ter-se (vou começar a treinar o acordo) apresentado ao país a choramingar [depois de perder umas autárquicas]... são todos uns maus, isto é um pântano, chuif, chuif e já não brinco mais.
Logística e economicamente não existe nenhuma razão para isto não se concretizar, veremos então se existirá capacidade para relevar o interesse do país ou se nos será revelado que o interesse dos PP (partidos políticos) prevalecerá.

sexta-feira, março 28, 2008

1256 - «competentia»

Há quem a possua.
Com muito trabalho e sacrifício, preparam-se a tarefa que irão realizar. Medem as consequências daquilo onde se vão meter e quando, finalmente, actuam, fazem-no com profissionalismo e eficácia.
Outros procuram os culpados no exterior, em vez de reconhecerem os erros próprios refugiam-se nos processos judiciais.
(a partir de uma notícia de um diário de hoje, mais logo retomarei o post)
A história que vou contar não m'a contou uma certa velhinha, lia-a na pág. 14 daquele jornal.
Dinis Pinto tem 61 anos, é proprietário do café Pintainho Dourado em Presa, Ílhavo. O café que funciona, também, como mini-mercado foi assaltado quatro vezes desde Setembro, da última vez, no início desta semana, Dinis estava preparado, já desconfiava do meliante, esperou até o apanhar em flagrante a mexer na caixa registadora... agarrei-o, deitei-o no chão (...) dominei-o até vir a GNR, que demorou uns dez minutos (recordo que Dinis tem 61 anos).
Como termina esta história?
O meliante (o jornal chama-lhe suspeito) depois de ter sido interrogado no posto da GNR de Ílhavo e no tribunal local saiu em liberdade.
E Dinis?
Dinis levou com um processo judicial apresentado pelo meliante (o jornal chama-lhe suspeito) por agressão.
A partir de uma notícia escrita por Pedro Emanuel Santos
post terminado em 2008.03.29 pelas 07H30

quinta-feira, março 27, 2008

1255 - «vida privada não existe numa sala de aula com 30 alunos»

Não gosto da igualdade das casas caiadas de branco, da igualdade cinzento-maoísta, olivo-castrista, da igualdade azul-rolãopretista, não gosto de Revoluções “A Revolução, antes da conquista do Estado, era já um Estado face ao Estado. Tinha uma bandeira, uma orgânica, uma administração e um uniforme: a camisa de combate. Foi assim que por toda a parte surgiram organizações políticas envergando camisas de combate. E tanta diferença ideológica haveria entre uma «camisa azul» portuguesa e uma camisa castanha nazi, como entre uma camisa vermelha comunista e uma camisa verde da Federação Anarquista Ibérica. De comum entre quantos vestiam camisas de combate havia apenas um propósito, o de ocupar o Poder pela acção revolucionária”
Gosto do poder do povo e para o povo, gosto da democracia e de uma sociedade de indivíduos (não um elite de gajos e gajas com cartões partidários que pensam e decidem por nós e um rebanho que lhes faz uma cruz à frente).
Eu, tu, ele/ela, nós/noz, vós/voz, eles/elas.
Cada um de nós não é uma noz, nós somos uma voz que terá de ser ouvida, cada um de nós com direito à nossa privacidade, ao nosso pensamento, às nossas convicções, sujeitos entendidos e não sub-entendidos.
Não o disse ainda, di-lo-ei (di-lo-ei?) agora, aquilo que mais me «chocou» no episódio do telemóvel versus gabardine foi a ausência de liderança, onde estava o/a delegado/a de turma?
Fui-o e sei que numa situação daquelas ter-me-ia (ter-me-ia?) levantado e do alto dos meus 172 centímetros diria:
- Inês, senta-te, eu falo com a s' tora
- S'tora peço desculpa em nome da turma pelo comportamento da Inês mas isto fica entre nós e creia-me ela perceberá que teve um comportamento incorrecto. Eu fico com o telemóvel da Inês e dou-lho lá fora, está bem?
- Claro que está bem, Pedro, és um verdadeiro líder, um dia vais ser dos melhores bloggers de santamargarida...
- Obrigado, s'tora, apenas, fiz a minha obrigação, foi para isto que fui eleito pelos meus colegas.
- Vá meninos, vamos retomar a aula, já perdemos muito tempo....
Faltou ali um Pedro, sobrou ali um/a palerma com um telemóvel filmativo.

1254 - morgado, simão morgado

Simão Morgado nadou a distância em 53,14 segundos, melhorando bastante o máximo que já lhe pertencia desde os Jogos Olímpicos de Atenas 2004 (53,53), terminando em 13º lugar nas eliminatórias e atingindo os mínimos B para Pequim 2008, cifrados em 53,49.
O “capitão” da selecção lusa, de 29 anos, tornou-se o oitavo nadador a obter a qualificação (ainda que provisória) para os Jogos Olímpicos da capital chinesa e apenas o quinto português a marcar presença em três edições consecutivas da competição.
Obviamente, este post não deveria ter sido escrito, que se lixe Simão... como diria um ilustre comentador deste blog: são mais as marés que os marinheiros.

1253 - uns gostam de falar no sexo dos anjos outros de fazê-lo


Enquanto uns fazem blá, blá, blá...
Outros fazem ah, ah, ahhhhhh...

quarta-feira, março 26, 2008

1252 - coisas, realmente, importantes

(...) a imprensa lisboeta já se atirou (...) ao destino do (...) Quaresma, como pittbull [sic] à garganta de uma criança.
Às vezes temos de ser sinceros, quem sai aos seus... aquela frase é Sophia (ou talvez não) a poesia consubstanciada em letras que aninhadas formam palavras e frases cheias de significado... ao destino, como pittbull à garganta de criança...
Conheci o Ricardo Quaresma há cerca de três anos (...) o Co Adriaanse tinha deixado o Quaresma no «banco» [sic]
Primeiro o respeito, é muito bonito e eu gosto.
Digo o Cavaco mas não digo o Paulo Bento, digo o nosso treinador, Sr. Paulo Bento tem um corte de cabelo magnífico.
Co foi um homem com agá grande (H) morreram-lhe o pai e a mãe e ele continuou vertical, azul e branco e venceu um campeonato.
(...) a discussão na mesa, entre uma dúzia de portistas ali reunidos era (...) que o Quaresma não defendia, que era vaidoso, indisciplinado, individualista(...).
E eis [sic] que se chega à mesa um outro portista (...) e me vem dizer ao ouvido [sic] que (...) Quaresma (...) me queria falar. E lá fui sem dizer nada à mesa.
Ò Miguel fizeste bem, pá.
Já tentei conversar com algumas mesas no Porto e nunca me dão resposta, parece que estudaram todas na Carolina Michaëlis, as mesas no Porto são muito mal-educadas, não disseste nada à mesa e fizeste bem.
Encontrei-o [ao Quaresma] como se tivesse vergonha do mundo (...) blá, blá, blá agradeceu muito e tal...
Mas impressionou-me tanto a sua humildade, o seu ar de criança (...) [o ar de criança devia ser dos brincos, da crista e das tatuagens] que não resisti a pedir-lhe que viesse comigo até à mesa (...). Ele foi [sic] e demorou-se uns minutos
O presente e o passado.
Pedi-lhe que viesse, ele veio...
Pedi-lhe que fosse, ele foi
Pedi-lhe que viesse, ele foi, soa-me a: pedi ao gajo para vir cumprimentar os meus amigos à mesa mas o sacana foi, foi-se embora e mandou-me à mer**
falas de Miguel Sousa Tavares a azul bebé
falas de Pedro a negro, escuro

terça-feira, março 25, 2008

1251 - no education nem mentes controladas


Cada um de nós resulta d'um gajo cabeçudo mas c'uma cauda muito grande que ultrapassou todos os outros e foi o primeiro a chegar.
Cabeçudos e cuzudos é esta a nossa essência.
Uma cabeça para pensarmos e um cu que serve para nos sentarmos, fazermos barulho e termos medo (quem tem cu tem medo, obviamente).
Disse Scolari: Bunda grande, não...
Actualizando Ortega y Gasset: yo, sou yo, mi bunda y mi circunstancia
Nasci em 1968, antes de Maio, sentei-me pela primeira vez numa cadeira escolar em Outubro de 1974, meia dúzia de anos, muitas dúzias de sonhos.
Olho para os comentários ali para baixo e suspiro, um gajo como eu nunca poderia ter 21 anos e uma licenciatura.
Nunca chumbei nenhum ano, neste blog não se usa a mariquice: ficar retido, as minhas desculpas... o eufemismo: ficar retido.
Recapitulando, 6 anos + 12 = 18 + 4 (licenciatura) = 22.
Chateado, pensei, já que a república me obriga a aprender a matar, antecipo o serviço militar obrigatório e depois logo se vê.
Assim era, assim fui.
Bem sei que muitos se esconderam atrás do vou estudar e tal, vou pedindo adiamentos, alguns encontrei-os lá na Entrada Para o Inferno, a chorarem saudades da mulher e dos filhos, a admirarem-se, tens 18 anos, Pedro e estás aqui...
A minha educação fez-se, com os meus pais, os meus avós, os meus irmãos, os «meus padrinhos» retornados de África, homens e mulheres que encontrava nas caminhos e nas estradas com pó (no Verão) e com lama (no Inverno) por onde empurrava pneus e carros de rolamentos, depois chegou o Partido Comunista Português, asfaltou todas as estradas, caiou todas as casas de branco (continua a distribuir cal), asfaltou-nos e caiou-nos, educou-nos e instruiu-nos, não a todos, não a todos...
Por isso digo não aos totalitarismos, aos bufos, aos cidadãos normalizados, por isso compreendo o grito de revolta daquela pobre criança que não queria o telemóvel nacionalizado pela professora, porque sou produto de Maio de 1968 e de Abril de 1974, sou pela liberdade, contra os totalitarismos, contra o pensamento único.
Pela liberdade...

1250 - simply the best

De bestial a besta.

1249 - coisas que envergonham a república

A novela da vida real.
Estreia na TVI um novelo passado em Moçambique, por coincidência por estes dias passeia-se por Moçambique um certo filho de gasolineiro (como diria o Daniel Oliveira) com a mulher, os netos, o Eusébio e o Queiroz.
Tudo corre pelo melhor, no melhor dos mundos possíveis, nós por cá todos bem, vamos discutindo os dotes cinematográficos duma criança que com a cumplicidade da comunicação social divulgou umas imagens que colheu sem autorização.

1248 - serviço público

Uma boa notícia.
Gajos como eu preferem ler o jornal em papel, sentir o cheiro, acariciar as páginas, ver as fotografias, os mapas, os suplementos e tal... confesso que perco pouco tempo a ler jornais na net, na net leio, basicamente, blogs.
Considero, no entanto, acertada esta atitude do Público, fundamentalmente, pela circulação de leitores entre blogs e o jornal on-line, palpita-me que a ferramenta do Público (salvo seja) vai ser manuseada (salvo seja) por outros jornais em breve.

domingo, março 23, 2008

1247 - o outro lado da festa

Estás aí numa fotografia...
Fui ver, era eu, com menos 25 anos, com menos 25 quilos, com mais 25 centímetros.
A festa, as festas servem para nos confrontarmos com o nosso passado, com as amizades que fizemos, com pessoas importantes.
Estas festas vou lembrá-las graças ao Manel, vejo-o pouco, agora. O Manel foi meu colega numa equipa de futebol de salão chamada: Sempre Prontos, vestíamos de azul e branco e éramos de Malpique (eu era estrangeiro).
Um dos camaradas dessa equipa não o encontrarei jamais, o Manel abracei-o hoje (lembrei quando o tratavam, carinhosamente, por preto) essencialmente, gostei do menino que me sorriu e estendeu a mão, cumprimentei-o, claro, é o meu filho (disse o Manel) [já tinha percebido, não há muitos Obamazinhos em Santa Margarida].
Gostei muito da atitude daquela criança, se é amigo do pai é para cumprimentar (pensou) não esperou que lhe dissessem, mostrou iniciativa e educação.
Aquele menino é a prova que não são necessários telemóveis, nem i-pods, nem portáteis, nem roupa de marca para ser educado, o Manel mostrou-me que não é necessário ser-se loiro ou ter um cartão de crédito dourado para ser um bom educador.

1246 - ponto de situação

1. O post 1243 será reposto depois de, devidamente, enquadrado. A familia Cabral Moncada é uma das famílias tradionais de Constância com nome de rua e tudo, logo como o post e os comentários estavam a tomar uma caminho que fugia à intenção inicial foi suspenso mas voltará a estar visível.
2. Os comentadores são livres de comentarem e apagarem os comentários, caso pretendam que os mesmos desapareçam sem deixarem rasto poder-me-ão solicitar essa remoção definitiva por e-mail
3. Parabéns ao Vitória Futebol Clube (não confundir com Vitória Sport Clube) pela conquista da Carlsberg Cup.
4. Parabéns a Simão Morgado será, provavelmente, um dos poucos atletas mundiais a estar presente em três Jogos Olímpicos consecutivos.
5. Boa Páscoa e Boa Viagem.

sexta-feira, março 21, 2008

1245 - uma conduta afastada do real (do dia da poesia, por exemplo)

O dia disto e o dia daquilo.
bloggers que são Retratos em Movimento.
Dia da Poesia, poemas...
Dia dos namorados,
O Amor em Visita, lamechices, beijinhos grandes
Detesto dias de...
Sou-me, nascido em 1968,O Bebedor Nocturno...
Cobra & etc.
Bebo e alimento-me de palavras
Poemas compacto de Vocação Animal
Fotografias e vozes, Photomaton & Vox, para dar mais style
Os Flashs e As Magias Do Mundo
Eu e a minha circunstância
A minha Última Ciência
A ciência de com A Cabeça entre as Mãos
Dar-me ao Luxo, de recriar O Corpo e a Obra
O corpo é exagero, certamente
A obra sim
Estas palavras baralhadas
São palavras de Herberto
Ricas, as dele
Pobres, as minhas
As minhas são como olharmos uma colher
(vemo-nos de cabeça para baixo)
Antes de colocarmos A Colher na Boca
As dele
São límpidas e puras como as cores do arco-íris
post 1239 alterado

1244 - a santa e a cabra

Brevemente neste blog:
1248- as sinistras mãos de fátima
1249 - uma cabra chamada hillary
(brevemente, é como quem diz...)

1242 - o lápis azul

Os leitores da minha provecta idade lembrar-se-ão, certamente, dos tenebrosos tempos do lápis azul, tempos em que as criancinhas não podiam dar pancada nos professores, tempos em que os professores não podiam chamar pu** à ministra, felizmente, matou-se o Rei, veio a república e a liberdade.
Em 2010 comemorar-se-ão 100 anos de liberdade, não é?
Este post é sobre literatura e problemas técnicos de edição, um autor que nos pede para não comprarmos a sua obra, se é marketing, resulta muito bem, vou já a correr, tentar comprar esta edição antes que seja retirada do mercado.

quinta-feira, março 20, 2008

1241 -a diferença entre uma cotovelada na face e um pontapé a centímetros da cervical

Olha sabes uma coisa!!??Quando é com o FCPorto toda a gente fala, mas quando é com os outros metem o rabinho entre as pernas.. Essa é a verdade...Pois porque o Cardozo tambem mericia ser castigado e ninguem fala nisso. Pois e agora não dizes pois não?Então cala-te, que é isso que devias ter feito antes de publicares isto..O Benfica e o Sporting têm jogadores tão faltuosos como o Porto e ninguem fala neles...Parém de deitar as culpas das más exibições dos vossos clubes para cima do Porto...Pois ele dos grandes é o único que sabe jogar futebol..Até o Guimarães joga melhor do que o Benfica e Sporting...Se não quer ouvir coisas destas deixa de implicar com os jogadores dos outros clubes.. Bruno Alves é dos melhores defesas do campeonato português, e vocês todos têm inveja...Inveja sim, dor de cotovelo... Quer mais?Espero que não..
http://santamargarida.blogspot.com/2008/03/1234-br-huno-alves-o-brbaro.html
Infelizmente não é só Dani a defender o br-huno, dois conceituados treinadores, Fernando Santos, despedido após a primeira jornada e Jesualdo Ferreira, despedido após uma vergonhosa derrota com o Gondomar em pleno estádio da Luz, eliminado no Dragão pelo Atlético e eliminado pelo Desportivo de Fátima, estes dois conceituados treinadores, dizia, também, louvam hoje no Jogo o profissionalismo e a atitude do br-huno.

1240 - a culpa e a desculpa


Gosto de me pensar como um filósofo de sofá.
Há os treinadores de sofá que no sábado à tarde assobiam, na quarta à noite acenam com lenços brancos e na segunda à noite, gritam: Viva, Pau... Pau... Paulo és o melhor treinador do mundo (e com o penteado mais fixe).
Há uma frase que define a filosofia, esta: força moral e elevação de espírito com que o Homem se coloca acima dos preconceitos, poderia acrescentar, ainda: amor ao saber, não o faço, obviamente, o amor é coisa de gaja e se atentarmos na primeira frase vemos que a filosofia é coisa de Homem com força moral e elevação de espírito, palpita-me que os governadores de Nova Iorque [para os leitores que dizem: blogue e poste, New York para os leitores comuns] não são filósofos.
A minha filosofia diz-me que amar e amargar andam de mãos dadas, no pain, no gain.
Prof. Alves Jana, nunca foi meu professor mas eu fui seu aluno.Pode parecer uma palermice o que escrevi mas não.Naquele tempo (há muito tempo) não existiam aulas de substituição mas existiam alunos interessados (era o meu caso).O professor tinha fama... «o gajo sobe para cima das mesas», «olha-nos de uma maneira que parece que nos hipnotiza» dizia-se, diziam-me colegas.Um dia lá fui assistir a uma aula, pedi autorização e entrei, como quem vai ao cinema ou ao teatro.Não desaproveitei o tempo, lembro (julgo lembrar-me) que fez o número de subir para a secretária e de falar de contexto e de pregar quadros à parede e tal...Ganhou um leitor para o novo «blog», no entanto, esta catalogação de crianças remete-me (remete-nos?) para uma questão que já debatemos... a questão da responsabilidade individual e colectiva.Gostei da ler este «post», dá-me razão (eu gosto de ter razão) o colectivo é a soma de comportamentos individuais, confrontando as lideranças «amansa-se» o grupo.Gostei do modo como agiu, contrariando os seus próprios princípios, aquelas crianças são fruto da sociedade onde foram criadas e têm de ter liberdade e tal...
Este comentário originou vários posts:
Também, me ri...
Aqui chamo a atenção para o meu comentário (se necessário voltar a reler o post que dera origem ao confronto de ideias).
Eu afirmo que o homem é, em cada momento, produto essencialmente de duas coisas: o seu património genético, estável, e a sua história pessoal, em contínua evolução. E defendo que a sua história é resultado de quatro dimensões: o seu património genético, o seu meio ambiente, físico e social (a eco-formação), a acção de outros próximos e significativos (a hetero-formação) e depois, só depois, a partir de e por dentro de aquilo que a história pessoal fez do indivíduo é que este ganha autonomia e poder sobre a sua história pessoal (a auto-formação). E defendo ainda que, em cada momento, cada um de nós é um elemento num todo sistémico e que, por isso, o nosso comportamento depende em grande parte do sistema e depois, conforme o poder de autonomia e resistência de cada um, dele mesmo.
Caro professor é impossível rebater isto, eu sou sportinguista, sei muito bem que a culpa é, principalmente, do sistema e depois, individualmente, de cada um dos protagonistas.
Ortega y Gasset dizia o mesmo mas colocava a tónica no Eu, eu e a minha circunstância.
Ora aconteceu que o meu comportamento veio ao contrário do que era previsto: «- Coitados, eles são bons mas a malvada da sociedade faz com que sejam uns indisciplinados...»A tese de Pedro Oliveira parece (digo: parece) ser ao contrário: Malvados, eles são maus mas a boa da sociedade mete-os na ordem...
A minha tese não era essa. A minha tese e a do padre Américo é que não há maus rapazes, mas ao contrário do padre Américo (e do prof. Jana) acredito que há rapazes e raparigas com maus comportamentos, com comportamentos incorrectos e que é aos pais primeiro, à sociedade em segundo e aos professores em terceiro que compete corrigi-los.
(não estou a falar de tatuagens, nem de piercings, nem de beijinhos nos intervalos, obviamente)
Contra?!?!
Dito de outro modo, eu procuro estar não contra os meus alunos, mas contra aquilo que os ameaça. E ajudá-los a perceber isso mesmo.Nem sempre consigo? É claro que não.
Teorias - 3
O comentário de Pedro Oliveira, que aqui abordei já em duas entradas, merece mais algumas notas. Fiz uma primeira análise. Mas é necessário dar-lhe continuidade. Porque...Ele tem um lado positivo.Na verdade, reconheço que tem havido uma linha de actuação de complacência com o desleixo, a infantilidade tardia, a preguiça, a falta de educação, a ignorância militante...E se a aposta no "tudo é a vontade do aluno" é pura ideologia, também esta atitude de complacência é outra ideologia: "coitadinhos, eles não têm culpa, deixa andar". Nada sustenta esta posição, senão também a demissão pura e simples. E também neste caso com o aluno a ser a vítima da demissão. A voz de Pedro Oliveira é, pois, de denúncia desta política pedagógica.Só que um erro não se corrige com outro erro.Mas a palavra de Pedro Oliveira tem ainda uma outra - grande - razão de ser. De facto, a vontade não é uma realidade originária, que possa ser exercida a partir do nada. Se não for educada, se não for desenvolvida, se não for treinada, não existe como potencialidade de acção. Ora, muita da nossa pedagogia tem esquecido isto, tem descurado o trabalho de "educar a vontade". Eu sei que esta própria expressão cheira a bafio, a ranço. Porque diz a moda que isso não se faz. Mas, se não se faz, devia fazer-se. E é isso que XX exige. E com toda a razão. A vontade, não sendo o recurso dado à partida, só pode ser formado ao longo do percurso. Mas só pode ser formado se for estimulada a sua formação.Costumo dizer explicitamente aos meus alunos: Quem faz tudo o que quer, dentro em pouco não consegue fazer aquilo que quer. Ou melhor, nem sequer consegue querer.É disto que nos fala a voz denunciadora de Pedro Oliveira. E nisso tem razão.Contudo, parece-me haver dois pormenores que esquece:- que só temos o direito de exigir o que pode ser dado;- que a razão da nossa actuação mede-se pelos seus resultados.Mas, aí, tudo se joga no campo de cada caso concreto.E nunca teremos a certeza da medida em que temos ou não temos razão.
Os leitores que vão passando por aqui sabem que me sinto estimulado (salvo seja) com o confronto de ideias e com trocas de opiniões.
Alves Jana é um homem inteligente e um professor preocupado com os alunos e não, apenas, com o dinheiro que lhe é creditado na conta por volta do dia vinte de cada mês, acredito que, também, não se sinta melindrado por ser avaliado. Ele próprio «auto-avalia-se» e permite que estranhos (eu) o avaliem, em vez de choramingar, indignar-se ou passear cartazes, argumenta e contra-argumenta, possui ideias próprias e partilha metodologias, bom seria que cada um daquele cem mil manifestantes fizesse o mesmo.

quarta-feira, março 19, 2008

1239 - mas o melhor do mundo são as crianças


(...) algumas pessoas são boas

1238 - há filh*s sem pais, há pais sem filh*s

Há os que lutam, há os que não desistem de lutar.
Esperemos que para o ano este caso esteja esquecido e que a menina esteja, finalmente, com o verdadeiro pai.

segunda-feira, março 17, 2008

1237 - a minha terra, a nossa terra

Quando escrevi ali em cima agir na terra, pensei em atitudes como esta, ou esta...
Kennedy, terá dito algo como isto; ask not... não perguntem o que a América pode fazer por vós, interroguem-se [tipo olhem bem para o vosso íntimo e descubram] o que podeis vós fazer pela América.
Pedro Oliveira achou que podia colocar um traço negro com fita isoladora.
João Pico achou que podia cortar uns ramos.
Pedro Marques achou que podia fazer umas queixinhas.
Nós, cada um de nós, somos as atitudes que tomamos, comendo comida indigesta, ligando palavras, pessoas, mundos, universos, mostrando aos outros o que antes estava escondido, choramingando, fazendo queixinhas...

1236 - tenho uma lágrima no canto do olho


Três anos, camarada.
Há quase três anos que achei que nambuagongo era um bom título para um post, no meu dia (sabes que que curto uma beca o patrício, não sabes?) lanças um livro verde e branco, como a Irlanda, como o Sporting, da cor da esperança e da paz.
A nossas cores, camarada, as cores dos que acreditam num Portugal branco-paz, azul-céu e verde-esperança...


1235 - pactrice day


domingo, março 16, 2008

1234 - br-huno alves, o bárbaro

A barbárie.
Há barbárie no Futebol.
Ontem foi, apenas, mais um pontapé que poderia ter ceifado uma vida, uns centímetros de diferença e estaríamos a lamentar mais uma morte dentro das quatro linhas.
Vejamos como um adepto do FCPorto viu o lance:

sábado, março 15, 2008

1233 - a asae dos pipis

Brevemente o governo vai ter de criar uma polícia para ir à escola investigar os pipis (não, não estou a falar de culinária).
Brevemente voltarei a este pertinente tema...

sexta-feira, março 14, 2008

1232 - nem boa, nem má, contornável


quinta-feira, março 13, 2008

1231 - fugiram do paraíso, se fueron sin decir adiós...

1230 - cego, bem, quase cego

Um gajo chamado Paterson (pai e irmão).
Nascido em Nova York em 1954, Paterson sofreu, quando criança, uma infecção que o fez perder a visão em um olho e afetou severamente a capacidade do outro, mas desde pequeno negou-se a estudar a linguagem em Braille.
Já o Expresso não faz a coisa por menos, cega o gajo e pronto.
Continuo a lidar mal com os moralismos americanos, prefiro um governador que goste de confraternizar e conviver com outras pessoas a um presidente abstémio e crente que só faça mer**.

1239 - um menino chamado pereirinha

Foi bonita a festa, pá.
Três meninos abraçados, Adrien (19 anitos), Bruno (20 anitos) e o capitão João (21 anitos), três meninos orientados por um puto com menos de quarenta anos, colocaram o único clube com Portugal no nome, perto de mais uma final europeia.
Europa, onde a cor dos apitos não vence jogos...

quarta-feira, março 12, 2008

1238 - uma gaja, maria de lurdes



Machos.
Sem mil gajos a passarinharem-se no paraíso do consumismo no dia do concerto dos Cure.
No dia internacional da gaja, pedia-se a demissão de uma Mulher, ministra de um governo Socialista.
Chumbada, significa, actualmente, ficar retida, se os professores pretendem que a senhora gaja fique retida, pretendem, obviamente, que continue, não é?
A ideia era protestar, simbolicamente, porque não foram para Baleizão, então?

1237 - gajas boas (lado b)

1236 - gajas boas (lado a)

Lê-se: Pintazilgo, obviamente.
Uma mulher, um destino, uma mulher chamada: Maria de Lurdes.

1235 - outro pintor morreu

Não conhecia Rogério Ribeiro, conheço a obra.
Fui alertado para esta morte por um comentário.
Outro pintor morreu, camaradas... a obra é imortal.

terça-feira, março 11, 2008

1234 - continuação do «post» anterior

Fernando Pessoa, O Eu profundo e os outros Eus

1233 - um «post» de mer**

Na blogosfera encontramos, sempre, propostas originais.
Neste blog, moscas e manifestações, também, andam de mãos dadas...

segunda-feira, março 10, 2008

1232 - a não perder (hoje, agora)

1. Como são eleitos os presidentes da república na Alemanha e na Itália?
2. O presidente vitalício Tito na Jugoslávia?
3. O caso de Cuba, sucessão dinástica?
4. As monarquias constitucionais e referendadas na Escandinávia ...
(vou passar para a caixa de comentários)

1231 - being josé camacho

Questões psicológicas.
Do contratado e do contratador.
Não se contrata um Camacho para vir orientar uma equipa de cor-de-rosa vestida.
Porque mudou Camacho, perguntam, não foi Camacho a mudar, Camacho continua igual a ele próprio (fantástico, escrevo bem futebolês, não escrevo?).
Camacho foi o treinador da baliza às costas e das corridas no Municipal de Oeiras enquanto o PPD/PSD e João Soares construíam a Nova Catedral.
Camacho é um homem à antiga, com pêlo na venta (e no nariz, e nas orelhas, e no peito) não é gajo para alinhar em bandoletes e camisolinhas cor-de-rosa.
Julgo que o novo treinador se adaptará melhor [sim, este é um blog bem informado].

domingo, março 09, 2008

1230 - bendito é o fruto entre as mulheres

As conversas são como as cerejas (para os que gostam de sólidos) ou como as cervejas (para os que preferem líquidos).
Sólidos e líquidos.
Ouvir conversas, coscuvilhice, dirão, estarão equivocados, cuscar implica ser transmissor, ouvir implica, apenas, não andar com phones enfiados, implica estar disponível para ouvir pessoas e não sons engarrafados.
Há dias escutei esta conversa:
- Menina, queria um galão e um pão integral com manteiga (cliente 1.)
- P'ra mim é uma meia-de-leite escura em chávena fria (cliente 2.)
- E p'ra senhora
(funcionária/empregada/trabalhadora/colaboradora) da pastelaria/confeitaria)?
- Senhora? A Senhora está no céu... eu sou a Dona Mimi... (cliente 3.)
Continuei onde estava a tomar café/cimbalino/bica, sossegado.
- Qual é a diferença entre o galão e a meia de leite? (pergunta Mimi)
- Não sei (responde o cliente 1.) qual é a importância do nome?
- A importância do nome, o nome define a coisa, lembro-me de andar na telescola, nessa altura quando a televisão era a preto-e-branco, eu tinha os sonhos a cores, nessa altura, os professores só tinham duas dimensões, a imagem e o som, viamozios e ouviamozios.
- Mimi, deixa-te disso, olha porque ganha o Sporting nas competições europeias e cá não o deixam ganhar?
- Não sei, sei que o Sporting tem um treinador Bento, como o Santo Padre e que bendito é o fruto entre as mulheres, ora o futebol é uma coisa de homens suados que em vez de correrem atrás das mulheres correm atrás de uma bola, logo...

1229 - A telescola (quando a televisão era a preto-e-branco e os sonhos a cores)

Dantes a televisão era a preto-e-branco agora é a cores.
Dantes a escola fazia-nos sonhar.
Há quem, ainda, sonhe e tome medidas (trancrevo na íntegra uma carta electrónica enviada por um amigo):
Os professores do Departamento de Línguas e Literaturas, da Escola Secundária D. Maria II, Braga, na sua reunião ordinária de hoje, 5 de Março, abordaram, inevitavelmente, o modelo de avaliação que nos querem impor.
Após demorada, participada e viva discussão, os respectivos professores decidiram redigir e aprovar o documento que, de seguida, transcrevo na íntegra:.
Atendendo a que, sem fundamento válido, se fracturou a carreira docente em duas: professores titulares e não titulares; Atendendo a que essa fractura se operou com base num processo arbitrário, gerando injustiças inqualificáveis;
Atendendo a que os parâmetros desse concurso se circunscreveram, aleatória e arbitrariamente, aos últimos sete anos, deitando insanemente para o caixote do lixo carreiras e dedicações de vidas inteiras entregues à profissão;
Atendendo a que, por via de tão injusto concurso, não se pode admitir, sem ofensa para todos, que seguiram em frente só os melhores, e que ficaram para trás os que eram piores;
Atendendo a que esse concurso terá repercussões na aplicação do assim chamado modelo de avaliação, já que, em princípio, quem por essa via acedeu a titular será passível de ser nomeado coordenador e, logo, avaliador;
Atendendo a que, por essa via, pode muito bem acontecer que o avaliador seja menos qualificado que o avaliado; Atendendo a que o modelo de avaliação é tecnicamente medíocre;
Atendendo a que o modelo de avaliação é leviano nos prazos que impõe;
Atendendo a que o modelo de avaliação contém critérios subjectivos;
Atendendo a que há divergências jurídicas sérias relativas à legitimidade deste modelo;
Atendendo a que o Conselho Executivo e os Coordenadores de Departamento foram democraticamente eleitos com base nas funções então definidas para esses órgãos;
Atendendo a que este processo, a continuar, terá que ser desenvolvido pelos anunciados futuros Conselhos de Escola, Director escolhido por esse Conselho, e pelos Coordenadores nomeados;
Nós, professores do Departamento de Línguas, da Escola Secundária D. Maria II, não reconhecemos legitimidade democrática a nenhum dos órgãos da escola para darem continuidade a um processo que extravasa as funções para as quais foram eleitos;
Mais consideram que:
Por uma questão de dignidade e de solidariedade profissional, devem, esses órgãos, suspender, de imediato, toda e qualquer iniciativa relacionada com a avaliação;
Caso desejem e insistam na aplicação de tão arbitrário modelo, devem assumir a quebra do vínculo democrático e de confiança entre eles próprios e quem os elegeu, tirando daí as consequências moralmente exigidas.
Notas:
1 – Dos 22 professores presentes, 21 votaram favoravelmente e 1 votou ccontra
2 – Para além de darem conhecimento imediato deste documento aos órgãos, ainda democráticos, da escola, os professores decidiram dá-lo a conhecer a todos os colegas da escola
3 – Decidiram também dar ao documento a maior divulgação pública possível, e enviá-lo directamente para outras escolas e colegas de outras escolas
4 – Pede-se a todos os professores que nos ajudem na divulgação deste documento, e que o tomem como incentivo e apoio para outras tomadas de posição
5 – Este documento ficou, obviamente, registado em acta, para que a senhora ministra não continue a dizer que nas escolas está tudo calmo, e que só se protesta na rua
6 – A introdução e as notas são da minha exclusiva responsabilidade
7 – Tomo a liberdade de agradecer com prazer aos professores da Escola Secundária D. Maria II, Braga, e principalmente às mulheres, as mais aguerridas, pelas posições firmes que têm assumido, e por rejeitarem qualquer outro lugar que não seja a linha da frente da luta pela dignidade docente. É um orgulho estar entre vós.
António Mota
Escola Secundária D. Maria II, Braga
Penso que os professores (por assim dizer) não têm razão, mas lá está, não gosto do mundo a preto e branco.
Terão razão em algumas questões acessórias não a têm no essencial.
A culpada, no entanto, não é a ministra, não são os professores, os grandes culpados são os pa(i/í)s que se demitiram do papel de educar e acham que os professores têm, simultaneamente, de educar e instruir, obviamente, (quase) ninguém o assume a uns custaria muitos votos a outros uns sopapos.

sábado, março 08, 2008

1228 - a importância do nome

Quando há quase três anos criei este blog tive consciência que este nome não era apelativo do ponto de vista comercial, não venderia bem.
Tinha pensado num nome, comercialmente, apelativo: allgarismo ZEr0.
Chama-se santamargarida nome de mulher e de flor.

quinta-feira, março 06, 2008

1227 - não sei (ainda não sei o tema). já sei (dezoito anos)

Dezoito anos.
Há dezoito anos tinha uma acelera e vendia aulas.
Há dezoito anos tinha trocado a farda verde oliva de soldado republicano pela ganga de vendedor de livros porta-a-porta, tinha trocado a ganga pela bata cinzenta de operário fabril na Mitsubishi-Tramagal, tinha trocado a bata cinzenta pela bata branca de professor de português e francês.
No primeiro dia em que o Público se publicou, professorava eu.
Dezoito anos depois poderia ser mais um gajo a pensar no meu tacho, no meu emprego, na minha profissão... poderia ser um indignado.
Dezoito anos depois sou um pateta engravatado, numa empresa lucrativa (muito lucrativa) trabalhando e sorrindo, sabendo que sou muito mais que farda, ganga, bata (cinzenta ou branca), tendo a certeza que somos não a roupa que nos cuprum mas as convicções que possuímos.
Há dezoito anos comprei o primeiro Público (ainda o tenho) nas bombas em frente à Escola, em Alvega (concelho d' Abrantes).

quarta-feira, março 05, 2008

1226 - porque ganha o sporting nas competições europeias...


Na Europa os apitos são como a água (no meu tempo): insípidos, incolores e inodoros.
Não há apitos vermelhos nem dourados.
Na Europa o Sporting marca 5 (cinco) golos e sofre 0 (zero) com o primeiro da Suiça.
Na Europa o F.C. Porto marca 2 (dois) e sofre 5 (cinco) com o sexto da Alemanha.
Sou mais democrata que europeísta, não sou gajo para pactuar com esta farsa...
Não nos pediram opinião para entrar na europa, não nos consultam agora, obviamente, demitam-se, pá!

terça-feira, março 04, 2008

1225 - a diferença entre o galão e a meia de leite ou a xícara das bruxas dançando

Galão ou meia-de-leite?
Galão é uma palavra macho, o galão.
Uma senhora não bebe galão, galão é bebida de gajo habituado em pegar em copos de vinho mas que está armado em maricas, o galão bebe-se agarrando no copo.
Meia-de-leite é uma expressão delicada, feminina, a meia-de-leite.
Um gajo não bebe meia-de-leite, meia-de-leite é bebida de senhora, pega-se delicadamente na chávena, leva-se, delicadamente, aos lábios, tomar uma meia-de-leite envolve sensualidade.
Galão e meia-de-leite são a mesma coisa (café com leite) a diferença não está no conteúdo, está na forma.
Gajo que é gajo, obviamente, não bebe café e leite misturados (leite, jamais), bebe líquidos leves como a água ou outros, ainda, mais leves...


1224 - gente gira

Próximos posts (não, necessariamente, por esta ordem)
1225. Porque ganha o Sporting nas competições europeias...
1226. Bendito é o fruto entre as mulheres (reflexão teológica)
1227. A diferença entre o galão e a meia de leite
1228. A importância do nome
1229. A telescola (quando a televisão era a preto-e-branco e os sonhos a cores)
1230. Não sei (ainda não sei o tema)

segunda-feira, março 03, 2008

1223 - teatro especial (uns fazem pela vida, outros indignam-se)


porque é impossível viver só com certezas…
Actores especiais a encantarem como habitualmente...
Infelizmente calha no dia de uma passeata a Lisboa.
Como não encontrei a notícia neste site, deixo uma ligação para o Jornal d' Alenquer...
não é o fim, nem o princípio do fim, é o fim do princípio